segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Última parte do meu desafio com o poeta Manoel Cavalcante



D.M
Nesse caso regule seu hissope
Se segure em dez que quero ver
Se não sabe procure aprender
Mas cuidado senão seu estro entope
Perca noites de sono ou se dope
Que o mel ta virando rapadura
Bote lenha aumente a fervura
Vire boi pra puxar esse mancal
Ou franguinho que cisca no quintal
Onde o galo domina sem censura.
*
M.C
Eu não sei se você vai ter gordura
Pra queimar aqui nessa nossa rinha
Se seu peixe tem escama e espinha
Pra aguentar meu rio de literatura.
O seu corpo já vai pra sepultura
E sua fama já se curva aos meus pés
Quando bato em você não tem revés
Leia mais sobre rima toante e consoante
Estude a métrica,será importante
Para você escrever estrofe em dez.
*
D.M
Repentista ou poeta de cordéis
Já conhece meu nome, minha arte.
Rio grande, Brasil, em toda parte.
Meus escritos tem origens fieis
Não me curvo pra certos pangarés
Que não sabe fazer nem uma trova
Faz um verso a cada lua nova
Mas se acha que é bicho papão
Quem conhece o poeta Damião
Bebe água na fonte e se renova.
*
M.C
Eu não temo Ivanildo Vilanova
A dinastia Batista ou dos Bandeira
Jó Patriota ou Romano do Teixeira
Têm medo, que aprodecem lá na cova.
Na sextilha, na décima ou na trova
Te bati como bate num jumento.
Mas se você acertasse dois por cento
Na sua estrofe, quase decassilábica
Não precisaria vacina antirrábica
Pra curar esse vício tão nojento.
*
D.M
Se defuntos te servem de alento
Parabéns é seu jeito eu aceito.
Já tentei te ensinar mais não tem jeito
Continue desse jeito, fraco e lento.
O seu jeito é sem jeito, eu lamento.
Faça assim desse jeito meu poeta
O seu jeito qualquer poeta veta
Não tem jeito ensinar a quem não quer
Continue do seu jeito se quiser
Boa sorte alcance a sua meta.
*
M.C
O meu jeito é de métrica correta
E de rima perfeita na fonética
Eu já pedi que conserte sua métrica
E vai ser essa agora a minha meta
Se eu conseguir transformá-lo num poeta
Serei um rei por ter chegado a esse feito
Se você fizer um verso perfeito
Beira-mar será santo em vez de réu
O papa dançará o funk do crew,
Marcola ganhará para prefeito.
*
D.M
Nem Marcola nem tu serás eleito
Com estrofe mal feita em festival
Ninguém vai recitar em um sarau
Um poema quadrado e com defeito
Sua mente tem livros, mais seu peito.
Ta exausto de tanto tomar vaia
Não consegue contrato nem de aia
Por não ter dom poético nem ter verve
Estudar, estudar, pra que te serve?
Se versar nunca foi a sua praia.
*
M.C
Onde danado você viu ou encontrou "aia"?
E esse "versar" existe em que glosário?
Versejar como tem no dicionário
Faça o verso e da gramática não saia
A sua estrofe cheia de maracutaia
É tão feia que me deixa incabulado
Se perguntou porque tenho estudado
Não te escondo, pois tenho jogo aberto
É pra tentar fazer um verso certo
E corrigir quem não quer está errado.
*
D.M
Aia é camareira ou pau mandado
E versar, por em verso ou versejar.
Se a gramática não pode te explicar
Vá ao google ou Aurélio, seu tapado.
Wikipédia também dar resultado
Ou pergunte a qualquer analfabeto
Muito pobre é o seu rico dialeto
Muito rica é a sua idiotice
Se tu vai se formar em basbaquice
Não precisa estudar eis um completo.
*
M.C
Só se for o Aurélio da Varzinha
Quanto ao google, lá tem qualquer tolice
Você estuda só beradeirice
Que não está se quer na minha linha
Compre logo cachaça e a galinha
Tome uma e vá vender cordel na feira
Só recite Romano do Teixeira
Ou as Loucuras que dizia Zé bedeu
Pois se tu recitar um verso seu
Todos vão gritar: -Mas que besteiraaa.
*
D.M
Faça o mesmo e se cure da cegueira
De pensar que seu verso é campeão
Volte a ser poetinha de balcão
Se vacine e desfile de coleira
E se acaso pensar que é brincadeira
Faça um teste na rua e não aposte
Se na escola que estudas tem quem goste
É porque só conhecem porcaria
Qualquer doido que entende cantoria
Dar conselhos que pare ou se encoste.
*
M.C
Você vive assistindo muito Lost
Pois se perde a cada estrofe que escreve
Se pagar as estrofes que me deve
Eu posso até deixar que você poste.
Não espero nem que você resposte
E por isso não vou lhe perguntar
Eu não desejo aqui te envergonhar
Nem tampoco te ver dando mancada
Mas, imagino a minha gargalhada
E o grande mico que você ia passar.
*
D.M
Você pense o que bem quiser pensar
E sorria pra não viver chorando
Só não pode pensar que está mandando
Na peleja ou só canta sem errar
Sua estrofe é tão pobre e tão vulgar
Tanto estudo pra tanta insensatez
Sem falar que só faz uma por mês
E igual um anzol sai sempre torta
O seu estro habita em mente morta
Do seu tipo eu enfrento dez por vez
*
M.C
Não sou rico como tú que é burguês,
Pois todo site que olha se intromete
E se você pagar minha internet
Eu postarei até em árabe ou inglês.
Mas como sempre a razão é do freguês
Eu postarei com muito mais frequência
Porém, se quer medir inteligência
Cante tudo que souber na sua escola
Faça a promessa pra a santa da viola
Pode deixar que escolho a penitência.
*
D.M
Se o amigo se encontra na falência,
Mude a arte os projetos e a escola.
Abandone a profissão da viola,
Faça algo que dê independência.
Saia desse marasmo, essa demência,
De viver dependendo de pensão.
Se espelhe no que fez Damião,
Que com seus dezesseis ganhou o mundo.
Não me taxe de burguês vagabundo,
Que eu trabalho e sou digno na missão.
*
M.C
Pare logo com toda sua ilusão
Pois jamais irei parar de escrever
E se estudo, é para me precaver
Pra não morrer burro como Damião
Não vou sair sem nenhuma direção
Para apanhar da vida como louco
Sua vida é de tortura e de sufoco
Mas, eu em busca de meu porto seguro
Sem tempo estou querendo meu futuro
Perdi meu tempo,achando o tempo pouco.
*
D.M
Análise como o seu verso é oco,
Inda pouco me chamou de burguês.
Lamentou por postar uma por mês,
Mas agora diz que estou no sufoco.
Ou você é tapado ou está choco,
Pra esquecer o que disse e desdizer.
Só um cego ou demente que não ver,
Que você é um zero em cantoria.
Jogue fora o que sabe em teoria,
Seja humilde e comece a aprender
*
M.C
Mas como posso contigo aprender?
Se diz análise em vez de analise
E se eu medir todo e qualquer deslize
Tu não vais ter lugar pra se esconder
Eu já tentei, mas não vou enlouquecer
Tentando ensinar, a anta sem cabeça
Dou um recado, daqui desapareça
Vá aprender rima e métrica no jazigo
Já que insistes em não aprender comigo
Ou então mude, se recicle, pense e cresça.
*
D.M
Se você pensa assim peço que esqueça.
Vou ficar faça verão ou inverno
Nesse caso isso aqui vai ser eterno
A não ser que um de nós dois faleça
É uma pena que o nível aqui só desça
Pois por mim essa nossa cantoria
Era pura cultura em poesia
Pra ficar registrado paço a paço
Que na vida não é na lei do braço
Que as pessoas demonstram galhardia.
*
M.C
Como quer cultura ou até poesia
Se seu passo escreve com cedilha?
Esse meu repente não te humilha
Só te ensina para que aprenda um dia.
Mas se sua cabeça não for fria
E mais humilde para ver onde errou
Vai ver que eu no cordel aqui estou
Pra mostrar os caminhos da cultura
E ensinar a você, cabeça dura
Mas o que digo, nunca em você entrou.
*
D.M
Assumir o meu erro eu sempre vou
Admito e sentido é incorreto
Mas cantado o meu verso está completo
Se humilde é ser isso? Então falhou.
Lembre as vezes que um erro tu postou
E o que fiz foi tentar te avisar
Mas se diz que não quer me humilhar
Te aconselho a seguir outro caminho
Pois seu ato clemente é tão mesquinho
Que essa estrofe nem dar pra comentar.
*
M.C
Cedo, seda me fez atrapalhar
Mas, conheço os signos do zodíaco
Sua estrofe de cunho hiponcrondríaco
É Funesta, como hitle ou baltazar.
Seu zigomático não vai aguentar
O produto, massa e aceleração
Suas trabéculas não têm mais tração
Seus axônios estão sem Mielina
Ser Catedrático é esta minha sina
Se você for, demonstre caro irmão.
*
D.M
Sua estrofe é mais uma aberração
Recheada de erros e “arisia”
Hiponcrondíaco se vem de hipocondria
Nunca vi nem conheço essa alusão
Sou nativo das roças do sertão
Pouco estudo, mas sei me expressar.
Se acaso tentou me encurralar
Foi você quem ficou encurralado
Pois até o seu Hitler está errado
Catedrático é assim? Vá estudar.
*
M.C
Não assumo, pois eu não quis falhar
O erro foi somente do teclado
Eu pressionei, mas não foi efetuado
Não é por isso que vou me atrapalhar.
Você tenta, mas não pode concertar
Quer saber tudo, mas não sabe nada
Rima rara, coroada e interpolada
Alternada, esdrúxula e aguda
Comigo aqui ou esse seu calabreio muda
Ou você vai ficar roxo de lapada.
*
D.M
Você nunca passou de uma charada
Um poeta obscuro e problemático
Rasga o verbo em dizer que é catedrático
Mas não faz uma estrofe lapidada
Admita o seu estro é uma piada
Excremento que não serve de estrume
Lamentável o seu péssimo mau costume
De ver erros em tudo o que faço
Mas sozinho não sabe dar um passo
Porque erra e o seu erro não assume.
*
M.C
Sua estrofe fede mais do que estrume
Quer corrigir na maior cara de pau
Mas caro amigo você não me leve a mal
Pois não sou eu que erra e nunca assume.
Corrigir estando errado é seu costume
Pois não entende e ainda não tem ética
Reclama sempre do estro e da poética
Mas sempre fica por baixo nesse clima
Vá estudar estrofação com rima
Pois não dá mais pra aturar a sua métrica.
*
D.M
Você sempre se enrola na fonética
Sua métrica é perfeita pra soneto
Nem com reza, macumba ou amuleto.
Sua estrofe deixa de ser patética
Acho cúmulo você falar em ética
Se não sabe o que isso significa
O que já foi postado dá a dica
Que eu tentei te avisar, mas foi em vão.
Cale a boca ou agüente essa pressão
Que ao contrário você só se complica.
*
M.C
Sei que seu corpo está com tremelica
Que de medo se morre passa perto
Quanto mais você pensa que está certo
Mais errada é que essa sua estrofe fica.
Já cansei de ajudar e de dar dica
É muito feio quem canta sem saber
E mais feio ainda é nunca reconhecer
Que é limitado e que às vezes é falho
O que mais nesse mundo dá trabalho
É ensinar a quem jamais vai aprender.
*

Fim.


sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Quarta parte do meu desafio com Manoel Cavalcante...


*
D.M
Abra o olho meu rapaz
Que o estilo mudou
Nos outros, você errou
Não mostrou como se faz
Se pensas que vai ter paz
Está muito enganado
Esse seu verso quadrado
Nem de longe me assusta
Tire essa saia justa
Que eu estou afinado.
*
M.C
Você diz "Que eu estou afinado"
Afinado de finura
Estude, tenha cultura
Você canta muito errado.
Eu já tenho te ensinado
Toda a métrica correta
Você parece um pateta
Que escreve errado e repete.
Escreva os versos com sete
Para tentar ser um poeta.
*
D.M
Fez a estrofe incompleta
Começando em martelo
Já vi que nesse duelo
Você vai virar atleta
Não atinge a sua meta
Mas se acha campeão
Se prestasse atenção
No que tenho ensinado
Dizia muito obrigado
Em vez de má criação.
*
 M.C
Muito obrigado patrão
Por ser um cantador ruim
Porque você sendo assim
Não precisa esforço não.
Com você não há lição
E nem comigo alisado
Eu posso ser mal criado
Mas no que crio jamais erro
Não venha mais que eu te ferro
E prove que eu cantei errado.
*
D.M
Você só versa travado
Erra até em sextilha
Em toda estrofe se humilha
E pensa ser exaltado
Não passa de um coitado
Um poeta made in trova
Entre a safra e a desova
A segunda é seu lugar
Deixe logo de cantar
Senão vai morrer na sova
*
M.C
Ivanildo Vila Nova
Com o Louro do pajeú
Nem mesmo Manoel Xudu
Mesmo descendo da cova,
Pode vencer minha trova;
O meu verso; a minha rima
Se Deus mudar o seu clima
Te fizer um repentista
Que você não perca a vista
Pra me ver montado em cima.
*
D.M
Só quem não tem auto-estima
Quer cantar com um defunto
Arrume um outro assunto
Por favor, não se deprima.
Você pode até ter ima
Mas talento eu lamento
Se não der pro seu sustento
Deixe os defuntos em paz
Aprenda como se faz
Senão eu te arrebento.
*
M.C
Você não sabe um por cento
Do que eu já sei na poesia
Estude, me alcançe um dia
Pois ganho a todo momento
Sobre o concílio de Trento
Sobre a queda da bastilha
E nem o que é tordesilha
Você não viu na sua escola
Vá para as ruas, peça esmola
Pois assim você se humilha.
*
D.M
Nem pra fechar a braguilha
De um poeta você serve
O seu verso não tem verve
Sua estrofe não brilha
Só canta botando pilha
Faz errado e repetido
Você pode ser sabido
Mas bom poeta eu lamento
Confesso que não agüento
Ouvir mais o seu moído.
*
M.C
No saber está perdido
Você só canta besteira
Me acompanhe na carreira
Se você for destemido.
Das coisas que eu tenho lido,
Minha mente sempre emana
Estude a "Pax romana"
Do império de Otávio Augusto
Já faço medo e dou susto
Na tríade parnasiana.
*
D.M
A quem pensa que engana
Poeta de enciclopédia
Se somar a sua média
Dar um verso por semana.
Tu és um besta fubana
Intelectual do cais
Erre menos, cante mais.
Leia o que já escreveu
Ou será que esqueceu
De tantos erros banais?
*
M.C
Lendo revistas, jornais
Escolho, canto o que quero
Desde o inêndio de Nero
À prisão de Barrabás
Lá nos períodos feudais
Quem mandou foi a Igreja.
E se você ainda almeja
Me ultrapassar cantando
É melhor ir estudando
Se não seu lombo lateja.
*
D.M
Estou vendo que a peleja
Começou a incomodar
Falta você me explicar
Como é que você deseja.
Releia tudo e veja
Quem foi que chamou pra briga
Leia mesmo, depois diga.
Quem atropelou a métrica
Qual de nós faltou com ética
Causando toda essa intriga
*
M.C
Eu nunca causarei intriga
Apenas canto o que sei
Me desculpe se pequei
Em ter chamado pra briga
Mas, por favor nunca diga
Que minha métrica é errada
Ensinei, não aprendeu nada
Deturpa mais minha imagem
Não tem mais camaradagem
Se apronte, vem mais lapada.
*
D.M
A rima foi copiada
Diga, briga e intriga.
Estou vendo que a fadiga
Deixou a mente travada
Seus erros formam a escada
Da derrota em seu duelo
Eu quero ver em martelo
Ou galope a beira mar
Quem é que vai te salvar
Se em décima está amarelo.
*
M.C
De poesia, fiz um castelo
Sem erro nem sacrifício
Se quiser rima difícil
Vou forçar meu cerebelo.
Amanita, um cogumelo
Que solta ácido amoníaco
Você está hipocondríaco
Porém ainda é sarcástico
O meu poder é dinástico
Você é louco maníaco.
*
D.M
Se eu digo é paradisíaco
Refiro-me a um paraíso
Mas na orgia eu preciso
Falar de quem é orgíaco
Clássico aramaico é siriaco
Elegíaco é um chorão
Se quiser informação
Erre menos não se gabe
Aprenda com quem já sabe
Ou mude de profissão
*
M.C
Eu continuo a lição
Presenciando o seu ópio
Lá nas trompas de falópio
Ocorre a fecundação.
No ovário, a ovululação
No escroto, a espermatogênese
Pesquise sobre Abiogênese
Sobre os resistores ôhmicos
Saiba os erros cromossômicos
Que causa a Amelogênese.
*
Sinto muito poeta, sua deixa não dar pra seguir
Abiogênese
*
D.M
É a origem, veja bem,
Não biológica da vida.
Ôhmica energia contida
E resistência também.
Amelogênese quem tem
Tem falta de vitamina
Raiz esmalte ou resina
Adoece e danifica
A sua deixa complica
Trava o verso e desafina
*
M.C
Não vou sair da rotina
Mas,Existia Biogênese
Origem pra mim é gênese
Punição é guilhotina
Se contiver albumina
Pode até me sustentar
Acho muito feio errar
Acertar é obrigação
Mas nem debaixo do chão
Eu iria me sonegar.
*
D.M
Já que é um exemplar
Acima da perfeição
Que é ovululação?
Poderia me explicar?
É fácil um erro apontar
Nesse caso aponte o seu
Pois foi você que escreveu
Na estrofe anterior
Explique-me, por favor,
Só depois corrija o meu.
*
M.C
Tudo bem, o erro foi meu
Mas não fujo à minha gênese
Seria gametogênese
Aí você não entendeu.
Uma falha que se deu
No meu sistema simpático
Para não ser pragmático
Como um faraó do Egito
Saia ao menos do atrito
Você está muito estático.
*
D.M
Réptil é animal aquático
Ou pessoa desprezível
Daquelas que baixam nível
Se tornando um antipático
O aluado é lunático
Que pode ou não ser de lua
Furadeira a mão é pua
E espora em galo de rinha
Muito volúvel é galinha
Mulher galinha é perua.
*
M.C
Meu repente não recua
Para mostrar que sou bom
Do pâncreas sai glucagon
Quem finge se insinua
- Se liga qualé a tua
Não cosse seu epitélio
Não venha com seu gás hélio
Que eu não tenho permease
Nunca se queixe da fase
Force bem seu mesotélio.
*
D.M
Peleja ou combate é prélio
Psélio é adorno persa
Entendimento é conversa
Goma resina é bdélio
Ser celestial é célio
Sessenta minutos, hora.
Natureza é fauna e flora
Falar difícil embromar
O seu jeito de cantar
Faz a platéia ir embora.
*
M.C
Você só vai na espora
Com chinela ou alpargata
No chicote, na chibata
Pra vê se você melhora
A minha mente ignora
Repentista do seu tope
Não conseguirei ibope
Com você entrando em cena
A sua cela é pequena
Pra aguentar meu galope.


segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012



Eu me apaixonei por ti...
Quando em meus sonhos te vi
A saciar meus anseios,
Desejos que eu reprimi
E tua chegada antevi...

Me apaixonei por ti...
Quando o teu perfume eu senti
A queimar-me, tão forte ardume,
Deixando um lastro, teu rastro,
A me persuadir e a ti me induzir.

Eu amo esse teu jeito sutil
De arrebatar-me o fôlego
Num beijo prolongado, demasiado,
Que me roubas, num gesto sôfrego.

Descobri que Eu sempre ti amei...
Quando teus versos senti
Bordados em meu corpo,
E da tua poesia me servi,
E da tua inspiração eu bebi.

ti amarei aqui ou em qualquer lugar
Ou ate mesmo.
Em outras vidas, será um amor atemporal,
Que a tudo resiste ,Ou talvez um amor irracional,
Onde uma existência não basta
Para acolher tanto amor que se alastra.

Vitória Moura

Obrigada meu Amor por mais esse ano bem juntinho te amo muito.

Dois anos de casado...

*

Essa trovinha simplória
É pra dizer: obrigado!
A minha esposa Vitória...
Por dois anos de casado!
*
Obrigado por esses “dezessete anos de namoro”, dois de casado e pelos cinco filhos lindos que você nos presenteou.
*
Ah! Obrigado também pela filha ou filho que está a caminho para completar a nossa felicidade.
*
Beiiiiiiiiiijos, te amo muito viu neguinha? Deus nos ilumine sempre.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Terceira parte do meu desafio com Manoel Cavalcante.


*

D.M
*
Tu apanhou no primeiro
No segundo nem te falo
Espero que no terceiro
Aguente o meu embalo
Ou se declare mocinha
Porque sou galo de rinha
E dessa vez a galinha
Vai reconhecer seu galo.
*
M.C
Na surra dou cada estalo
Que de você sinto pena
Você treme quando eu falo
Sua cantiga é pequena
Quero ver se você presta
Pra dançar na minha festa
Pode vir com a "mulesta"
Que eu sou a gota serena.
*
D.M
Tu podes dar a gangrena,
A febre do estopim.
Sou eu quem mando na cena,
Seu figurante mirim.
Para melhorar seu canto,
Invoque o diabo, ou um santo.
Que mesmo assim eu te janto,
Pedaço de cabra ruim.
*
M.C
Eu na maldade sou Caim
Na ruindade beira-mar
Cantar com cantador ruim
É num burro se montar
Espalhe sua inteligência
E se você tiver ciência
Venha com efervescência
Que eu quero lhe esbagaçar.
*
D.M
Você pode até tentar
Ser versátil como eu
Mais só sabe ameaçar
Com esse versinho seu
Sua estrofe é incompleta
Assuma que é um pateta
E saiba que ser poeta
É dom que Deus não te deu.
*
M.C
Sempre estive no apogeu
E você na decadência
Assuma que já perdeu
Não continue na demência
Não cante com atropelos
Corrija seus desmantelos
Viva de cortar cabelos
Ou a Deus peça clemência.
*
D.M
Deus vai me dar paciência
Mas confesso que é dose
Agüentar a sua ausência
Que parece uma abiose
Com esse assunto chato
Falando em estrelato
No fim vai pagar o pato
Na mão do Metamorfose.
*
M.C
Eu vou cuspir na sua dose
Para bater eu não espero
No "salão metamorfose"
Bagunço, faço o que eu quero
Eu aparo a sua auto-estima
Raspo o seu verso em cima
Passo a navalha na rima
Corto sua estrofe no zero.
*
D.M
Desculpe, mas não tolero.
Alguém me piratear
Vens com esse tom austero
Só para me imitar
Meu “ose” tu copiou
Também desmetrificou
E com isso demonstrou
Que é segundo lugar.
*
M.C
Você pode até tentar
Mas vai morrer na vontade
Não venha me difamar
Ao menos fale a verdade
Perder você nunca aceita
Minha mente se aproveita
Minha métrica é perfeita
Respeite sua majestade.
*
D.M
Desculpe celebridade
A minha provocação
Sua estrofe é uma beldade
Sempre atinge a perfeição
Seu verso é sempre bonito
Redondo igual um cambito
O ruim sou eu, admito.
Gostou da bajulação?
*
M.C
Não quero bajulação
Nem puxar saco também
Mas melhor do que Damião
Em qualquer asilo tem
Eu canto bem a vontade
Você tem dificuldade
Canto falando a verdade
Pois não faz mal a ninguém.
*
D.M
Suas estrofes são cem
Sem oração, sem sentido.
Vai e volta, volta e vem.
O seu verso é repetido
Poeta que se repete
Comigo não pinta o sete
Você pode ter topete
Mais dom poético eu duvido.
*
M.C
Sei falar sobre o partido
Chamado de jacobino
Do império carolíngeo
E do povo beduíno
Dos normados na Suécia
A mitologia da Grécia
E sua maior peripécia
É apanhar de um menino.
*
D.M
Esse sempre foi seu hino
Ameaça e não decola
Acha-se um poeta fino
Mais não passa de um gabola
Leva formação no eito
Mais um erro, não tem jeito.
Não faz um verso bem feito
E em vez de cantar, enrola.
*
*
M.C
Errei, mas na minha escola
Nunca tem enrolação
Passe para mim a bola
Que não darei decepção
Eu tropecei fui impreciso
Mas é cantar de improviso
Que bole assim com o juízo
Você não entende isso não.
*
D.M
A nossa improvisação
É toda feita em teclado
Na hora da correção
Todo erro é deletado
Se você errou poeta?
Tome isso como meta
Na próxima você deleta
Pra não ficar viciado.
*
M.C
Posso entender seu recado
Tento te compreender
Se é para apagar o errado
O que você vai fazer?
Reconhecer é preciso
Mas você foi impreciso
Se eu canto de improviso
Como é que vou perceber?
*
D.M
Você quem deve saber
Eu só faço o que me cabe
Cada estrofe tem que ter
Uma ordem você sabe
Se não sabe meu amigo
Porque não ouve o que digo?
Antes de zoar comigo
Seja humilde e não se gabe.
*
M.C
Nunca fui como um shake árabe
Mas não estive entre os pequenos
Na minha mente não cabe
Esses seus versos obcenos
Já que é só bajulação
Mande para revisão
Quem fizer a correção
Vai ver quem foi que errou menos.
*
D.M
Eu já fiz versos amenos
Fui até indelicado
Porem versos obscenos
Não devo ser acusado
Cada estrofe que tu faz
Parece andar pra traz
Já vi que não é capaz
De entender meu recado.
*
M.C
Eu tudo tenho estudado
Sobre a história que nos faz
Sei a luta de cada estado
Nos conflitos regenciais
Cabanagem e balaiada
Farroupilha e Sabinada
Você não sabe de nada
Por isso apanha demais. 

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Segunda parte do desafio com Manoel Cavalcante...



*
D.M
Se eu ficar á espreita
De tocaia em sua trilha
Eu bato você rebate
Eu te humilho, tu me humilha
Para evitar problema
Convido a mudar o tema
Para cantar em setilha.
*
M.C
Sugiro seguir na milha
Para não quebrar a teia
Se você quer um assunto
Faça escolha já que anseia
Pois seu lombo ainda tem couro
Para continuar a peia.
*
D,M
Eu tenho é sangue na veia
Muito grave no gogó
Não tenho medo de grito
Inda mais de um fogoió
Leia a estrofe completa
Ou será que o poeta
Canta em um estilo só?
*
M.C
Vou desatar o seu nó
Seguindo na minha linha
Mas já que você deseja
Apanhar na sete linha
O meu chicote de rima
Consegui mais auto-estima
com sua rima mesquinha.
*
D,M
Não é um pinto de rinha
Que vai assustar um galo
Sei que treme quando canto
Que se cala quando falo
Eu que mando no terreiro
Nas galinhas,no poleiro
Comigo não tem regalo
*
M.C
Comigo não tem abalo
Mas dá pra se revoltar
No chão de Inocêncio Gato
Um cantador de espantar
Ter tanta cabeça chata
E cachorro vira lata
Com a invenção de cantar.
*
D.M
Você pode até tentar
Ser poeira no meu lastro
Poeira não intimida
A quem já nasceu um astro
Não é um sem eira e beira
Que vai se tornar poeira
Deixada pelo meu rastro.
*
M.C
Eu já derrubei seu mastro
Já queimei sua bandeira
Você não faz uma estrofe
Que tenha a métrica inteira
Levar surra é o seu vício
E aqui desde lá do início
Que você só come poeira.
*
D,M
Que você come poeira
Assim seria o correto
Me parece que o poeta
Tá ficando analfabeto
Para não errar na métrica
Conte silabas poética
Pois seu modo é incorreto
*
M.C
Eu vou ser logo direto
Pois já dei canja demais
Nunca se separa as sílabas
Se estão unidas por vogais
Você errou na concordância
Mas não vou dar importância
Só peço que estude mais.
*
D.M
Eu lamento meu rapaz
Tu não matou a charada
Se não quer andar pra traz
Fazendo estrofe travada
É melhor você um dia
Ler bastante a teoria
Colar não te leva a nada
*
M.C
Com a sua métrica errada
Você não vai me vencer
São sete sílabas poéticas
Você nunca vai entender
A situação já tá feia
E antes que peça que eu leia
Acho melhor você ler.
*
D.M
Já que não quer aprender
Continue cantando errado
Ou estude outra coisa
Deixe seu versar de lado
Abandone a cantoria
Já vi que em poesia
você é ultrapassado
*
M.C
Mas como eu posso está errado?
Assim você não compete
Na cantoria pode seis
Mas no cordel só são sete
Aprenda a contar um dia
Não sei por que na poesia
Toda porqueira se mete.
*
D.M
Lamento, não sou tiete
E nem bebo nesse rio
Quando eu te convidei
Para esse desafio
Pensei que você sabia
Que trava e rima vazia
Deixa a estrofe sem brio
*
M.C
Estude mais, tenha brio
Faça qualquer sacrifício
Se não você morre dentro
Do seu próprio precipício
Minha métrica não estranhe
Corra atrás e me acompanhe
Apesar de ser difícil.
*
D.M
Minha poesia é míssil
Que ataca a sua mente
Destrói todos os seus neurônios
Derruba dente por dente
Quando você não espera
O meu estro acelera
Há mil anos luz a frente.
*
M.C
Com sua rima indecente
E a sua métrica teimosa
Que de tão desajeitada
Parece mais uma prosa
Você já perde seu efeito
Cada vez fica sem jeito
Sua Métrica é vergonhosa.
*
D.M
Sua língua é venenosa
Corta mais que uma faca
É mais teimoso que mula
Quando cisma ou empaca
Mas lamento companheiro
Não tente ser violeiro
Sua verve é muito fraca.
*
M.C
Minha verve se destaca
Sendo em qualquer paradeiro
Minha métrica é perfeita
O seu verso é corriqueiro
Seu repente é muito ruim
Bater em você pra mim
É bater num cachaceiro. 


terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

O resto foi passatempo... Autor: Damião Metamorfose.

*

Já tive mais de setenta
Mulheres na minha vida.
Errei com uma escolhida
E a queda foi violenta.
Fiz do asfalto polenta,
Pintei de azul o cinzento.
Meu coração calorento
Saiu atrás de outra fêmea.
E encontrou minha alma gêmea,
Vitória, é o meu casamento!
*
Te amo viu neguinha? beijos e...
*
Damião Metamorfose.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Desafio... Manoel Cavalcante & Damião Metamorfose.




*
Eu vou abrir as cortinas
Do teatro do repente
Pra ver se o mundo assiste
Uma guerra diferente
De dois valentes poetas
Usando as armas da mente.
*
Damião Metamorfose
*
Vamos plantar a semente
E regar com auto-estima
O dom será o adubo
A inspiração o clima
Cada estrofe é um fruto
Nesse canteiro de rima.
*
M.C
Com a nossa matéria-prima
Tudo vamos fabricar
Vamos respirar poesia
Jogando versos no ar
Dando tabefe em estrofe
Pra métrica se ajeitar.
*
D.M
Vamos juntos viajar
Nas paralelas de um trilho
Mostrar que a nossa cultura
Cada dia tem mais brilho
É anciã e é jovem
Pois passa de pai pra filho.
*
M.C
Vamos vencer o empecilho
Cumprindo nosso papel
Desenhando o nosso mundo
Nas folhas desse cordel
Fazendo dele a escada
Pra nossa entrada no céu.
*
D.M
Da poesia eu já sou réu
Mais não me sinto culpado
Não vou deixar de exercer
Esse dom que é sagrado
Nem preciso ser eleito
Para ser ovacionado.
*
M.C
No nosso circo engraçado
Vamos ser um porta-voz,
Dar pirueta de rima
Cada qual a mais veloz
O público são os leitores
E os palhaços somos nós.
*
D.M
Vamos juntos ver a foz
Que brota da nossa mente
Vencer qualquer obstáculo
Que passar em nossa frente
Letra a letra,frase a frase
E transforma-la em repente.
*
M.C
Construa sua patente
Sem querer ser demagogo
Vá aquecendo seu time
Que vai começar o jogo
Risque o fósforo do repente
Que o cordel vai pegar fogo
*
D,M
Para curar o seu gogo
E essa inhaca nojenta
Vou preparar uma sopa
De lixo, nafta e pimenta
Um lesado igual você
Bebe, pensando que é menta.
*
M.C
Te dou leite de jumenta
Com doce de jerimum
Pescoço de cururu
Com um mocotó de Atum
Te dou lavagem de porco
Tu bebes sentindo-se um.
*
D.M
Vou montar em seu tumtum
Se você não aguentar
Eu boto você de quatro
Assim tu vai suportar
Minhas esporas de fogo
Quando eu te cutucar.
*
M.C
Tente me acompanhar
Mas não com rima mesquinha
Sua fama não tem perna
Pra ultrapassar a minha
Seu feijão podre não entra
Dentro da minha farinha.
*
D.M
Sua carcaça fuinha
Não aguenta minha sova
Mesmo estudando você,
Não passa na minha prova
Seu cabedal é um feto
Infecundo e pé na cova.
*
M.C
Na cantoria ou na trova
venço qualquer paradeiro
você está depois do último
e eu estou antes do primeiro
pois você como poeta
é um bom cabeleireiro.
*
D.M
Poetas do seu celeiro
Fraco e sem experiência
Se me encontrar na rua
Pode bater continência
Me chamar de menestel
E ponto de referência.
*
M.C
Suas rimas não tem essência
Seus versos não tem valor
Agora você já pode
Dizer que tem professor
Nunca apanhei de meu pai
Quanto mais de um cantador.
*
D,M
Quando ouço um trovador
Quase pedindo clemência
Gastando o vocabulário
Demostrando essa demência
Só posso chamar de aluno
Ou fraco de inteligência.
*
M.C
Eu já sou o rei da ciência
e venço até Salomão
no futebol sou Pelé
na guerra sou Napoleão
minha peixeira de rima
causa medo até a Lampião
*
D.M
Quer ganhar de Damião?
Comece a estudar
Teoria do cordel
E aprenda a contar
Ao menos de um a sete
Pois, continua a errar.
*
M.C
Como exemplo eu vou pegar
A estrofe que você fez
Que tem dois versos com cinco
Mais quatro versos com seis
Com uma palavra errada,
Sete erros de uma só vez.
*
D.M
Se eu ficasse um mês
Escrevendo uma sextilha
Não errava uma vírgula
Era uma maravilha
Eu escrevo no teclado
Não é em uma planilha.
*
M.C
Não queira fugir da trilha
Nem me levante suspeita
Numa fração de segundos
Vejo a métrica mal feita
Você está que nem menino
Que apanha,mas nunca aceita.