segunda-feira, 20 de setembro de 2010

In natura* Autor: Damião Metamorfose.

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Não tem cheiro que se compare ao cheiro
Da fumaça que exala de um fogão
Ou da chuva que no mês de Janeiro
Cai trazendo a fartura no sertão.
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Do café que é torrado e no pilão,
É pilado e servido sem mistura
Adoçado com mel ou rapadura.
E coado em um saco de algodão,
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Nem do vento que sopra do serrado,
Com o cheiro do capim orvalhado
Ou do cheiro saudoso que me atrai.
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Esse cheiro é a essência mais rara
Nem de longe outro cheiro se compara
Ao suor de mamãe ou de papai.