segunda-feira, 11 de maio de 2009

Eu sou pãe, posso dizer, autor, Damião Metamorfose.


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Já vi mãe de todo jeito
Mãe que ama intensamente
Mãe que canaliza amor
Mesmo quando está ausente
Mãe que é presente e moderna
Mesmo assim não é presente

Mãe como as de antigamente
Que perdem noites de sono
Mãe que teve vários filhos
Mas de todos é o trono
Mãe que mesmo abandonada
Aos seus não dar abandono

Mãe primavera e outono
Outras inverno e verão
Mãe que foi mãe por amor
Mãe que não teve opção
Mãe sem gestação sem parto
Mais é mãe de coração

Mãe que viveu a ilusão
Que ser mãe é padecer
No paraíso do éden
Mas depois de perceber
Que ser mãe é se doar
Fez do doar, seu viver.

Mãe é fonte de saber
É energia contida
É o amor bem medido
E o amor sem medida
É a primeira morada
É o berço dessa vida

Mãe é ponto de partida
É quem espera acordada
É quem mesmo com razão
Escuta tudo calada
Quem te prepara pra vida
Mas nunca te cobra nada

Mãe é jóia lapidada
A fero e fogo ela é feita
Mãe quando é mãe de verdade
É muito mais que perfeita
É formula que Deus fez
E jogou fora a receita


Mãe acata mãe aceita
É a palavra sem rima
É poço que nunca seca
É única em alta estima
É o que posso chamar
Da mais casta obra prima

Mãe quer te ver lá encima
No mais alto patamar
Mãe chora de alegria
Ao ver seu filho brilhar
É a palavra que une
E conjuga o verbo amar

A mãe é impar, não par,
Por ser impar não é ex.
A qualquer hora do dia
Em qualquer dia do mês
E o primeiro milagre
Através da mãe se fez

É chegada a minha vez
De ousar desse poder
Sou pai e mãe todo dia
Faço isso por prazer
Ser mãe é ser sexo forte
Eu sou pãe, posso dizer.