O Espiritismo Pergunta
Militão Pacheco
(espírito) Contribuição de Ivando Ramos
Psicografia de Chico Xavier e Waldo Vieira
Por: Damião Metamorfose.
*
Você já se perguntou
Por que fala baixo ou
grita?
Por que é desatento,
ativo,
Passivo, manso ou se
irrita...?
Pois vou responder agora
Pra quem sabe e ignora,
Ou não sabe e acredita!
*
Meu irmão, não se permita
Impressionar-se apenas
Com essas alterações que
Convulsionam e não são plenas.
Pois as frentes de trabalhos
Descobrimentos e “atalhos”
Na Terra não são amenas!
*
Se o passado te condenas,
Mentaliza o teu futuro.
Olha pra dentro de ti
E pra além da fronteira ou muro.
O teu corpo físico atual,
Define o espiritual
Ele é o seu porto seguro!
*
Já respirou quanto ar puro,
Ou poluíste em campo santo?
Quantas vidas intocáveis
Já viveste mesmo tanto?
E trazes, no bojo do espírito,
Um percurso longo, infinito...
Ronda dos milênios, quanto?
*
Tua mente possui num canto
Das criptas da memória,
Recursos enciclopédicos
Da cultura e da História...
Dos grandes centros do Planeta
Cada neurônio ou gameta...
Provou da derrota a glória!
*
Tua matéria simplória
Também já se revestiu
De todos os continentes
Seda e trapos te cobriu
E já marcou todos os salões
Com as irradiações
Das roupas que te vestiu!
*
Teu períspirito sutil
Em todo o plano terrestre.
Já integrou corpos no
Reino mineral, silvestre.
E as nações viram ou vão ver
Em todos os quadros do poder
Em um alienado ou mestre...
*
Já foi animal rupestre
Em todos os reinos ou couraça.
Tuas energias genésicas
E afetivas desenlaça.
Plasmou vidas mitológicas
E configurações biológicas
Morfológica em toda a raça!
*
Teus sentidos igual fumaça
Já foram arrebatados
Ao torvelinho de todos
Os prazeres imaginados.
A dor, a angustia, a tortura,
As diversões e amarguras...
Ou foi ou serão provados!
*
Bem ou mal foram expressados
Por tua voz, cada idioma.
E o teu coração pulsaste,
Ao inalar cada aroma.
Ao ritmo de todas as paixões,
Já causou desilusões
E viveu, quem nem tem soma!
*
Deslumbrados com o bioma
De espetáculos conhecidos.
Das trevas, às magnificências
Do belo, olhos e ouvidos,
Registram todas as linguagens,
Sons emitidos, paisagens,
De mundos que são permitidos!
*
Teus pulmões abastecidos
Já respiraram o ar
De todos os tipos de climas,
E assim o teu paladar,
Também se banqueteou
Nos acepipes que provou
Na terra, no céu, no mar...
*
Tuas mãos puderam tocar
Fortunas, constituídas
Por todos os padrões da moeda
Humana, adquiridas.
Tua pele, em cores diversas,
Já foi beijada e expressas,
Por sol, latitudes, vidas...
*
Tuas emoções revividas
Que brotam em cada lugar
Passaram os transes possíveis,
E impossíveis pra voltar.
De renascimento e “morte”
Julgas ser azar ou sorte?
Ouça! Eu vou te perguntar!
*
Não é tempo de renovar,
E que só com a renovação,
É que vale a vida humana?
Porque com a repetição
Não teria a necessidade
De um novo corpo em verdade
Nova existência era em vão?
*
Gastaria a encarnação
Com a sua alma jungida
Precedente, enfeitando
Jardim de cadáver, é vida?
Voltar à carne novamente
Por reencarnar somente
Não é uma missão perdida?
*
Viver a carne envaidecida
Com espirito em burilação.
Sem ter nenhum crescimento,
Perder a reencarnação.
Perde o caminho da luz
Conduzindo a mesma “cruz”
Sem nenhuma evolução!
*
Quer outra explicação
Não entendeu a primeira?
Ame e sirva ao semelhante,
Trabalhe a sua vida inteira.
Seja incansável na lida,
Quem por amor doa a vida
Tem evolução verdadeira!
*
Que você queira ou não queira
Perante o bem temos sido
Constante com a inconstância.
Ocioso e envaidecido,
Fieis à infidelidade...
E a grande necessidade
De transformar, esquecido!
*
Nada mais fará sentido
Sem haver evolução.
Então vamos melhorar
Em cada ato e reação...
Não repetir, ser inédito,
Fazendo valer nosso crédito,
Cumprindo a nossa missão!
*
De que serve a encarnação
A promessa em reparar
Muitos erros repetidos
Impedindo melhorar.
A evolução vem de onde
O amor e o servir reinar!
*
Fim.