segunda-feira, 21 de março de 2011

As três chaves mágicas que abrem as portas do mundo * Autor: Damião Metamorfose.


*
Sempre que busco meu estro,
E a presença se faz jus.
Transformo a sua mensagem,
Como um espírito de luz.
E embarco nessa viagem,
Aonde ele me conduz...
*
Então eu peço a Jesus,
Que é o maior menestrel.
Para transpor as idéias,
Da mente para o papel.
Letra a letra, frase a frase,
Transformando-a em um cordel.
*
Hoje em meu leito fiel,
Na intenção de descansar.
Tentei contar carneirinhos,
Até mudei de lugar.
Nem no embalo da rede,
Eu consegui relaxar.
*
Comecei a rabiscar,
Usando da boa crença.
Um Cordel sobre as três chaves,
Que a educação não dispensa.
Elas se chamam: obrigado,
Por favor, e com licença.
*
Em qualquer ordem ou sentença,
Do nosso cotidiano.
Resolvem qualquer problema,
Do simples ao mais profano.
E vencem a burocracia,
Do humilde ao soberano.
*
Servem pra qualquer humano,
Sendo ou não civilizado.
Quem usa sempre essas chaves,

Vai ver que o resultado.

É um mundo sem fronteiras

Pronto pra ser explorado.
*
Usando sempre o obrigado,

Com licença e, por favor.
Pode ser um pé rachado
Ou ter anel de doutor
De fome e sede no mundo
Não morre não, meu senhor!
*
Esteja indo onde for,
Se não tem posse ou dinheiro.
É só ajudar ao próximo,
Provando ser bom parceiro.
E não rejeitar trabalho,
Seja suave ou grosseiro.

*

Não seja um alcoviteiro,
Faça boa vizinhança.
Respeite o ancião,
A senhora e a criança.
Que não tarda a sua casa,
Terá respaldo e bonança...
*
Tenha fé e esperança,
E lute o necessário.
Se você for esquecido,
Use agenda ou calendário.
E aquelas palavras mágicas,
No fim rendem um bom salário.
*
Respeite sempre o horário,
Demonstre ter competência.
Não atire em dois alvos,
Use sempre a inteligência.
Aprenda a esperar,
Procure ter transparência.
*

Tenha sempre consciência,

Que a dor, só causa dores.

Que orgulho e vaidade,

Também trazem dissabores.

E que o sonho a prestação,

Tem seus saldos devedores.

*
Use o banco dos favores,
Procure não abusar.
Mantenha-o sempre no verde,
Porém quando precisar.
Use bem essas três chaves,
Que é melhor do que mandar!
*
Origens, é bom guardar,
Evite ser prepotente.
Se precisar use o braço,
Mas não esqueça que a mente.
E essas três palavras mágicas,
Serão sempre um passo a frente.
*
Quem ama a Deus simplesmente,
Tem a fé que move a serra.
O olhar no horizonte,
Ama a paz, diz: não a guerra.
E sabe que colhe o fruto,
O que semeou a terra.
*
Na vida nada se encerra,
Tudo tem sua função.
Não devemos condenar,
Movidos pela emoção.
E é bem melhor perdoar,
Do que pedir o perdão.
*
Quem planta espinhos no chão,
Jamais colherá um fruto.
Se o céu é para os mansos,
Evite ao máximo ser bruto.
Pois esse branco da paz,
Também se usa no luto.

*

Não faça em absoluto,
Nada, pensando em maldade.
Porque no futuro volta,
Com peso e velocidade.
Lembre-se: quem planta vento,
Só vai colher tempestade.
*
Mentir sem necessidade,
Além de uma emboscada.
Quando a verdade aparece,
Destrói a sua fachada.
Você perde tempo e credito...
E até a pessoa amada.
*
Se não pode fazer nada,
Por favor, não atrapalha.
Evite brincar com fogo,
Se o seu teto for de palha.
Quem faz o fio da lamina,
Não vai brincar com navalha.
*
Se a ambição te empalha,

Descarte-a do coração.
Queira o melhor pra você,
Mas não pise em seu irmão.
Procure sempre sonhar,
Sem tirar os pés no chão.
*
Peça a Deus em contrição,
E agradeça o que já tem.
Não tenha inveja dos outros,
Ame ao próximo faça o bem.
E se não pode ter mil,
Fique contente com cem.
*
Faça a sua casa bem
firme, não sobre a areia.
Não prepare o seu almoço,
Preocupado com a ceia.
Cuidado! Quem diz: que ama...
Não demora e diz que odeia.
*
Mude de casa ou aldeia,
Se precisar, mude a crença.
E nunca traga pro quarto,
Velharias da dispensa.
Quem fala pouco, escuta,
Quem não escuta, não pensa.
*

Quem procura desavença,

Um dia acaba em ruína.

Todos têm o livre arbítrio,

Pra mudar a própria sina.

E o professor da vida

Todo dia nos ensina...

*
O meu espaço termina
Aonde o seu começa.
Mas se eu for educado,
E não abusar da pressa.
Eu posso quebrar grilhões,

Virar o mundo a avessa.

*

Conseguir o que interessa,
Respeitar ser respeitado.
Frequentar as altas rodas,
Sempre como convidado.
Só usando o com licença,
Por favor, e obrigado.
*
Por isso digo obrigado,
Pela falta de carinho,
Frieza e insensatez,
Comportamento mesquinho.
E obrigado pelas pedras
Que existem em meu caminho.
*
Pelo pão e pelo vinho,
Pelas noites ao relento.
Foram só noites difíceis,
Com direito a chuva e o vento.
Que guardo no meu currículo,
Sem nenhum ressentimento.
*
Por todo o meu sofrimento,
No meu mundinho isolado.
A quem passou e não viu,
O meu pranto derramado.
Pela falta de visão,
Eu também digo: obrigado!
*
Pela falta de cuidado,
Quando eu mais precisei.
Pela sua hipocrisia,
Que pra que serve eu nem sei.
Quando sua hora chegar,
Não me culpe,eu te avisei...
*
Hoje ser feliz é lei,
O meu pranto foi cessado.
Mas as vezes que eu tentei

Acertar, fazendo errado.
Impedem que eu cometa,
Velhos erros do passado.

*

Quando eu falei do passado,
Referi-me ao presente.
E ao falar dos espinhos,
Queria dizer semente.
A lagrima é lagrima mesmo,
Meu palato ainda sente.
*
Se eu colher trigo somente,
É porque eu plantei trigos.
Se tenho amigo é porque,

Não sei fazer inimigos.
Se estou limpo eu já paguei

A divida, com os meus castigos.
*
Agora caros amigos
e o meu querido leitor.
Agradeço a atenção!
Por esse humilde escritor.
E sem mudar de assunto,
Falarei do, por favor.
*
Do analfabeto ao doutor,
Usando com precisão.
Para o transito e apazigua
Até uma multidão.
Mas use na hora certa
E sempre com educação.
*

Se conselho fosse pão,
Ninguém te dava, vendia.
É melhor andar sozinho,
Do que em má companhia.
Mas os toques que te dei,
Guarde-os que terão valia!

*

Nem sempre o que mais corria,
É o que chega primeiro.
Aquele que mira um alvo
E dar um tiro certeiro.
Aquilo que quer consegue,
Basta só ser verdadeiro.
*
Usei dito costumeiro,
Pra falar do, por favor.
Espero que eles sirvam
De tijolos pro leitor.
E aplicados um a um,
Facilitem o seu labor.
*
E sem mudar o teor,
Seguindo no mesmo tema...
De outra palavra mágica,
Que faz parte do sistema.
Citarei o com licença,
Outra chave do problema.
*
Com licença, em meu poema,
Somam dez letras somente.
Para qualquer comentário,
Tira obstáculos da frente.
E abre tantos caminhos...
Se duvida, experimente!
*
Faça o teste, ao menos tente,
No meio da multidão.
Vá dizendo com licença,
Sempre com educação.
Que o caminho fica livre,
Sem sequer um empurrão.
*
Mas hoje as pessoas não
Conseguem ser educadas.
Preferem usar a força,
Riquezas acumuladas.
Esquecendo a gentileza,
E as formas mais delicadas...
*
Quem leu as chaves citadas,
Passe a frente essa mensagem.
Ou pratique todo dia,
Não pense que é bobagem.
E mostre que veio ao mundo,
Mas não perdeu a viagem.

*

Se é de outra linhagem,
Vaidoso ou insensato,
Pobre sem eira nem beira,
Ou burguês de fino trato.
Use essas palavras mágicas,
Ganhe tempo e seja exato.
*
Não procure dá maltrato,
Porque tudo é bumerangue.
A água que evapora,
Sempre retorna pro mangue.
E a lágrima cristalina,
Tem sempre um gosto de sangue.
*
Tenha calma, não se zangue,
E ajude ao seu semelhante.
Procure ser sempre humilde,
Deixe essa pose arrogante.
Seja honesto e verdadeiro...
Isso é bem mais importante.
*
A vida é mais triunfante

E bem menos complicada.
Se as pessoas agissem
De forma civilizada.
E quando ajudassem alguém
Em troca pedissem nada.
*
Mas na pratica aplicada,
Não usam de educação.
Seja classe media ou baixa
Ou a de alto escalão.
Em vez de pedir licença,
Abrem alas no empurrão!
*
Com licença meu irmão,
Por favor, fique a vontade.
Obrigado volte sempre,
Que tiver necessidade.
Essas frases abrem portas
Para toda a humanidade.
*
D-esde a antiga idade,
A-té hoje é assim.
M-uitos esquecem as chaves,
I-sso é um sinal ruim.
A-gora amigo leitor,
O cordel chegou ao fim.
*
Fim.