quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Vitória é a minha vitória, III * Autor: Damião Metamorfose.


*

Seria maravilhoso

Realizar os meus planos

E sonhos com a minha amada,

Mas pra isso, sem enganos.

A gente precisaria

Viver uns quinhentos anos!

*

Não vivo mais de enganos

Depois que a encontrei.

Pois Ela é a realidade

E o amor que eu sonhei...

Não troco esse amor por nada

Vitória eu sempre te amei!

*

E o amor dela eu sei

Que é além da medida.

Tento devolver na mesma

Altura, a contra partida.

E assim nosso amor empata,

No tabuleiro da vida!

*

Vitória, a minha querida

Não é mulher de pilheria.

Nem regula o seu amor

Comigo, não tem miséria.

Morro dizendo: eu te amo,

Por tudo e por ser tao séria!

*

Vou gritar a toda artéria

Para falar desse amor.

Quero a cada dia mais

Aumenta em seu teor...

Em seus braços sou abelha

Buscando o necta da flor!

*

Eu não amo a Leonor,

Teresa, Josefa, Estela...

Nem a pobre e nem a rica,

Feia, mais ou menos, bela.

Eu só sei amar Vitória,

O meu amor é por Ela!

*

O que eu sinto por Ela

É amor que não se mede.

Não se implora, não se vende,

Não se rende e nem se pede.

É do tamanho do clima

No momento em que procede!

*

Quando eu não cedo, Ela cede

Se eu recuo Ela avança.

Ela é forte e me faz forte

E cheio de esperança.

Quando estou em seus braços,

Sou feliz igual criança.

*

Sem Ela eu recuso a dança

Mesmo estando acompanhado.

Com Ela eu sou completo,

Completo e bem equipado.

No chão me sinto nas nuvens,

Feliz por tê-la ao meu lado.

*

Sou feliz e realizado,

Não me canso de falar

Ela sabe o quanto a amo

Mesmo assim vou confessar.

Por Ela o meu coração

Bate, e não quer descansar!

*

Vitória sabe encaixar

Quando encosta-se a meu peito.

Transforma-me em um menino

Sonhador e satisfeito.

Dando risadas da vida

E achando o mundo perfeito!

*

Toda causa tem efeito...

Tenho aval para dizer.

Porque eu já paguei caro

E sofri ao te perder.

Hoje eu pago ao contrario

Pra tê-la e jamais sofrer!

*

Pode faltar ao meu ser,

A cama, o bom cobertor.

O riso para a piada,

O anestésico pra dor.

Falte tudo, só não falte,

Seus carinhos, meu amor!

*

Agradeço ao meu Senhor

Deus por ter esse presente.

Que ganhei ainda jovem

Porém fiquei tempo ausente.

E o hoje eu não sei viver

Sem Ela de corpo e mente...

*

Casta, fina, inteligente...

Assim é a minha Diva.

Com Ela eu estou seguro

Jamais me sinto a deriva.

E se eu for contar tudo

Posso ficar sem saliva!

*

O nosso amor não nos priva,

Leva-nos a liberdade.

E entre nós não vai faltar,

Companheirismo e amizade...

Vitória é a minha vitória,

Meu amor, minha verdade!

*

Fim.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

O Cordel... em oitavão rebatido * Autor * Damião Metamorfose.


*

O Cordel é oriundo

De Portugal, tenho lido.

Mas cá nos confins do mundo,

No meu Nordeste querido.

Foi onde ele enraizou,

Rasgou o chão se fincou,

Cresceu e frutificou,

Mais que oitavão rebatido!

*

No meu peito Ele pulsou

E eu fiquei comovido.

Feliz porque hoje estou,

Carregando esse apelido

De poeta Cordelista...

Mesmo um aprendiz de artista

O troféu que se conquista,

Tem oitavão rebatido!

*

Amor a primeira vista,

Com o Cordel e eu tem sido.

Ele me fez analista,

De um verso bem construído.

É uma antiga paixão,

Que não me rende um tostão

Mas rende satisfação

Em um oitavão rebatido!

*

Entreguei meu coração,

Ao ilustre conhecido

O Cordel, e Damião...

De mão dada tem seguido.

Essa é a dieta santa,

Do café almoço e janta,

Hora declama, hora canta

Hora oitavão rebatido!

*

O Cordel que me encanta,

Tem o verso bem medido.

E o poeta decanta,

No estilo preferido.

Bom para a declamação,

Ou musicado em canção,

O Cordel é a perfeição

Feito oitavão rebatido!

*

Métrica, rima e oração,

Ajustado e com sentido.

Tem que causar emoção...

Pois só leio o escolhido.

Cordel é a poesia,

Com selo de primazia.

Primo irmão da cantoria

E do oitavão rebatido!

*

Meu Cordel de cada dia

Para ser bem aplaudido.

Tem perfeita sincronia

No seu contexto, embutido.

Pois sem metrificação,

Pode ter rima e oração,

Que o Cordel perde a emoção,

Sem oitavão rebatido!

*

A rima e a oração

De um Cordel bem redigido.

Gera imagens e ilusão,

Preto e branco ou colorido.

O Cordel quando é bem feito,

Deixa o leitor satisfeito

E atinge o elo perfeito

Do oitavão rebatido!

*

Cordel tem causa e efeito

Da denuncia ao divertido.

Também merece respeito,

Na forma que é escrevido.

Cordel bom não é vulgar,

Serve pra rir e chorar...

Cordel não permite errar,

Nem oitavão rebatido!

*

Num Cordel posso lembrar

Saudade do tempo ido.

Viajar sem precisar

Do meu canto ter saído.

Cordel é uma mensagem

Que me leva a uma viagem,

Onde eu não pago a passagem

No oitavão rebatido!

*

Meu Cordel tem a coragem

Do caboclo destemido.

Por não ser de pabulagem,

Deixo bem esclarecido.

Sou melhor para compor,

Não sou bom declamador.

Mas vou ficar... Sim senhor,

Nesse oitavão rebatido!

*

Noites de frio ou calor,

Sem sono, acho um sentido.

Escrevo seja o que for

Depois releio e lapido.

Depois que esvazio a mente

Vou dormir tranquilamente

E abasteço-a novamente

Com oitavão rebatido!

*

O Cordel de antigamente

Era bem mais divertido.

O de hoje é bem diferente,

Mas o humor ta contido.

O humor e o Nordestino

São parceiros, seu menino.

E o Cordel é o meu destino

Nesse oitavão rebatido!

*

Sempre passo o pente fino

Nos Cordéis que tenho lido.

Se for ruim, com desatino,

Guardo em lugar escondido.

Escondo-o e depois esqueço,

Do seu último endereço,

Cordel ruim? Eu não mereço

Dou-lhe oitavão rebatido!

*

Cordel já tem baixo preço,

Quase de graça é vendido.

Mas a Deus eu agradeço,

Por ter o dom merecido.

Cordel não é só piada,

Sendo é pra ser bem contada.

Zero pra estrofe quadrada,

Sem oitavão rebatido!

*

Com capa xilografada

Ou um desenho puído,

Charge que é bem humorada...

Preto e branco ou colorido.

Todo com rima perfeita,

Métrica e estrofe bem feita,

Nesse o Meta se deleita,

É um oitavão rebatido!

*

Cordel ruim ninguém aceita

Vai passar despercebido.

Se for com rima imperfeita,

Não leio nem lhe convido.

Cordel tem que ser bem feito,

Com rima e verso perfeito,

Metrificado e no jeito

De um oitavão rebatido!

*

Em um banquinho eu me ajeito

Do meu jeito preferido.

Respiro e estufo o peito

E leio em um tom devido.

Eita como é gostoso,

Um Cordel bem engenhoso

De um poeta caprichoso

Em oitavão rebatido!

*

Uma estória de trancoso

Tudo bem distribuído.

Sem um teor duvidoso

Eu acho bem divertido.

Seja em folheto de não,

No som de casa ou carrão,

É cultura e diversão

Nesse oitavão rebatido!

*

Cordel na minha visão,

É o melhor que eu tenho lido.

E com a modernização,

Só tem se sobressaído.

O Cordel modernizado,

Fica bem mais lapidado

Feito assim em um teclado

Com oitavão rebatido!

*

Sei que o Cordel no passado

Teve lugar garantido.

E hoje com tudo mudado,

Vai ter também não duvido.

Escrevendo e publicando,

Devagar vou me firmando,

Me aguardem que estou chegando

No oitavão rebatido!

*

Mais de dez anos rimando,

Longo trecho percorrido...

Pra não errar vou tentando,

Pra não ser incompreendido.

Sempre tem alguém sabendo

Mais do que eu, eu entendo

E ensinando e aprendendo,

Faço oitavão rebatido!

*

Em casa estou sempre lendo,

E o que é bem construído

Fico em silencio dizendo:

Merece ser aplaudido.

Mas tem cordéis por aí,

Que eu li e me arrependi

Pois ruim igual nunca vi

Sem oitavão rebatido!

*

Pra chegar até aqui,

Muito eu tenho escrevido.

Dinheiro eu não consegui,

Mas juro foi divertido.

Não me considero um vate,

Mas nunca Fuji de embate,

Se não ganhei deu empate,

Nesse oitavão rebatido!

*

Não adianta disparate,

Pra um Cordel bem construído.

Se o cão que morde, não late,

Evite assim o latido.

Escolha a boa oração,

Evite o tal palavrão,

Fale a língua do “povão”

No oitavão rebatido!

*

Cordel se faz por paixão,

Pois por dinheiro eu duvido.

Que saia com emoção

Ou ao menos divertido.

Eu escrevo por lazer,

Amor, paixão e prazer

E hoje eu não sei viver

Sem oitavão rebatido!

*

Eu não paro de escrever

Meus Cordéis e tenho lido.

Dos outros pra conhecer

Estilo não “conhecido”

Mas prefiro andar nas trilhas,

Das setilhas e sextilhas

E além dessas maravilhas...

Tem o oitavão rebatido!

*

Cordel recarrega as pilhas,

Assim fico abastecido

Pra desbravar novas trilhas,

Em lugar desconhecido.

Sou um poeta andarilho,

Buscando sem empecilho

Os versos com estribilho

Nesse oitavão rebatido!

*

Comparo a estrofe a um filho,

Que por outro é aludido.

E ao recitar dá o brilho,

No conteúdo contido.

O que eu escrevo agora,

Ganha esse mundão a fora,

Eu esqueço e outro decora,

Em oitavão rebatido!

*

A mente manda pra fora

O que nela está contido.

E assim que o Cordel aflora

Com o assunto imbuído.

Ai é só explorar

O assunto e lapidar

E se possível editar

Em oitavão rebatido!

*---

Cordel não é só rimar

Com estrofes sem sentido.

A oração tem que brilhar

E o conjunto ser munido.

De intriga, humor e paixão...

Pois além da oração,

Tem a metrificação.

E o oitavão rebatido!

*

Os Cordéis para mim são

Como um mundo colorido.

Um parque de diversão,

Onde tudo é divertido.

E o poeta brinca e dança,

Com as letras igual criança,

Bem mais feliz quando alcança

Um oitavão rebatido!

*

Eu não perco a esperança

De ver o ensino imbuído.

Escola e encordelança,

Para o aluno instruído.

Descobrindo se é poeta

E assim atingir a meta

Na rima rica e completa

De um oitavão rebatido!

*

Cordel sem rima incompleta,

Cordel com verso instruído.

Cordel do bom ninguém veta,

Cordel doado ou vendido.

Cordel minha estrela guia,

Cordel antiga magia,

Cordel perfeita poesia,

Em oitavão rebatido!

*

Coco verde e melancia,

Talvez o Cordel mais lido.

Muito difícil hoje em dia

Ter pra ler, pois tá sumido.

Se a história é tao falada,

Com certeza é procurada.

Por isso ela é divulgada

Nesse oitavão rebatido!

*

Cordel é a língua falada

Pelo povo mais sofrido.

Que vai do cabo da enxada

Ao vaqueiro destemido.

Meu comentário se estende...

Um burguês jamais entende.

Pena que o Cordel não vende,

Por oitavão rebatido!

*

Tem Cordel sobre duende,

Ladrão, honesto e bandido.

Político que se arrepende

De mentira, arrependido.

Cordel é um grande invento,

Que merece no momento,

Divulgação e evento

E um oitavão rebatido!

*

Eu tenho em meu aposento

Cordel, para ser vendido.

Uns cem títulos no momento,

É pouco, mas é sortido.

Tenho de poeta famoso,

Anônimos e talentoso

E como eu, corajoso,

No oitavão rebatido!

*

Cordel é tao gracioso,

Que até fiquei esquecido.

Que quando ele é grandioso

Cansa o leitor e o ouvido.

Desculpa ao leitor eu peço,

Pois esqueci eu confesso,

Foi culpa minha o excesso

Desse oitavão rebatido!

*

Fim.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Liberdade para os animas em cativeiro... * Autor: D. Metamorfose.


*

Foto extraída no Google

*

O homem “rico” se exalta

Dizendo: isso aqui é meu!

Ganhei com o meu suor

Ou foi meu pai que me deu...

Porém o que Deus deixou,

Foi pra todos que ficou,

Não é só meu nem só seu!

*

Quando estou no apogeu,

Seja no sitio ou cidade.

Gosto de ouvir os sons,

Que tem naturalidade.

E o que mais me encanta,

É quando um pássaro canta,

Na mata e em liberdade!

*

Não faça essa maldade

Com o pobre passarinho.

Tirando ele da mata,

Do aconchego em seu ninho.

Pra morrer engaiolado,

Em um lugar limitado,

Por Deus, não seja mesquinho!

*

O pequeno animalzinho

Preso tem limitação.

De que adianta a gaiola

Bonita, água e ração...

Se ele não pode viver

Voando como é pra ser,

Não é justa, essa prisão!

*

O humano erra em vão,

Com animais é diferente

Porque animais são puros

Bem diferente de gente.

Que pra amenizar as culpas,

Pede perdão ou desculpas

E se for preciso, mente!

*

É imbecil ou demente

Que tem pássaro na prisão.

Merece ir pra a cadeia

Ou multado em um milhão.

Pena que nesse Brasil

Ta cheio de imbecil

Praticando essa ação!

*

Há falhas sem exceção

Pra essa lei existente.

A lei que solta o bandido,

Vale para bicho e gente.

E assim eles vão errando,

Engaiolando e matando

O passarinho inocente!

*

Vê um pássaro alegremente,

Cuidando do seu filhinho

E armar um alçapão,

Para pegar o bichinho

Para matar o coitado

Do filhote abandonado?

Sem ter comida em seu ninho!

*

É um ser pobre e mesquinho

Quem faz trafico de animais.

Sou um defensor das aves

E os animais em gerais.

Viverem em seus habitats,

Sem prisões e disparates,

Livres pelos matagais!

*

É um canto triste e com ais

O da ave em cativeiro.

Parece mais um lamento

De tristeza o dia inteiro.

Pulando de cá pra lá,

Voltando de lá pra cá

Dos palitos, pro poleiro!

*

O homem que tem dinheiro,

Aumenta a supremacia.

Gasta com o que não precisa,

Pisa em quem não merecia.

Prende um pássaro inocente,

Pra exibir pra sua gente,

O troféu da tirania!

*

Homem é cabeça vazia,

Que faz tudo por dinheiro.

Compra e vende, vende e compra...

Seja honesto ou trambiqueiro.

Eu sei que não sou perfeito,

Mas morro e não me sujeito

A ter ave em cativeiro!

*

Meu quintal o ano inteiro,

Todo dia tem seresta

Dos passarinhos cantando

Na sombra e fazendo festa.

E eu fico só brechando

Analisando e pensando

Como Deus se manifesta!

*

Já disse e digo: não presta,

Manter bicho engaiolado.

Se eu não quero viver preso,

Não vou manter enjaulado.

Um animal inocente,

Que jamais faz mal a gente,

Para sempre confinado!

*

Fico até mal humorado

Quando vejo um “criador”

De animais em gaiolas,

Viveiros ou o que for...

Porque se eu fosse do IBAMA,

De prego ia ser a cama,

Desse tipo de infrator!

*

De urubu ao beijão-flor...

Merece ter liberdade.

Sou contra que prende aves

Detesto ver castidade.

Queria ver se o otário

Era feliz ao contrário,

Preso com a sua vaidade!

*

Meu Cordel fala a verdade,

Denunciando essa ação.

De quem caça ou coleciona,

Passarinho na prisão.

Tudo bem, eu sei que é pouco...

Podem me chamar de louco,

Mas sei que estou com a razão!

*

Pássaro de arribação,

É o símbolo da liberdade.

E ninguém tem o direito

De fazer à crueldade.

Mantendo ele em cativeiro,

Deixe-o livre o tempo inteiro,

Não faça essa crueldade!

*

Predador não vê maldade

Nem o mal que está causando.

Às vezes depois de velho

Ou com a velhice chegando.

É que Ele compreende

O mal que fez e entende

O que estou denunciando!

*

Eu vou ficar feliz, quando

Todos, se conscientizar.

Quebrando todas as gaiolas,

Soltar e deixar voar.

Todos os pássaros presos,

De preferência ilesos

Pra flutuarem no ar!

*

Prisão pode atrofiar

O corpo do passarinho

Causar atrofiamento

Nas asas do pobrezinho.

E assim se ele se soltar,

Não consegue mais voar

De volta para o seu ninho...

*

Não prenda o pobre bichinho,

Pense em seu filho faminto.

Que morre de fome e sede

Ou perdido em labirinto.

Buscando a mãe e o pai,

Pare logo isso vai...

Controle esse mau instinto!

*

Não deixe ficar extinto,

O canto das passaradas.

Nas matas e nas caatingas,

Verdes ou acinzentadas.

As aves fazem a beleza

E o canto da natureza,

Por elas são orquestradas!

*

Tantas são silenciadas

Nas caatingas do Sertão.

Asa branca nem se fala

Se foi com o Gonzagão.

Por causa dos caçadores

E esses tais criadores,

Cresce a lista de extinção!

*

Liberdade prisão, não!

Liberdade, liberdade...

Vamos nos unir formando

Um grupo ou comunidade.

Defendendo os animais,

Aves são os principais,

Que sofrem essa crueldade!

*

Qual o nome na verdade

Pra quem se diz: criador

De animais em gaiola

Ou em qualquer estupor?

Na minha visão, quem cria,

Não prende ou limita a via...

Quem cria, demonstra amor!

*

Eu não crio não senhor!

Nem dou valor a quem cria.

Quem faz isso é um perverso,

“Criador” é hipocrisia.

Quem é livre é pra voar

Preso não deve ficar

Nem um segundo por dia!

*

O animal atrofia

Por viver numa prisão.

Sofre com isolamento,

Tristeza e inanição...

Quem faz essa tirania

Não percebe a covardia,

Mas diz: que é profissão!

*

Fim.


sábado, 8 de outubro de 2011

Deus não dá tudo a ninguém... Autor: Damião Metamorfose.


*

Foto extraída do Google

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Mote de: Eduardo Viana... Glosas de: Damião Metamorfose.

*

Se for cego, tem o tato,

Se for surdo, tem o gesto.

Se for pobre, faz protesto,

Se for correto, é exato.

Se tem fome, pra que prato?

Se mentir, é uma roubada.

Se for bonita e tapada

Perde a beleza que tem.

Deus não dá tudo a ninguém

Nem deixa ninguém sem nada!

*

Tem gente que ganha o mundo,

Têm outros que perdem o mesmo.

Têm muitos que vivem a esmo,

Porém muda em um segundo.

Sai do repouso profundo,

Volta a ter vida regrada.

Paga a divida atrasada,

Deixa de viver aquém.

Deus não dá tudo a ninguém

Nem deixa ninguém sem nada!

domingo, 2 de outubro de 2011

AMOR INEXPLICÁVEL....


O que eu sinto por você 
Eu sei que é  o amor
Não tem outra explicação.
Chega bem de mansinho,
Arrebata-me devagarinho
E me aprisionam num alçapão.

Acho que até a poesia
define bem o esse amor...
Ou será que é o esse meu amor,
Que define a poesia?

Os dois entorpecem minha alma,
Geram em mim asas 
E também muita alegria,
Vai acalentando toda dor.
Agora só sei falar de amor...

Toca em mim...
Tão profundamente
Tem horas que choro,
Noutra só sei rir,
Ora não sei se sabe
Mas meu amor não tem 
Fronteira para onde possa ir.

Adoro suas poesias 
E seus versos rimados,
Compassos ritmados
Fonte de minha inspiração.
Amo essa sintonia,
Química que propicia
unir amor e harmonia.

Somos bem harmonizados, 
-Alma com Alma,
Alçando vôos ousados...
E o amor pulsando nos nossos 
Corações apaixonados,

E a poesia resultante 
Da paixão de cada instante... 
Ambos tentando explicar 
O que é inexplicável.
  *
VITÓRIA MOURA