quinta-feira, 28 de julho de 2011

As mazelas do mundo * Autor: Damião Metamorfose.


*

Eu não sou um pensador,

De fama e pensar fecundo.

Sou apenas um poeta,

Mas tenho um pesar profundo.

Sobre o passado e o presente

E o que vem daqui pra frente,

Não me deixa tão jucundo!

*

Com as mazelas do mundo,

Vejo fartura em lesões.

E poucos preocupados

Em arranjar soluções.

Quem está com a mesa farta,

Manda é pro raio que parta,

Eu e as minhas conclusões!

*

Fartura em religiões,
Um milagre em cada esquina.

O que eu serei no futuro,

A ciência determina.

E o futuro sucumbindo,
Gerações se prostituindo,
Fumo, álcool, cocaína...
*

África que o branco domina

O preto que é a maioria.

Mas deixa o branco mandar,

Meu Deus, quanta hipocrisia!

Não sei se é destino ou carmas,

Pois gastam milhões com armas...

E a panela está vazia!

*

Jerusalém, quem diria...

Que não zela por seus filhos.

Mata em nome de Deus

Sem menores empecilhos.

Pelas suas avenidas,

Misturam-se os suicidas,

Lendas, mitos e andarilhos...

*

É um trem que sai dos trilhos,

A queda de um avião,

Um filho que mata os pais,

Nação que mata nação.

O planeta mais deserto,

O fim gritando, estou perto!

E a morte apertando a mão!

*

Tsunamis no Japão,

Mortos que nem são contados.

Tufões, tornados, enchentes...

Países são devastados.

E o homem fazendo escravos,

Matando por uns centavos,

São seres civilizados?

*

Índios são escravizados,

Famílias são dizimadas.

Sonhos viram pesadelos,

Terror em conto de fadas.

A paz que nunca é tardia,

Com a guerra negocia,

As tréguas tão esperadas!

*

Anjo dormindo em calçadas,

Com o endereço incerto.

Ébrio para resistir

O frio a céu aberto.

Comendo através de auxilio,

Com a mente no exílio

Para não ser descoberto!

*

Enquanto isso o mais “esperto”

Salva alma e rouba a mente.

De uma vasta gama de

Necessitado e carente...

E os políticos de plantão,

Conquistam a multidão,

Para enganar novamente!

*

Mães agindo friamente,

Contra o seu próprio rebento.

Abandonando-o em lixeiras,

Para morrer ao relento.

E os anjos na hora certa,

Manda outro anjo e o liberta

Das garras do sofrimento!

*

Quem for vivo, fique atento,

Que tudo isso é um sinal.

Da decadência da raça

Humana, como animal.

E esse sinal não é bom

É o temido Armageddon,

Anunciando o final!

*

Fim.