sábado, 2 de julho de 2011

Profecias * Autor: Damião Metamorfose.










(Foto extraída do Google)

*

Deus Pai dos pais me inspire,

Pra descrever em Cordel.

Uns versos em tons proféticos,

Mostrando o lado infiel.

Que o homem e a sua ganância,

Deixou por ignorância

E a ambição cruel!

*

O Japão provou do fel
Que a humanidade plantou.
E em um piscar de olhos,
Toda a costa se inundou.
Do jeito que a coisa vai
A qualquer hora o céu cai
Pra vingar quem o maculou!

*

Se não zela o que herdou

Como vai zelar o mundo?
Quem não recicla o seu lixo,
Deixa o mundo mais imundo.
Assim está o planeta,
Um cão sarnento e perneta,
Com o seu dono moribundo!

*

O solo é menos fecundo,
Com a arvore derrubada.
Cada gota de petróleo
Que foi mal utilizada.
Quando acabar o ar puro,
Todos vão pagar com juro,
Cada coivara ou queimada...

*

Tem esporte de fachada
Que pra matar tem licença.
Licença para matar?
Sim senhor, sem desavença.
Não matam só animais,
Matam também vegetais,

Gente e o mais que se pensa!

*

Na caatinga ou mata densa,
Com o estrago que foi feito.
Dá até pra amenizar,
Mas concertar, não tem jeito.
E assim vão se esbaldando,
Matando e desmatando...
E achando que está direito!

*
Talvez tivesse algum jeito

Se houvesse a compreensão.
Pois se Deus me empresta um corpo,
E a vida é uma missão.
Meu mesmo, é só o meu nome,

Se só se lucra o que come,
Por que, pra que a ambição?

*

Caminha para a explosão,
O planeta mais perfeito.
Que Deus nos deu como herança
E o homem insatisfeito.
Movido pela ambição,
Fez da terra o seu lixão
Por isso está desse jeito!

*

O homem colhe o efeito
Do mal que fez ao sistema.
Agora vai pagar caro,
Pra se safar dessa algema.
Pra depois dessa quem sabe,

Antes que o planeta acabe,

Resolva esse problema!

*

Por enquanto esse dilema,

Causa a preocupação.

De dormir sem a certeza,

Que vamos acordar são.

Tudo culpa de quem fez,

Do dinheiro a estupidez

E a porta para a ambição!

*

Vai sair fogo do chão,

Fendas se abriram na terra.

Uns botam a culpa nos outros,

Ninguém assume que erra.

E com o planeta nu

Só rapina e urubu

Voam no alto da serra!

*

A paz precisa da guerra,
Pra ser mais valorizada.
O amor precisa do ódio,
Tudo precisa de um nada...
Mas o problemaço em questão,
É que a terra em exaustão,
Pode ser fragmentada!

*

Com essa marcha acelerada
De maltratar o planeta.
Na teoria amam a Deus,
Na pratica adoram o capeta.
Vão pagar caro afinal

E o bloco de carnaval
Será: A última trombeta!

*

Não vai ter sã, um gameta,
Que salve a humanidade
Das barbáries que fizeram
Nos limites da maldade.
Quando vier à cobrança,
Idoso, jovem e criança
Pagam pela a insanidade!

*

Do feto a primeira idade,
Sai morto ou alienado.
Pois o seu metabolismo
Pode ficar alterado.
Não existem meias culpas
Nem a quem pedir desculpas,
Paga até sem ter pecado!

*

Ninguém é inocentado...
Tendo ou não sua parcela
De culpa, não está livre
Do efeito ou da mazela.
E no acerto final
Gente, bicho, vegetal...
Todos encaram a procela!

*

Um por um sofre a sequela,
Tendo ou não culpa em cartório.
Paga em igual moeda
Sem prazo e sem promissório.
Do empregado ao patrão...
Dessa vez falta caixão
E sobra choro e velório!

*

Não tem bode expiatório,

Vai ser um deus nos acuda.

Poucos são os escolhidos,

Muitos são os sem ajuda.

Faça a sua parte agora,

Que está passando da hora,

Com o poder não se iluda!

*

A terra ficou desnuda

Cheia de assoreamento.

O sol castigando o solo,

A seca e o aquecimento

Global, cada dia aumenta

No céu a nuvem cinzenta

Deixando o azul cinzento!

*

Enchente e deslizamento
Derrubando os casarões
E os casebres construídos
Nas encostas dos lixões.
Os ares ficam pesados
Os aeroportos fechado,
Não decolam os aviões!

*

Tem enchentes nos Sertões,

No Sudeste e Sul, geadas.

E as famosas trombas d’águas,

Nas cidades povoadas.

Com tantas vitimas fatais,

Que autoridades locais

Preferem ficar caladas!

*

Vai ter fortes trovoadas,

Raios sem chuva e trovão.

Tremor de terras aqui

No Brasil, nossa nação.

Periga ter tsunamis

Tudo culpa dos infames

Que desmataram o Sertão!

*

Terra tremendo e vulcão,

Já nem incomodam tanto.

O que vem nos próximos anos,

É que vai causar espanto.

E não adianta implorar,

Fazer promessa e rezar...

Pra Deus ou pra outro santo!

*

O clima esquentará tanto,

Que logo vai derreter

Todas as calotas de gelo,

Quem tiver vivo, vai ver.

Mares aumentando os níveis,

Ondas com fúrias terríveis,

Só subindo, sem descer!

*

Nenhum gameta há de ter
Sã, em uma mente sã.
Nem o que foi ensinado
Pelos escribas do clã.
Não resiste aos tais edemas
Nem soluciona os problemas
Do Armageddon do amanhã!

*

Não adianta talismã,

Ferradura ou coisa assim...

Não conte com sua sorte

Que ela não vai dizer sim.

Você é o único culpado,

Por ter tido antecipado,

A sua morte, seu fim!

*

A parte que cabe a mim,

Acho que desempenhei.

Plantei arvores que dão frutos

E jamais eu desmatei.

Também errei, não desdenho,

Pecados, eu sei que os tenho,

Mas não matei nem roubei...

*

O aviso eu já dei,

Ponha em pratica e não esqueça.

O planeta está em crise,

Tudo virando à avessa.

Se você não cuidar dele,

Pode esperar que ele

Explode em “sua cabeça”

*

Por favor, não se entristeça,

Com o que disse: o poeta.

Como Ele próprio avisou,

É poeta, não profeta.

Mas antes que esquente mais

Não mate mais vegetais

E plante arvore seleta

*

D-epois que atingir a meta,

A-guarde o tempo que resta.

M-as regue, pois sem regar

I-mpede à nova floresta.

A fotossíntese é quem deixa

O nosso planeta em festa!

*

Fim.