sábado, 31 de dezembro de 2011

Feliz ano velho e novo...





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Desejo felicidade
Em mais um ano que finda
E que em dois mil e doze
Seja mais feliz ainda.
A paz reine em todos lares
e a união seja infinda!
*
Feliz ano velho e novo a todos, Deus nos ilumine.
*
Damião Metamorfose.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Eu quero é glosar *IV* Autor: Damião Metamorfose.


Foto extraída do Google
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Vou tomar um uísque de entrada,
Um bom vinho um cinzano e em seguida,
Um conhaque, um cinar e uma batida,
Com uma bola de neve bem colada.
Em seguida uma cerveja gelada
E uma vodka com cascas de limão.
Se eu cismar mando descer pro balcão
Tudo que for bebida, fria ou quente...
Vou beber todo tipo de aguardente
pra poder sufocar minha paixão.!
*

Mote do Prof. Pádua... Glosa de: Damião Metamorfose

domingo, 25 de dezembro de 2011

E por falar em natal * Autor: Damião Metamorfose.



Foto extraída do Google

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O Natal é uma época
Boa pra comemorar.
Reencontrar os amigos
Em casa ou se viajar.
E reunir a família,
Louvar a Deus e orar...
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Tem festa em todo lugar,
Promessa de todo jeito.
Amigos falsos aos montes
Que abraçam sem preconceito...
Depois que enchem a pança
Começam a botar defeito...
*
Papai Noel é um sujeito
Que não ajuda os carentes.
Porque só doa os brinquedos
Para os que já têm presentes.
Devia lembrar dos órfãos,
Abandonados, doentes...
*
Só crianças inocentes
Que gostam desse Mané.
Que com a criança carente
Sempre usou de má fé.
Que só visita as mansões,
Nunca as casa de sapé
*
Juro que não sei quem é
Esse Noel coca cola.
Que não dá um pão a um doido
E se der, da como esmola.
Esse americanizado
Merece é levar uma sola!
*
Quem crê nele é um bitola
Ou filhinho de papai.
Um velho com seis veados
Levanta vôo e não cai.
Noel é enganação,
Na minha casa, não vai
*
Só propaganda é o que sai
E todo ano é isto.
É papai Noel, peru,
Missa do galo, eu desisto.
Falam em tanta porcaria
E esquecem de Jesus Cristo!
*
Não falo desse anticristo
Para nenhum filho meu.
Eu chamo o Noel de bruxo,
Burguês, fascista e ateu...
Mas se você acredita,
Minta para o filho seu!
*
Velho falso, fariseu...
Jamais vou idolatrar
Ou contar para o meu filho
Pra ele se engabelar.
Para mim é um falsário
Não tem quem faça eu gostar!
*
Ele merece é levar
No meio do espinhaço...
Uma surra de urtiga
Do mocotó ao cachaço...
Ou uma sova de pneu,
No lugar do meu abraço!
*
Papai Noel é um palhaço
Eu não gosto dele e pronto.
Não vou iludir meus filhos
Com a lenda desse tonto.
E não compro no Natal
Janeiro tem mais desconto!
*
Com ele eu não gasto um conto
Que me chame mão de vaca...
Só não me chame de trouxa,
De bitolado ou babaca...
Natal eu penso em Jesus,
Não nesse velho panaca...
*
Não tem quem faça eu mudar
Noel pra mim é um palhaço.
Que não tem graça nenhuma,
Mais graça que ele, eu faço.
E se ele entrar no meu circo,
Fecho a mão e desço o braço!
*
É produto do racismo,
É americanizado.
Tem as cores da bandeira
De USA, e o réiado.
É garoto propaganda
Da coca cola oh safado!
*
Em Jesus nem se comenta
Nesta época natalina.
O assunto é: shopping Center,
Peru que até empanzina.
E no Noel coca cola
Que entope toda vitrina!
*
Fim

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011


Eu espalho o meu canta em cada canto
Das metrópoles, sítios ou cidade...
Quanto mais canto mais sinto vontade,
Com o canto que canto eu me encanto.
Se o canto é quem afasta o meu pranto,
Vou cantando e o pranto eu vou afastar.
Não importa o cachê, quero é cantar,
Dia e noite, ao deitar e levantando...
Se for para morrer, morro cantando 
Defendendo a cultura popular!

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Meu cavalo de pau... Autor: Damião Metamorfose.

Foto extraída do Google
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Pés descalços e o corpo sapecado
Pelo sol, que assolava o Nordeste.
Volto mundo ou saco, tudo veste...
O menino que fui no meu passado.
Correr até ter dores de veado,
Que hoje é cólica o nome no momento.
Que saudade dos meus sonhos ao vento,
Dando voltas em círculos no terreiro.
Meu cavalo de pau de marmeleiro,
Continua a correr no pensamento!
*
Mote de: Eduardo Viana... Adaptação e glosa de: Damião Metamorfose.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Pare e pense! * Autor: Damião Metamorfose.





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Foto extraída do Google
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Por favor, raça humana, pare e pense!
Não desperdice tanta energia.
Conquistando o que a ti não pertence
E esquecendo da vida a cada dia.
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Para que mergulhar na hipocrisia
De querer ganhar tudo que é recurso.
Se sabemos que as somas ou quantia,
Não irão ao nosso último percurso?
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Viva bem ame muito e não guarde,
O rancor e arrependimento tarde...
Nem o que faça o fardo mais pesado.
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Quanto mais leve o fardo, leve é a vida,
Também será mais leve na partida,
Sem tesouro escondido ou conquistado!




sábado, 17 de dezembro de 2011

Se caísse uma chuva de alimento * Autor: Damião Metamorfose.





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Foto extraída do Google

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Numa parte do mundo falta o pão,
Noutra parte apodrece caviar...
Numa falta o dinheiro pra comprar,
Noutra é só falta de compreensão.
Numa o chefe “supremo” da nação,
Banca as guerras tirando o pão da mesa.
E os políticos que esbanjam safadeza,
Ganham votos com a frase do momento.
Se caísse uma chuva de alimento,
Não enchia a panela da pobreza!
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domingo, 11 de dezembro de 2011

Identidade...

(Foto extraída do Google)
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Dizem que se colocar em primeiro lugar não é egoísmo
E o que não me mata com certeza fortalece.
E às vezes mudar é preciso,
Nem tudo na vida vai ser como Eu quero
E a vida continua...
Para qualquer escolha.

Segue com algumas consequências,
E verdade!
Vontades efêmeras não valem à pena,
Quem faz uma vez não faz duas necessariamente,
Mas Eu acredito que quem faz dez,
Com certeza faz onze.

E ainda tem aquela historia de que é
Melhor acordar arrependido do que dormir
Com vontade, isso com certeza é mentira!
Perdoar é nobre, esquecer é quase impossível.
Nem todo mundo é tão legal assim,

E de perto ninguém é normal.
Quem me merece não te faz chorar,
Quem gosta de mim vai me tratar com respeito,
E o que Eu deixei no passado
Tem motivos para não fazer parte
Do meu presente,

Não acredito que seja preciso perder
Para aprender a dar valor,
E os meus verdadeiros amigos
Ainda conto nos dedos.

Aos poucos percebendo
Que quase tudo na Vida vale à pena,
Tem sentimentos que se
Deve guardar pro resto da vida,

E o que nunca deveria ter entrado nela.
Não tem como esconder é verdade,
Nem tem como enterrar o passado,
Por isso o senhor do tempo vai ser
Para sempre o meu maior aliado.
*

Vitória Moura

Zélimeirando * Autor: Damião Metamorfose.


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Patativa e Ludujero,

Que eram padre e pastor

De ovelhas desgarradas

Nas serras do roncador.

Formaram uma bela dupla

De cover do frade Supla

Que é filho de agricultor!

*

Quando eu era comprador

Comprei a África e o Saara

E transportei toda a areia

Pra lá, num pau-de-arara.

Isso foi quando eu fui nobre,

Mas agora que estou pobre

Me chamam de babaquara...

*

Criei vergonha na cara

E não sei contar mentira.

Por isso, tudo que eu digo,

Ninguém aumenta nem tira.

Posso até exagerar,

Porém mentir, nem pensar,

Mentira é prima da ira!

*

O sábio professor Lira

Que ensina perguntando.

Acho que sei mais que Ele,

Pois ensino desde quando

A terra foi descoberta.

Mentira ou verdade Terta?

E Ele é que ta ganhando...

*

Genésio entrou galopando

Com um jegue em Jerusalém.

Com noventa e nove, “aposto”

Que faltava um pra cem.

Um diz que onze outros, doze,

Treze e até quatorze...

Hoje nem sei quantos têm!

*

Herodes deu um vintém

Aos soldados que voltaram.

Porque não trouxeram o cabra

A quem eles procuraram.

Por causa dessa besteira,

Um deles deu uma carreira

E os outros se lascaram!

*

Quando os canhões dispararam,

Eu pra tentar impedir

Que o chumbo o acertasse

Corri para interagir.

Mas cometi um engano

E quando tampei o cano

Não deu tempo de fugir!

*

Passei noites sem dormir,

Tocando pra lampião.

Umas festas só de valsa

Nas noites de são João.

Mas no final fiz besteira

Porque saquei a peixeira

E rasguei o seu matolão!

*

Fui num cavalo do cão

Lá dentro de uma grota.

No tempo que eu casei

Com Camilinha Marmota.

Mas foi um deus nos acuda

E foi ali que o Juda,

Perdeu a primeira bota!

*

Reuni minha patota

No carnaval de dezembro.

Que começava em agosto,

Ou junho, eu já nem lembro.

Acho que esse carnaval

Ou foi antes do natal

Ou foi depois de setembro!

*

Dia quinze de Novembro

Debaixo de uma pitanga.

Com crise de caganeira

Dão Pedro arriou a tanga.

Fez encima do fuzil...

E gritou: viva o Brasil!

Nas margens do Ipiranga!

*

Uma carrada de franga

Que eu comprei de um viajante.

Não coube no meu roçado

Guardei todas na estante.

Só por isso a vizinhança

Olha com desconfiança

E me chama ignorante!

*

Lá no capim da vazante

Fui tocaiar um veado.

Armei a rede bem alta

E fiquei bem preparado.

Quando o bicho apareceu,

Dei um tiro, e quem morreu?

Não vi, eu tinha sonhado...

*

No testamento passado

Eu fui um rei, falecido

E foi lá que eu conheci

Um tal cabelão comprido.

Que o chamavam de Sansão,

Mas digo que é Damião,

Outro Sansão travestido!

*

Lá no sitio boi parido,

Na sombra da macambira.

Vi duas cobras corais

Possuídas pela ira.

Uma a outra engolindo,

Foi sumindo, foi sumindo...

Sumiu... parece mentira?

*

Tirei uma tataíra

Lá no sitio Alexandria.

Comecei irar a noite,

Terminei no outro dia.

E só o mel derramado,

Deu dois galões e o coado,

Dez tambores e uma bacia!

*

Eu vi um cego de guia

Correndo de um enxame.

De abelhas, no porão

Do açude do velame.

Por causa da rapadura,

Que era feita in natura,

Adoçada com inhame.

*

Nos carnavais, fui infame,

Antes da semana santa.

E almocei nos restaurantes

Que servem almoço na janta.

Já cantei com Zé limeira,

Na praia, no bar, na feira...

E provo que Ele não canta!

*

A minha força era tanta

Que um trator atolado,

Na lama de uma pedra

Desatolei o danado.

Fiz tudo só por fazer...

Eu só não posso dizer

O país e o Estado!

*

O Coliseu foi tombado

Com um espirro que eu dei.

Fiz uma colcha de rendas

Com um bilro que eu roubei

De uma defunta viva

De uma terra primitiva,

Depois com eu descasei

*

E fui eu que emborquei

O bacião de Brasília.

Ia fazer em silêncio,

Sem precisar de homília.

Só que a minha intenção

Era a da corrupção,

Virei foi a da família!

*

Também assei a Emilia

Do Sitio do pica-pau.

Prendi um juiz ladrão

De apelido: lalau.

Mas a justiça soltou

E o ladrão velho voltou...

Pra roubar nosso mingau!

*

Eu inventei o luau

E o galope a beira mar.

Também criei os demais

Estilos que estão no ar.

Com a minha verve altiva,

Ensinei à Patativa

E os demais a cantar!

*

Eu ajudei a pegar

Quem me aparou no parto.

Mas Ela não sabe disse

Se souber, tem um enfarto.

Agora eu não sei se conto

A Ela, esse assunto e pronto,

Porém dele eu estou farto!

*

Eu corri mais de um quarto

Do deserto do Saara...

Deixei o de Adolf Hitler,

Babando e doido de vara.

Dizendo que no futuro

Só ia ter homem puro

E com vergonha na cara!

*

A minha saga não para,

Mas ganhei aprovação.

Antes de Antonio Silvino,

Jesuino e Lampião...

Dos três fiz o funeral

E depois botei moral

No cangaço do Sertão!

*

Fiz um buraco no chão

Com o martelo da enxada.

Lá no Estado da Bahia

Que hoje é muito visitada.

Com véu de água cristalina,

Uns chamam de Diamantina

E outros, só de chapada!

*

Bebi água congelada,

Já fabriquei água em pó.

Já fui pastor em terreiro

De quizomba e catimbó.

Hoje sou aposentado

Recebo a paga em cruzado,

E gasto todinha só!

*

Nos Sertões do Caicó

Fiz água virar fumaça.

Na política fiz honestos,

Com nome limpo na praça...

Fiz a paz e dei pro Rio...

Fiz Nordeste ficar frio,

O que fiz, não tem quem faça!

*

Encontrei uma carcaça,

Dentro de um cemitério.

Que vale mais que um tesouro,

Mais que dinheiro ou minério...

Foi um crânio de um louco

E com ele eu ganhei pouco,

Mas construí um império!

*

Se eu estou falando serio?

Claro... Eu sou invocado.

Além de invocado, doido,

Além de doido, varado...

Já fui tudo o que não sou

E o pouquinho que sobrou,

É por está acordado!

*

Já Limeirei um bocado,

Por aqui vou encerrando.

Amanhã, quem sabe ontem

Ou nunca se ele for quando.

O sol se casar com a lua,

Talvez eu volte pra rua,

E faça um Zélimeirando!

*

Deus me ajudou, rimando,

Ajudou na oração.

Metrificou cada verso,

Improvisou em ação.

A mim coube descrever

O que manda o coração!

*

Fim.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Eu quero é glosar * III* Autor: Damião Metamorfose.


Foi à época de ouro em minha vida,

Vem de lá todo o meu aprendizado.

Convivendo com o meu pai amado

E mamãe que foi digna e tão querida.

Mas a vida pra ser evoluída

Tem que ter os estágios, eu bem sei...

Eles desencarnaram e eu fiquei

Na missão do planeta dos mortais.

As saudades que sinto dos meus pais,

São eternas, jamais esquecerei!

*

Comecei muito cedo a namorar,

Brinquei muito até que me casei.

Mas até me casar eu aprontei

Coisas que nem ao padre eu vou contar.

Meu Deus como era bom com o luar,

No escuro ao voltar lá da cidade...

Quanto tempo meu Deus, quanta saudade!

Da minha juventude e a bonança...

Estou velho, mas guardo na lembrança,

Tudo quanto já fiz na mocidade!


*

Motes de autoria do poeta Carlos Aires e as glosas de são minhas

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Encontros * Autor: Damião Metamorfose.


*

Poetizando uma mensagem enviada por: Raissa Lima.

*

Nas caminhadas que fiz

Pelas estradas vida.

Encontrei no mar as ondas,

Calmas ou enfurecida.

No céu, a estrela d'Alva,

Piscando pra mim, tão Alva

Intima e desinibida!

*

No sangue, encontrei o veneno,

Na Terra, a maldade, o cio...

Na sarjeta o moleque

Larápio, astuto e vadio.

Aos tropeços fui seguindo
e nas favelas, vi rindo

O pranto e um mundo vazio!

*

Encontrei bons e rebeldes,

Almas puras e marcadas.

Pelo destino e o tempo...

Velhices antecipadas.

Inda no mundo dos fracos,

Vi os justos e os velhacos

Vidas sóbrias e drogadas...!

*

Nas ruas, eu vi o tédio

De muita gente sem lar.

Abrochado e vagabundos

Ao relento e a sonhar.

Vi o ódio e o egoísmo...

E quase cai no abismo,

Mas vieste me salvar!

*

Nas arvores da montanha,

O fruto azedo eu provei.

E das entranhas da mente

Vieste quando eu clamei.

Seu gesto foi tão bonito

Amiga, em ti acredito,

Que bom que eu te encontrei!

*

Fim.