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Nas caças eleitorais
O político nos aborda.
Com um poço de mentiras
E uma taça que transborda.
Para ser mais envolvente
Chama o eleitor de parente
Joga o laço e puxa a corda!
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Enquanto um corrupto engorda
Suja-se o país inteiro.
E quem sente a fedentina
Quando se espalha o mau cheiro.
O povo espera a melhora
E a cada dia piora
Com político trambiqueiro!
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Se o político tem dinheiro
Dele o eleitor precisa.
Tem-se o político mais torto
Que a velha torre de pisa.
E o eleitor safado
Tem o seu voto comprado...
Por político cara lisa!
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O que não vive de brisa,
Chama o político de otário.
Vota e não diz em quem vota
E zomba do adversário.
Dizendo: eu peguei dinheiro
Do time dele inteiro...
Ensinei missa a vigário!
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Qualquer um é salafrário
Cada um com seus critérios.
“Salafra atrai os salafras”
O sério atrai os sérios.
Porém lá nos bastidores,
É que corrompem os valores
E constroem-se os impérios!
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Faz política em cemitérios,
Até na sombra e no vento.
Faz campanha em enterros,
Separação, casamento...
Se existe algum diferente
É um político somente
Sem mandato ou fundamento...
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Finge que tem sentimento,
No sorriso e no abraço.
Que o eleitor se ilude
Com o político e passo a passo.
Vai caindo no xaveco
Até virar um boneco...
Pra depois levar trompasso!
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E nessa queda de braço
Ou pá de cá, pá de lá.
Quando entram na política
Só pensam em ser marajá.
Se o político é assim
O eleitor também é ruim
Urubu com carcará
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É sempre esse blá, blá, blá
Dos cidadão indecentes...
Envolvem-se com a política
E enganam os mais carentes.
Quando vêm os pentes finos
Os gatunos paladinos...
Safam-se como inocentes!
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Políticos incompetentes
É a ilusão dos mais fracos.
Um palco pra vagabundos
Se entrosar com os velhacos.
O eleitor gosta do engano
Por isso entra pelo cano,
Que se danem e vão pro saco!
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Prendem o cidadão malaco
Ou outro vicio nocivo.
Já o político safado
É livre em qualquer motivo.
Depois que a poeira passa
É nome de rua ou praça...
Mesmo o peste estando vivo!
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Da carreata eu me privo,
Com o político no andor.
Uns que votam por dinheiro,
Outros votam por “amor”
Depois que chega à vitória
O eleitor sai da memória
E volta a ser sofredor!
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É da parte do eleitor
Dizer: que os culpados são...
Quem permite que o corrupto
Pratique a corrupção.
Se todos têm seus limites,
Antes que façam os convites,
Se antecipe e diga não!
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Quem quiser me ver um “cão”
Venha com politicagem.
Que dou logo uma resposta
Dessas sem camaradagem.
Se eu ouso fazer critica,
É que não faço política
Nem vivo de pilantragem!
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Pra parar de fuleragem
Se um político canalha.
Adentrar em minha casa
Sozinho ou com a gentalha.
Eu me arrisco em fabricar
E em seguida lhe ofertar,
Um cabresto e uma cangalha!
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Fazem mansão com muralha
Usando a grana do povo.
E com quatro anos volta,
Promete e rouba de novo.
Por isso é que eu me nego,
Do nego mesmo e renego
E essa raça eu não promovo!
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Eu vejo e não me comovo
Pois é comum essa cena.
Vê-se aqui no Nordeste
Quando a cidade é “pequena”
Tanto eleitor bitolado
Que adora ser enganado
É burrice que dá pena!
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Político ruim se condena
Na urna, e se depender
Do meu voto, dia sete...
Por mim ele vai perder.
De nenhum eu tenho pena,
Que vão pra gota serena
Com essa sede de poder!
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Meu tempo eu não vou perder
Com político em passeata.
Ou assistindo comício,
Só com mentira e bravata...
Mas na hora de votar,
Voto, não sei anular
Não sou eleitor pirata!
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O político faz mamata,
Faz do sério brincadeira....
Faz do melhor o pior,
Gente honesta e verdadeira.
Porém no final só fica,
A classe unida e rica,
Que mente e faz roubalheira...!
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Está uma bandalheira
A política deste mundo.
Quando surge um honesto
Tem um bilhão de imundo.
Pra não ter tanto ladrão,
Temos que dizer um não,
Não votando em vagabundo!
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Se um tem papo profundo
E uma ampla malandragem.
Os eleitores também
São feras na sacanagem...
E por serem sempre assim
Os dois se completam sim
Sem precisar camuflagem!
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O país vivendo a margem,
Se afogando em mar de lama.
Os políticos gastando
E fugindo da má fama.
Enquanto uns querem roubar
Outros também querem entrar...
Um cala, outro não reclama!
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Deitam-se até na cama
Do mais simples eleitor.
E procuram dá um jeito
De prendê-lo a um favor.
Depois voltar pra cobrar
Não tendo um jeito, é votar
E continuar sofredor!
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O político é o professor
Do eleitor marinheiro.
Depois que o mesmo marujo
Aprende a ser trapaceiro.
E só vota subornado
Por um político safado
Alicerçado em dinheiro!
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O político trambiqueiro,
É o político ruim.
Pois se fosse feito o certo
Sem desviar o “dindim”
Eu tenho toda certeza
Que seria uma beleza,
Infelizmente é assim...!
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Político que só diz sim
É uma coisa corriqueira.
Ter sempre um político esperto
E um eleitor com leseira.
É um cenário comum
Da vida de cada um
Na política brasileira!
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Quem nunca perde a cadeira
Não liga pro que apanha.
Porém quando isso acontece
Com certeza ele estranha.
Se dependesse de mim
O que ao sabe ser ruim
Não ganhava uma campanha!
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Eles vivem da barganha,
Burlam as leis dos países.
Esquecem do que prometem,
Se aproveitam de infelizes.
Fingem serem coerentes,
Sacaneiam os mais carentes,
Tudo à custa dos deslizes!
*
Para esses infelizes
Não tem lei e nem cadeia.
Não jeito que dê jeito,
Não adianta cara feia.
Não adianta reclamar,
Anular voto ou votar...
O eleitor, quem leva a “peia”
*
tem mais aranhas que teia,
Na política brasileira.
Mais rato do que estrelas
Ornam a nossa bandeira.
É um esgoto a céu aberto
Fazendo do errado o certo
Votar no certo é besteira!
*
Fim.