segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Última parte do meu desafio com o poeta Manoel Cavalcante



D.M
Nesse caso regule seu hissope
Se segure em dez que quero ver
Se não sabe procure aprender
Mas cuidado senão seu estro entope
Perca noites de sono ou se dope
Que o mel ta virando rapadura
Bote lenha aumente a fervura
Vire boi pra puxar esse mancal
Ou franguinho que cisca no quintal
Onde o galo domina sem censura.
*
M.C
Eu não sei se você vai ter gordura
Pra queimar aqui nessa nossa rinha
Se seu peixe tem escama e espinha
Pra aguentar meu rio de literatura.
O seu corpo já vai pra sepultura
E sua fama já se curva aos meus pés
Quando bato em você não tem revés
Leia mais sobre rima toante e consoante
Estude a métrica,será importante
Para você escrever estrofe em dez.
*
D.M
Repentista ou poeta de cordéis
Já conhece meu nome, minha arte.
Rio grande, Brasil, em toda parte.
Meus escritos tem origens fieis
Não me curvo pra certos pangarés
Que não sabe fazer nem uma trova
Faz um verso a cada lua nova
Mas se acha que é bicho papão
Quem conhece o poeta Damião
Bebe água na fonte e se renova.
*
M.C
Eu não temo Ivanildo Vilanova
A dinastia Batista ou dos Bandeira
Jó Patriota ou Romano do Teixeira
Têm medo, que aprodecem lá na cova.
Na sextilha, na décima ou na trova
Te bati como bate num jumento.
Mas se você acertasse dois por cento
Na sua estrofe, quase decassilábica
Não precisaria vacina antirrábica
Pra curar esse vício tão nojento.
*
D.M
Se defuntos te servem de alento
Parabéns é seu jeito eu aceito.
Já tentei te ensinar mais não tem jeito
Continue desse jeito, fraco e lento.
O seu jeito é sem jeito, eu lamento.
Faça assim desse jeito meu poeta
O seu jeito qualquer poeta veta
Não tem jeito ensinar a quem não quer
Continue do seu jeito se quiser
Boa sorte alcance a sua meta.
*
M.C
O meu jeito é de métrica correta
E de rima perfeita na fonética
Eu já pedi que conserte sua métrica
E vai ser essa agora a minha meta
Se eu conseguir transformá-lo num poeta
Serei um rei por ter chegado a esse feito
Se você fizer um verso perfeito
Beira-mar será santo em vez de réu
O papa dançará o funk do crew,
Marcola ganhará para prefeito.
*
D.M
Nem Marcola nem tu serás eleito
Com estrofe mal feita em festival
Ninguém vai recitar em um sarau
Um poema quadrado e com defeito
Sua mente tem livros, mais seu peito.
Ta exausto de tanto tomar vaia
Não consegue contrato nem de aia
Por não ter dom poético nem ter verve
Estudar, estudar, pra que te serve?
Se versar nunca foi a sua praia.
*
M.C
Onde danado você viu ou encontrou "aia"?
E esse "versar" existe em que glosário?
Versejar como tem no dicionário
Faça o verso e da gramática não saia
A sua estrofe cheia de maracutaia
É tão feia que me deixa incabulado
Se perguntou porque tenho estudado
Não te escondo, pois tenho jogo aberto
É pra tentar fazer um verso certo
E corrigir quem não quer está errado.
*
D.M
Aia é camareira ou pau mandado
E versar, por em verso ou versejar.
Se a gramática não pode te explicar
Vá ao google ou Aurélio, seu tapado.
Wikipédia também dar resultado
Ou pergunte a qualquer analfabeto
Muito pobre é o seu rico dialeto
Muito rica é a sua idiotice
Se tu vai se formar em basbaquice
Não precisa estudar eis um completo.
*
M.C
Só se for o Aurélio da Varzinha
Quanto ao google, lá tem qualquer tolice
Você estuda só beradeirice
Que não está se quer na minha linha
Compre logo cachaça e a galinha
Tome uma e vá vender cordel na feira
Só recite Romano do Teixeira
Ou as Loucuras que dizia Zé bedeu
Pois se tu recitar um verso seu
Todos vão gritar: -Mas que besteiraaa.
*
D.M
Faça o mesmo e se cure da cegueira
De pensar que seu verso é campeão
Volte a ser poetinha de balcão
Se vacine e desfile de coleira
E se acaso pensar que é brincadeira
Faça um teste na rua e não aposte
Se na escola que estudas tem quem goste
É porque só conhecem porcaria
Qualquer doido que entende cantoria
Dar conselhos que pare ou se encoste.
*
M.C
Você vive assistindo muito Lost
Pois se perde a cada estrofe que escreve
Se pagar as estrofes que me deve
Eu posso até deixar que você poste.
Não espero nem que você resposte
E por isso não vou lhe perguntar
Eu não desejo aqui te envergonhar
Nem tampoco te ver dando mancada
Mas, imagino a minha gargalhada
E o grande mico que você ia passar.
*
D.M
Você pense o que bem quiser pensar
E sorria pra não viver chorando
Só não pode pensar que está mandando
Na peleja ou só canta sem errar
Sua estrofe é tão pobre e tão vulgar
Tanto estudo pra tanta insensatez
Sem falar que só faz uma por mês
E igual um anzol sai sempre torta
O seu estro habita em mente morta
Do seu tipo eu enfrento dez por vez
*
M.C
Não sou rico como tú que é burguês,
Pois todo site que olha se intromete
E se você pagar minha internet
Eu postarei até em árabe ou inglês.
Mas como sempre a razão é do freguês
Eu postarei com muito mais frequência
Porém, se quer medir inteligência
Cante tudo que souber na sua escola
Faça a promessa pra a santa da viola
Pode deixar que escolho a penitência.
*
D.M
Se o amigo se encontra na falência,
Mude a arte os projetos e a escola.
Abandone a profissão da viola,
Faça algo que dê independência.
Saia desse marasmo, essa demência,
De viver dependendo de pensão.
Se espelhe no que fez Damião,
Que com seus dezesseis ganhou o mundo.
Não me taxe de burguês vagabundo,
Que eu trabalho e sou digno na missão.
*
M.C
Pare logo com toda sua ilusão
Pois jamais irei parar de escrever
E se estudo, é para me precaver
Pra não morrer burro como Damião
Não vou sair sem nenhuma direção
Para apanhar da vida como louco
Sua vida é de tortura e de sufoco
Mas, eu em busca de meu porto seguro
Sem tempo estou querendo meu futuro
Perdi meu tempo,achando o tempo pouco.
*
D.M
Análise como o seu verso é oco,
Inda pouco me chamou de burguês.
Lamentou por postar uma por mês,
Mas agora diz que estou no sufoco.
Ou você é tapado ou está choco,
Pra esquecer o que disse e desdizer.
Só um cego ou demente que não ver,
Que você é um zero em cantoria.
Jogue fora o que sabe em teoria,
Seja humilde e comece a aprender
*
M.C
Mas como posso contigo aprender?
Se diz análise em vez de analise
E se eu medir todo e qualquer deslize
Tu não vais ter lugar pra se esconder
Eu já tentei, mas não vou enlouquecer
Tentando ensinar, a anta sem cabeça
Dou um recado, daqui desapareça
Vá aprender rima e métrica no jazigo
Já que insistes em não aprender comigo
Ou então mude, se recicle, pense e cresça.
*
D.M
Se você pensa assim peço que esqueça.
Vou ficar faça verão ou inverno
Nesse caso isso aqui vai ser eterno
A não ser que um de nós dois faleça
É uma pena que o nível aqui só desça
Pois por mim essa nossa cantoria
Era pura cultura em poesia
Pra ficar registrado paço a paço
Que na vida não é na lei do braço
Que as pessoas demonstram galhardia.
*
M.C
Como quer cultura ou até poesia
Se seu passo escreve com cedilha?
Esse meu repente não te humilha
Só te ensina para que aprenda um dia.
Mas se sua cabeça não for fria
E mais humilde para ver onde errou
Vai ver que eu no cordel aqui estou
Pra mostrar os caminhos da cultura
E ensinar a você, cabeça dura
Mas o que digo, nunca em você entrou.
*
D.M
Assumir o meu erro eu sempre vou
Admito e sentido é incorreto
Mas cantado o meu verso está completo
Se humilde é ser isso? Então falhou.
Lembre as vezes que um erro tu postou
E o que fiz foi tentar te avisar
Mas se diz que não quer me humilhar
Te aconselho a seguir outro caminho
Pois seu ato clemente é tão mesquinho
Que essa estrofe nem dar pra comentar.
*
M.C
Cedo, seda me fez atrapalhar
Mas, conheço os signos do zodíaco
Sua estrofe de cunho hiponcrondríaco
É Funesta, como hitle ou baltazar.
Seu zigomático não vai aguentar
O produto, massa e aceleração
Suas trabéculas não têm mais tração
Seus axônios estão sem Mielina
Ser Catedrático é esta minha sina
Se você for, demonstre caro irmão.
*
D.M
Sua estrofe é mais uma aberração
Recheada de erros e “arisia”
Hiponcrondíaco se vem de hipocondria
Nunca vi nem conheço essa alusão
Sou nativo das roças do sertão
Pouco estudo, mas sei me expressar.
Se acaso tentou me encurralar
Foi você quem ficou encurralado
Pois até o seu Hitler está errado
Catedrático é assim? Vá estudar.
*
M.C
Não assumo, pois eu não quis falhar
O erro foi somente do teclado
Eu pressionei, mas não foi efetuado
Não é por isso que vou me atrapalhar.
Você tenta, mas não pode concertar
Quer saber tudo, mas não sabe nada
Rima rara, coroada e interpolada
Alternada, esdrúxula e aguda
Comigo aqui ou esse seu calabreio muda
Ou você vai ficar roxo de lapada.
*
D.M
Você nunca passou de uma charada
Um poeta obscuro e problemático
Rasga o verbo em dizer que é catedrático
Mas não faz uma estrofe lapidada
Admita o seu estro é uma piada
Excremento que não serve de estrume
Lamentável o seu péssimo mau costume
De ver erros em tudo o que faço
Mas sozinho não sabe dar um passo
Porque erra e o seu erro não assume.
*
M.C
Sua estrofe fede mais do que estrume
Quer corrigir na maior cara de pau
Mas caro amigo você não me leve a mal
Pois não sou eu que erra e nunca assume.
Corrigir estando errado é seu costume
Pois não entende e ainda não tem ética
Reclama sempre do estro e da poética
Mas sempre fica por baixo nesse clima
Vá estudar estrofação com rima
Pois não dá mais pra aturar a sua métrica.
*
D.M
Você sempre se enrola na fonética
Sua métrica é perfeita pra soneto
Nem com reza, macumba ou amuleto.
Sua estrofe deixa de ser patética
Acho cúmulo você falar em ética
Se não sabe o que isso significa
O que já foi postado dá a dica
Que eu tentei te avisar, mas foi em vão.
Cale a boca ou agüente essa pressão
Que ao contrário você só se complica.
*
M.C
Sei que seu corpo está com tremelica
Que de medo se morre passa perto
Quanto mais você pensa que está certo
Mais errada é que essa sua estrofe fica.
Já cansei de ajudar e de dar dica
É muito feio quem canta sem saber
E mais feio ainda é nunca reconhecer
Que é limitado e que às vezes é falho
O que mais nesse mundo dá trabalho
É ensinar a quem jamais vai aprender.
*

Fim.


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