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(Foto interior da Casa do Cordel...)
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Leandro Gomes de Barros,
Poeta e pai do Cordel.
O primeiro sem segundo,
Nosso maior menestrel.
Na certa escreveu seus versos
Rabiscando em um papel!
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Eu sem caneta ou pincel,
Hoje escrevo em um teclado.
Um Cordel contemporâneo,
Diferente do passado.
Que era sobre os contos de
Princesa e príncipe encantado...
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Mudou também o mercado
do Cordel, e o seu leitor.
Não é só o apologista,
Tiete de cantador.
Hoje o leitor vai do aluno
Ao mestre e ao diretor...
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Houve a inversão de valor
Com a globalização.
Tem rico que ficou pobre,
Pobre que virou barão.
E a chegada da internet
Trouxe a modernização!
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Cordel na televisão
E com nome de “encantado”.
Animação: preto e branco,
Do tipo: xilografado?
É a resposta que o publico,
Está diversificado!
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E o lugar pra ser comprado
Está bem melhor que antes.
Não é só de porta em porta,
Vendido por ambulantes.
Nem nas feiras pendurados
em cordão, corda ou barbantes...
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Nos stands, nas estantes,
Lojas de conveniências.
Também tem as cordeltecas,
Que tem amplas dependências.
Com assuntos que atingem
Quase todas as exigências.
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Festivais e conferências...
Já tem como convidado
Um poeta cordelista,
Com um texto atualizado.
Falando em fatos recentes
Ou o que for combinado...
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Com folheto ou decorado
Improvisando ou não.
O poeta arranca aplausos
Com a sua inspiração.
Cordel é a única poesia,
Que atingem a perfeição!
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Rima métrica e oração
E um assunto simultâneo.
Sempre bem elaborado
Texto escrito ou instantâneo.
Assim é o novo escritor
Do Cordel contemporâneo.
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Fim.