Foto extra[ida do Google.
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Quem vê a TV de hoje
E viu TV no passado.
Vê que nada tem pra ver
Que não seja censurado
Pra seu filho e pra você...
Quem te viu e quem te vê
Vê que tudo está errado.
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Um Chapolim colorado,
Que é puro entretenimento.
Um programa de auditório
Ou de autoconhecimento.
Quem viu deve está lembrado
Que a formula do passado
Mudou quase cem por cento!
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O jornal tá violento,
Sequestro, estupro,
matança...
Qualquer hora, não importa
Se não é morte, é lambança.
Pra mim isto é um insulto,
Da depressão no adulto,
Má formação pra criança!
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Um sinal de esperança,
Seria o religioso?
Depende, pois o que mostra
Só tem “pastor” mentiroso.
Que a fé do fiel explora
Com um milagre por hora
E um Jesus ambicioso!
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As estórias de Troncoso,
Que unia o simples e o belo.
Monteiro Lobato e o sitio
Do pica pau amarelo.
Foram substituídos
Por programas pervertidos
Com elenco pé de chinelo!
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A princesa do castelo,
Esperando a salvação.
Do príncipe em um cavalo
branco
Ou qualquer outro alazão.
Foi no tempo dos meus pais,
Nada disso existe mais...
Só tem prevaricação!
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Ter o controle na mão
Não controla mais ninguém.
Só serve para mudar
De canal e nada além.
Pois os controles atuais
Nos controla ainda mais
E a TV nos faz refém!
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Nas manhãs a gente tem
Os programas infantis.
Com desenhos repetidos,
Com conteúdos sutis.
Que serve pra quem assiste
Colocar o dedo em riste
E aprender mensagens vis!
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Nos jornais, guerras civis,
É o que dar mais audiência.
Mostra-nos que o bandido
Manda e tem mais competência
Do que a policia treinada.
Que chega sempre atrasada
Na hora de uma emergência!
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Não tenho mais paciência
Pra ver a televisão.
Programas de humor, que eu
gosto
Já não tem mais diversão.
As piadas não têm graça
E a cada segundo passa
Um sem cérebro com um bundão!
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Faço qualquer coisa e não
Fico mais na frente dela.
Mas concordo que em casa
Quem dá as cartas é ela.
Diz o que deve fazer,
Como vestir e comer...
Através da fria tela!
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Às três horas tem novela,
As quatro e cinco também,
As seis, as sete e as oito
As nove e dez também têm.
Todas com cenas picantes
E tão desinteressantes,
Que a mim não me convém!
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Mas deixa o povo refém
De tudo o que é mostrado.
Tão refém que tem quem fique
Preso e alienado.
E o controle na mão
Que é um leque de opção
Em pouca coisa é usado!
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A novela e o seriado
Pra ter boa aceitação.
Só precisa de um roteiro
Com cenas de traição.
Para a TV é normal,
Mostrar o que é banal,
E ruim para a educação!
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Cenas de corrupção
Com o réu inocentado.
Sonegador que viaja
Em um jatinho fretado.
E vai pra outro continente
Dando banana pra gente
Que por ele foi lesado!
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Também é enfatizado
E com muita apologia.
Os casais do mesmo sexo
E cenas de pedofilia.
E basta a TV mostrar
Para muitos praticar
O que viu no outro dia!
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Sou contra a qualquer fobia
E a favor do que é normal.
Acho que cada um deve
Ter cuidado com o banal.
Que dar para ser feliz
Sem comportamentos vis
Tendo a TV como aval!
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E pra mudar de canal
Basta apertar um botão.
Usando aquele controle
Que está em sua mão.
E se nada lhe agradar
O que posso aconselhar...
Desligue a televisão!
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Outra boa opção
Que vou dar nesse momento.
É ler um bom livro que
Amplia o conhecimento.
E outra boa leitura
É um Cordel, literatura
Que é puro entretenimento!
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Não aceito esse argumento
Acho hipocrisia pura.
Mostrar uma TV oca
Sem tempero e sem mistura.
Mas pra acabar esta homilia
E ver TV com a família
Só tem a TV cultura!
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Salve o Brasil sem censura,
Salve a miscigenação.
Salve a criatividade
Da nossa grande nação.
Salve também o que resta
De algum programa que presta
Na nossa televisão!
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Deixo aqui outra opção
A quem quiser me escutar.
Medite sobre o que vê
Impróprio deve evitar.
A TV quando atrapalha
O melhor é não ligar!
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Fim.
