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O Cordel do nosso tempo
Ou Cordel contemporâneo.
Lembra mais a cantoria
Por ser bem mais espontâneo.
Devido à forma que é feito
Quase em tempo simultâneo!
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Se o “Irã” enriquece urânio
Ou se cai um avião...
Em seguida o cordelista
Pesquisa a informação.
E escreve o Cordel contando
Com detalhe e perfeição!
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Também virou profissão,
Ninguém mais fala bobagem.
Dizendo que o Cordelista,
Escreve por malandragem.
E assim valoriza a arte,
O poeta e a sua imagem!
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Mas não basta ter coragem,
Ter dom e inspiração...
Para abraçar a arte
E tê-la por profissão.
Para ser um cordelista,
É dom, amor, é paixão!
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Mesmo com a televisão,
Contando esse conto errado.
Cordel encantado que,
É cordel sem ser rimado.
-Prova que o novo Cordel
Tem leitor globalizado!
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Com o Cordel modernizado
Todas as classes tendo acesso.
Surgiram novos poetas,
Anônimos ou de sucesso.
Barateando a leitura
E acelerando o progresso!
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Cordel escrito e impresso,
Que sempre foi singular
Ficou bem mais acessível
Para imprimir ou comprar.
Melhorou para o leitor
E o escritor popular!
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Já cai em vestibular
E em palestra inteligente.
Cordel não é só Nordeste
Como era antigamente.
Hoje é no Brasil inteiro
E breve é no continente!
*
Essa cultura é da gente
Devemos valorizar.
O Cordel do nosso tempo
Ganhou asas pra voar.
E atravessar as fronteiras
Longínquas e o além mar!
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E quanto mais popular
O Cordel ficar, pra mim.
Será melhor para todos...
Desde que não seja ruim.
Porque o Cordel só presta
Lapidado, “igual marfim!”
*
Esse aqui chegou ao fim
E ao bom Deus eu agradeço
Pelo dom da inspiração
Que me deu desde o começo
Até o fim, no improviso,
É dom, e dom não tem preço!
*
Fim.
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