(Foto extraída do Google)
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Deus Pai dos pais me inspire,
Pra descrever em Cordel.
Uns versos em tons proféticos,
Mostrando o lado infiel.
Que o homem e a sua ganância,
Deixou por ignorância
E a ambição cruel!
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O Japão provou do fel
Que a humanidade plantou.
E em um piscar de olhos,
Toda a costa se inundou.
Do jeito que a coisa vai
A qualquer hora o céu cai
Pra vingar quem o maculou!
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Se não zela o que herdou
Como vai zelar o mundo?
Quem não recicla o seu lixo,
Deixa o mundo mais imundo.
Assim está o planeta,
Um cão sarnento e perneta,
Com o seu dono moribundo!
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O solo é menos fecundo,
Com a arvore derrubada.
Cada gota de petróleo
Que foi mal utilizada.
Quando acabar o ar puro,
Todos vão pagar com juro,
Cada coivara ou queimada...
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Tem esporte de fachada
Que pra matar tem licença.
Licença para matar?
Sim senhor, sem desavença.
Não matam só animais,
Matam também vegetais,
Gente e o mais que se pensa!
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Na caatinga ou mata densa,
Com o estrago que foi feito.
Dá até pra amenizar,
Mas concertar, não tem jeito.
E assim vão se esbaldando,
Matando e desmatando...
E achando que está direito!
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Talvez tivesse algum jeito
Se houvesse a compreensão.
Pois se Deus me empresta um corpo,
E a vida é uma missão.
Meu mesmo, é só o meu nome,
Se só se lucra o que come,
Por que, pra que a ambição?
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Caminha para a explosão,
O planeta mais perfeito.
Que Deus nos deu como herança
E o homem insatisfeito.
Movido pela ambição,
Fez da terra o seu lixão
Por isso está desse jeito!
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O homem colhe o efeito
Do mal que fez ao sistema.
Agora vai pagar caro,
Pra se safar dessa algema.
Pra depois dessa quem sabe,
Antes que o planeta acabe,
Resolva esse problema!
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Por enquanto esse dilema,
Causa a preocupação.
De dormir sem a certeza,
Que vamos acordar são.
Tudo culpa de quem fez,
Do dinheiro a estupidez
E a porta para a ambição!
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Vai sair fogo do chão,
Fendas se abriram na terra.
Uns botam a culpa nos outros,
Ninguém assume que erra.
E com o planeta nu
Só rapina e urubu
Voam no alto da serra!
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A paz precisa da guerra,
Pra ser mais valorizada.
O amor precisa do ódio,
Tudo precisa de um nada...
Mas o problemaço em questão,
É que a terra em exaustão,
Pode ser fragmentada!
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Com essa marcha acelerada
De maltratar o planeta.
Na teoria amam a Deus,
Na pratica adoram o capeta.
Vão pagar caro afinal
E o bloco de carnaval
Será: A última trombeta!
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Não vai ter sã, um gameta,
Que salve a humanidade
Das barbáries que fizeram
Nos limites da maldade.
Quando vier à cobrança,
Idoso, jovem e criança
Pagam pela a insanidade!
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Do feto a primeira idade,
Sai morto ou alienado.
Pois o seu metabolismo
Pode ficar alterado.
Não existem meias culpas
Nem a quem pedir desculpas,
Paga até sem ter pecado!
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Ninguém é inocentado...
Tendo ou não sua parcela
De culpa, não está livre
Do efeito ou da mazela.
E no acerto final
Gente, bicho, vegetal...
Todos encaram a procela!
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Um por um sofre a sequela,
Tendo ou não culpa em cartório.
Paga em igual moeda
Sem prazo e sem promissório.
Do empregado ao patrão...
Dessa vez falta caixão
E sobra choro e velório!
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Não tem bode expiatório,
Vai ser um deus nos acuda.
Poucos são os escolhidos,
Muitos são os sem ajuda.
Faça a sua parte agora,
Que está passando da hora,
Com o poder não se iluda!
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A terra ficou desnuda
Cheia de assoreamento.
O sol castigando o solo,
A seca e o aquecimento
Global, cada dia aumenta
No céu a nuvem cinzenta
Deixando o azul cinzento!
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Enchente e deslizamento
Derrubando os casarões
E os casebres construídos
Nas encostas dos lixões.
Os ares ficam pesados
Os aeroportos fechado,
Não decolam os aviões!
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Tem enchentes nos Sertões,
No Sudeste e Sul, geadas.
E as famosas trombas d’águas,
Nas cidades povoadas.
Com tantas vitimas fatais,
Que autoridades locais
Preferem ficar caladas!
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Vai ter fortes trovoadas,
Raios sem chuva e trovão.
Tremor de terras aqui
No Brasil, nossa nação.
Periga ter tsunamis
Tudo culpa dos infames
Que desmataram o Sertão!
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Terra tremendo e vulcão,
Já nem incomodam tanto.
O que vem nos próximos anos,
É que vai causar espanto.
E não adianta implorar,
Fazer promessa e rezar...
Pra Deus ou pra outro santo!
*
O clima esquentará tanto,
Que logo vai derreter
Todas as calotas de gelo,
Quem tiver vivo, vai ver.
Mares aumentando os níveis,
Ondas com fúrias terríveis,
Só subindo, sem descer!
*
Nenhum gameta há de ter
Sã, em uma mente sã.
Nem o que foi ensinado
Pelos escribas do clã.
Não resiste aos tais edemas
Nem soluciona os problemas
Do Armageddon do amanhã!
*
Não adianta talismã,
Ferradura ou coisa assim...
Não conte com sua sorte
Que ela não vai dizer sim.
Você é o único culpado,
Por ter tido antecipado,
A sua morte, seu fim!
*
A parte que cabe a mim,
Acho que desempenhei.
Plantei arvores que dão frutos
E jamais eu desmatei.
Também errei, não desdenho,
Pecados, eu sei que os tenho,
Mas não matei nem roubei...
*
O aviso eu já dei,
Ponha em pratica e não esqueça.
O planeta está em crise,
Tudo virando à avessa.
Se você não cuidar dele,
Pode esperar que ele
Explode em “sua cabeça”
*
Por favor, não se entristeça,
Com o que disse: o poeta.
Como Ele próprio avisou,
É poeta, não profeta.
Mas antes que esquente mais
Não mate mais vegetais
E plante arvore seleta
*
D-epois que atingir a meta,
A-guarde o tempo que resta.
M-as regue, pois sem regar
I-mpede à nova floresta.
A fotossíntese é quem deixa
O nosso planeta em festa!
*
Fim.