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Eu sempre ouvi falar
Dos tais direitos iguais.
Entre o Homem e a Mulher
E vou citar alguns tais.
Pra o leitor analisar
E ver que são desiguais!
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Nesses dias atuais,
A Mulher tem mais espaço.
Já atua em vários meios,
Livre e sem embaraço.
Mas existe o preconceito
Que é a pior queda de braço!
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Sem repousar do cansaço,
Quando chega ao seu lar.
Começa uma maratona,
Lavar, passar, cozinhar.
Faxina que nunca acaba,
Filho para amamentar...
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A Mulher tem que provar
Que é tão forte de um jeito.
E além de forte é uma máquina,
De um mecanismo perfeito.
Que vai do gerar um filho,
Ao aconchego em sei leito.
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Um quer colo, outro quer peito,
Ombro e o que mais for possível...
Pagar contas, fazer compras,
Ser meiga e irresistível,
Menstruarão, TPM...
Bom humor é impossível?
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Ter a receita infalível
Pra paixão não desgastar.
Ser dama, puta e senhora...
Mil em uma sem cansar.
E, além disso, ter postura,
Dentro e fora do lar!
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Agora eu vou falar
Um pouco do maridão.
Que em grande maioria,
São metidos a machão.
Vivem peidando e coçando
O saco e cheirando a mão!
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Casado e quer diversão,
“Levar vida de solteiro”.
Dá para a esposa quarenta
Por cento do seu dinheiro
Os sessenta que restaram
Gasta em bares e puteiro...
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Reclama do cativeiro,
Que é a vida de casado.
Põe a mulher na cozinha,
Fica em um sofá, “deitado”.
Ali bebe fuma e cospe...
-Parece um porco sevado!
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Reclama que está cansado,
Que é um escravo do lar...
Não sabe o que é dá um banho
No filho ou lhe pentear,
Vesti-lo, escovar os dentes,
Trocar a fralda e limpar...
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Por aqui vou encerrar
A parte dos afazeres.
Acho que deu pra entender
Os direitos e deveres.
E vou comparar em ambos
Preconceitos nos prazeres!
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O prazer desses dois seres,
Tem uma grande diferença.
A Mulher tem quando ama,
Caso contrário, dispensa.
O Homem: basta ter bunda
E peito, que ele nem pensa!
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Para a Mulher só compensa
Fazer amor com paixão.
E mesmo ela apaixonada,
Controla a sua emoção.
Para o homem é diferente,
Basta ter excitação!
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Para o homem a traição,
Da parte dele, é normal.
É só uma escapadinha,
Um encontro casual.
Pede perdão, se humilha,
ET Cetera coisa e tal...
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Para a mulher é fatal,
Quem já traiu que o diga.
É recebida na “tapa”
Empurrões, gritos e briga...
E aqueles velhos chavões,
Quemga, quiba, rapariga...
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Mulher se cresce a barriga
É buchuda, despencou.
Tão novinha e esfomeada
Comeu demais, estufou.
Com o homem a pança grande,
É sossego, ele enricou...
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É solteira: engravidou?
Muitos dizem: se perdeu.
Não sabe que é o pai?
Saiu com dez, esqueceu.
Já o “homem” que fez o filho,
Morre mas diz: não fui eu!
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Se assumir que o filho é seu,
É digno de elogio.
Do tipo: esse cabra é macho,
É novo, mas já tem brio...
A mãe vitima ganha o titulo,
De uma cadela no cio...
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Pra mulher é um desafio
Viver, com dignidade.
Qualquer descuido ela ganha,
Titulo de vulgaridade.
Para o homem, ser canalha,
Às vezes é qualidade!
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E essa desigualdade
Vai muito além da disputa.
Se o homem é namorador,
Ganha é moral e conduta...
Já a mulher namoradeira,
É mulher falada, puta!
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Se o homem gosta da fruta,
Namora dez... Ninguém liga.
Pra muitos serve é de espelho,
Exemplo pra que se siga.
Se a mulher fizer o mesmo
O chamam é de rapariga!
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Se o homem se mete em briga,
Em casa, no bar, na feira...
Ganha a fama de valente,
Arrochado, bagaceira...
Mulher valente? Coitada,
Tem fama é de barraqueira!
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É chamada de fuleira,
Mulher que muito namora.
Galinha e outros bichos,
Que nem vou citar agora.
Sendo homem? É garanhão,
Baixo calão se ignora.
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Por mais que seja Senhora,
Se a mulher deslizar.
E cometer uma falha,
É chamada de vulgar.
Sendo o homem a sociedade,
Prefere nem comentar!
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Homem não pode chorar?
Se for, algo está errado.
Porque o que mais se vê,
É marmanjo embriagado
Chorando gotas de álcool
Por sentir-se mal amado...
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O homem é um ser adestrado
Pela mãe pra não chorar.
Mas depois que cresce ou perde
A mesma pra aconselhar.
Vai dá vexame nas praças
Ou no balcão de um bar...
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Pra Mulher não é vulgar,
Chorar por uma paixão.
Como também não é feio,
Viver de uma pensão.
E até botar ex. marido
Para morar na prisão.
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Já o Homem sério não
Vive sendo auxiliado
Por mulher, pra criar filhos
Depois que é separado.
Se existe algum, não conheço,
Aqui nem em outro Estado.
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Ou eu sou ultrapassado,
Melhor não dar nome aos bois.
O assunto aqui é outro,
Direito e dever a dois.
E até dá outro Cordel,
Quem sabe eu o faço depois!
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Vou cuidar desse, ora, pois!
Que já está quase no fim.
Faça a parte que te cabe,
Que eu faço a que cabe a mim.
Os direitos e deveres
São mais ou menos assim!
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Não sei se é bom ou ruim,
Sei que se for com amor.
Com certeza funciona,
Sem traumas, lesão ou dor...
Pois é assim que o espinho,
Convive com uma flor!
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Espero que o leitor,
Tire a sua conclusão.
Desempenhe o seu papel
Cumpra a sua obrigação.
Dosando bem a receita,
Da amizade, amor, paixão...
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D-eus criou Eva e o Adão,
A-cima dos outros seres.
M-as por desrespeito ao mesmo,
I-nstigaram outros prazeres.
A-gora arcamos com
O-s direitos e deveres!
*
Fim.
