*
D.M
Se eu ficar á espreita
De tocaia em sua trilha
Eu bato você rebate
Eu te humilho, tu me humilha
Para evitar problema
Convido a mudar o tema
Para cantar em setilha.
Se eu ficar á espreita
De tocaia em sua trilha
Eu bato você rebate
Eu te humilho, tu me humilha
Para evitar problema
Convido a mudar o tema
Para cantar em setilha.
*
M.C
Sugiro seguir na milha
Para não quebrar a teia
Se você quer um assunto
Faça escolha já que anseia
Pois seu lombo ainda tem couro
Para continuar a peia.
Para não quebrar a teia
Se você quer um assunto
Faça escolha já que anseia
Pois seu lombo ainda tem couro
Para continuar a peia.
*
D,M
Eu tenho é sangue na veia
Muito grave no gogó
Não tenho medo de grito
Inda mais de um fogoió
Leia a estrofe completa
Ou será que o poeta
Canta em um estilo só?
Muito grave no gogó
Não tenho medo de grito
Inda mais de um fogoió
Leia a estrofe completa
Ou será que o poeta
Canta em um estilo só?
*
M.C
Vou desatar o seu nó
Seguindo na minha linha
Mas já que você deseja
Apanhar na sete linha
O meu chicote de rima
Consegui mais auto-estima
com sua rima mesquinha.
Seguindo na minha linha
Mas já que você deseja
Apanhar na sete linha
O meu chicote de rima
Consegui mais auto-estima
com sua rima mesquinha.
*
D,M
Não é um pinto de rinha
Que vai assustar um galo
Sei que treme quando canto
Que se cala quando falo
Eu que mando no terreiro
Nas galinhas,no poleiro
Comigo não tem regalo
Que vai assustar um galo
Sei que treme quando canto
Que se cala quando falo
Eu que mando no terreiro
Nas galinhas,no poleiro
Comigo não tem regalo
*
M.C
Comigo não tem abalo
Mas dá pra se revoltar
No chão de Inocêncio Gato
Um cantador de espantar
Ter tanta cabeça chata
E cachorro vira lata
Com a invenção de cantar.
Mas dá pra se revoltar
No chão de Inocêncio Gato
Um cantador de espantar
Ter tanta cabeça chata
E cachorro vira lata
Com a invenção de cantar.
*
D.M
Você pode até tentar
Ser poeira no meu lastro
Poeira não intimida
A quem já nasceu um astro
Não é um sem eira e beira
Que vai se tornar poeira
Deixada pelo meu rastro.
Ser poeira no meu lastro
Poeira não intimida
A quem já nasceu um astro
Não é um sem eira e beira
Que vai se tornar poeira
Deixada pelo meu rastro.
*
M.C
Eu já derrubei seu mastro
Já queimei sua bandeira
Você não faz uma estrofe
Que tenha a métrica inteira
Levar surra é o seu vício
E aqui desde lá do início
Que você só come poeira.
Já queimei sua bandeira
Você não faz uma estrofe
Que tenha a métrica inteira
Levar surra é o seu vício
E aqui desde lá do início
Que você só come poeira.
*
D,M
Que você come poeira
Assim seria o correto
Me parece que o poeta
Tá ficando analfabeto
Para não errar na métrica
Conte silabas poética
Pois seu modo é incorreto
Assim seria o correto
Me parece que o poeta
Tá ficando analfabeto
Para não errar na métrica
Conte silabas poética
Pois seu modo é incorreto
*
M.C
Eu vou ser logo direto
Pois já dei canja demais
Nunca se separa as sílabas
Se estão unidas por vogais
Você errou na concordância
Mas não vou dar importância
Só peço que estude mais.
Pois já dei canja demais
Nunca se separa as sílabas
Se estão unidas por vogais
Você errou na concordância
Mas não vou dar importância
Só peço que estude mais.
*
D.M
Eu lamento meu rapaz
Tu não matou a charada
Se não quer andar pra traz
Fazendo estrofe travada
É melhor você um dia
Ler bastante a teoria
Colar não te leva a nada
*
Tu não matou a charada
Se não quer andar pra traz
Fazendo estrofe travada
É melhor você um dia
Ler bastante a teoria
Colar não te leva a nada
*
M.C
Com a sua métrica errada
Você não vai me vencer
São sete sílabas poéticas
Você nunca vai entender
A situação já tá feia
E antes que peça que eu leia
Acho melhor você ler.
Você não vai me vencer
São sete sílabas poéticas
Você nunca vai entender
A situação já tá feia
E antes que peça que eu leia
Acho melhor você ler.
*
D.M
Já que não quer aprender
Continue cantando errado
Ou estude outra coisa
Deixe seu versar de lado
Abandone a cantoria
Já vi que em poesia
você é ultrapassado
Continue cantando errado
Ou estude outra coisa
Deixe seu versar de lado
Abandone a cantoria
Já vi que em poesia
você é ultrapassado
*
M.C
Mas como eu posso está errado?
Assim você não compete
Na cantoria pode seis
Mas no cordel só são sete
Aprenda a contar um dia
Não sei por que na poesia
Toda porqueira se mete.
Assim você não compete
Na cantoria pode seis
Mas no cordel só são sete
Aprenda a contar um dia
Não sei por que na poesia
Toda porqueira se mete.
*
D.M
Lamento, não sou tiete
E nem bebo nesse rio
Quando eu te convidei
Para esse desafio
Pensei que você sabia
Que trava e rima vazia
Deixa a estrofe sem brio
E nem bebo nesse rio
Quando eu te convidei
Para esse desafio
Pensei que você sabia
Que trava e rima vazia
Deixa a estrofe sem brio
*
M.C
Estude mais, tenha brio
Faça qualquer sacrifício
Se não você morre dentro
Do seu próprio precipício
Minha métrica não estranhe
Corra atrás e me acompanhe
Apesar de ser difícil.
Faça qualquer sacrifício
Se não você morre dentro
Do seu próprio precipício
Minha métrica não estranhe
Corra atrás e me acompanhe
Apesar de ser difícil.
*
D.M
Minha poesia é míssil
Que ataca a sua mente
Destrói todos os seus neurônios
Derruba dente por dente
Quando você não espera
O meu estro acelera
Há mil anos luz a frente.
Que ataca a sua mente
Destrói todos os seus neurônios
Derruba dente por dente
Quando você não espera
O meu estro acelera
Há mil anos luz a frente.
*
M.C
Com sua rima indecente
E a sua métrica teimosa
Que de tão desajeitada
Parece mais uma prosa
Você já perde seu efeito
Cada vez fica sem jeito
Sua Métrica é vergonhosa.
E a sua métrica teimosa
Que de tão desajeitada
Parece mais uma prosa
Você já perde seu efeito
Cada vez fica sem jeito
Sua Métrica é vergonhosa.
*
D.M
Sua língua é venenosa
Corta mais que uma faca
É mais teimoso que mula
Quando cisma ou empaca
Mas lamento companheiro
Não tente ser violeiro
Sua verve é muito fraca.
Corta mais que uma faca
É mais teimoso que mula
Quando cisma ou empaca
Mas lamento companheiro
Não tente ser violeiro
Sua verve é muito fraca.
*
M.C
Minha verve se destaca
Sendo em qualquer paradeiro
Minha métrica é perfeita
O seu verso é corriqueiro
Seu repente é muito ruim
Bater em você pra mim
É bater num cachaceiro.
Sendo em qualquer paradeiro
Minha métrica é perfeita
O seu verso é corriqueiro
Seu repente é muito ruim
Bater em você pra mim
É bater num cachaceiro.