quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Quem Sabe...

Quem sabe o tempo se reverta
E descrente a esperança
Em certeza...
Trazendo algumas surpresas
De um bem inesperado
E quem sabe o amanhã retroceda
Ao ontem ininterrupto
E se estenda ao futuro...
Caminho esse tão escuro...

Ou talvez quem sabe
Tudo fique na mesma historia.
Essa que tento mudar,
É a Rima que não quer mais rimar,
E a Poesia que já não se faz notar.
Enfatizada, mastigada, engasgada.

Quem sabe o hoje vivido
Tenha valido uma eternidade...
E meu eu distraído
Não tenha medido
Tanta felicidade,
Talvez eu não tenha notado
As manhãs de tanta beleza

E quem sabe eu tenha vivido
Momentos desprezados
Na espera do amanhã
Que talvez nunca venha
Ou se faz de rogado.

Ou quem sabe
Esses versos piegas
São fiéis mensageiros
De um tempo verdadeiro
São mensagens sinceras...
Que trago na bagagem

È sonhos e às vezes é miragem
Gerúndio se estendendo
Em todos os tempos
Trazendo-me a chance
De continuar sendo eu...
Mesmo num tempo já ido...
Mesmo sem nunca ter sido.
E assim nunca duvido.

Vitória Moura