quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Cordel contemporâneo * Autor: Damião Metamorfose.


*

(Foto interior da Casa do Cordel...)

*

Leandro Gomes de Barros,

Poeta e pai do Cordel.

O primeiro sem segundo,

Nosso maior menestrel.

Na certa escreveu seus versos

Rabiscando em um papel!

*

Eu sem caneta ou pincel,

Hoje escrevo em um teclado.

Um Cordel contemporâneo,

Diferente do passado.

Que era sobre os contos de

Princesa e príncipe encantado...

*

Mudou também o mercado

do Cordel, e o seu leitor.

Não é só o apologista,

Tiete de cantador.

Hoje o leitor vai do aluno

Ao mestre e ao diretor...

*

Houve a inversão de valor

Com a globalização.

Tem rico que ficou pobre,

Pobre que virou barão.

E a chegada da internet

Trouxe a modernização!

*

Cordel na televisão

E com nome de “encantado”.

Animação: preto e branco,

Do tipo: xilografado?

É a resposta que o publico,

Está diversificado!

*

E o lugar pra ser comprado

Está bem melhor que antes.

Não é só de porta em porta,

Vendido por ambulantes.

Nem nas feiras pendurados

em cordão, corda ou barbantes...

*

Nos stands, nas estantes,

Lojas de conveniências.

Também tem as cordeltecas,

Que tem amplas dependências.

Com assuntos que atingem

Quase todas as exigências.

*

Festivais e conferências...

Já tem como convidado

Um poeta cordelista,

Com um texto atualizado.

Falando em fatos recentes

Ou o que for combinado...

*

Com folheto ou decorado

Improvisando ou não.

O poeta arranca aplausos

Com a sua inspiração.

Cordel é a única poesia,

Que atingem a perfeição!

*

Rima métrica e oração

E um assunto simultâneo.

Sempre bem elaborado

Texto escrito ou instantâneo.

Assim é o novo escritor

Do Cordel contemporâneo.

*

Fim.

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