Risos estridentes a contagiar
Ou mesmo de choros e gritos
Na calada da noite para agitar.
Carência da pessoa amada para namorar,
Trocar uns afagos e carinhos ousados.
Andar nas calçadas, contemplar o luar,
Perceber em qual fase a lua está
E no brilho de estrelas me perder, e me achar,
Descobrir que uma delas já mudou de lugar...
De repente quero deixar a saudade adentrar,
Preencher o espaço de quem não vai voltar.
Desejo entrar num boteco, beber a cerveja
Que há tempos atrás ficou esquecida,
Rever os amigos, fazer poesia,
cantar e dançar, cair na boemia.
Ver gente, tocá-la, beijar
Quero ficar enternecida,
Quero liberar sentimentos
Seqüestrados por máquinas
Que amargam a doçura da vida de outrora
E roubam-me a magia que necessito agora.