sábado, 18 de julho de 2009

Nosso canto, autor; Damião metamorfose.


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Pra ficar mais florido o nosso canto
Quando o canto brotou dentro de mim
Em um canto qualquer fiz um jardim
E reguei com meu canto o canto santo

Quando ouviste o meu canto com encanto
O seu canto que era um canto ausente
Escutou o meu canto e no presente
Esse canto é fecundo e não tem pranto

Hoje eu canto invocando o canto seu
Você canta ao ouvir o canto meu
Nosso canto é jardim, botão e flor.

Porque o canto que eu canto você canta
E os dois cantos que regam a nossa planta
Já foi canto de dor, hoje é de amor.

Ódio e amor, dois mundos sem órbita, autor; Damião Metamorfose.



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Os dois mundos caíram e nenhum viu
Mas feliz um viu só do outro, a queda.
Quando não se quer ver a vista veda
E um se fere pensando que feriu

Se o perdão foi negado a quem pediu
Assim sendo o errado virou certo
E os dois mundos que giraram tão perto
Sem a órbita um ao outro colidiu

Nesse ganha ou perde, perde e ganha.
O mais frágil, indefeso, sempre apanha.
Cada um tem seu saldo devedor

Em defesa das ruínas de um castelo
No final se confrontam eu um duelo
Numa guerra mesquinha de ódio, amor.