Eu aqui com meus botões
Pergunto meditabundo
Por que para um é belo
O que pra outro é imundo?
Tanta vida no deserto
Aquele solo decerto
Não é árido, é fecundo.
Eu já nem sei se o mundo
É usado ou se ele usa
Se ele é são ou insano
Acusado ou se acusa
Se é achado ou perdido
Corrompe ou é corrompido
Semente ou mente confusa
Se abre os braços ou se cruza
É criado ou uma cria
Enquanto aqui é noite
Noutro canto se faz dia
É terra, água ou povo.
Pra quem nasce o mundo é novo
Pra quem morre o que seria?
É real ou fantasia
Ou simplesmente ilusão
Enquanto um morre de fome
Outro desperdiça pão
Um nasce para gritar
Outro nem podem falar
Falta voz, vez, e razão.
De um lado a ambição
Mata a sensibilidade
Do outro alguém dita leis
Impondo a sua verdade
Esse é o mundo do forte
Se o pequeno tiver sorte
Ganha o não por piedade
Um pratica a caridade
Nasceu pra fazer o bem
Outro é crueldade pura
Só valoriza o que tem
Nega um aperto de mão
Mas se ajoelha em vão
Dólar, euro, Deus, amém.
Pergunto meditabundo
Por que para um é belo
O que pra outro é imundo?
Tanta vida no deserto
Aquele solo decerto
Não é árido, é fecundo.
Eu já nem sei se o mundo
É usado ou se ele usa
Se ele é são ou insano
Acusado ou se acusa
Se é achado ou perdido
Corrompe ou é corrompido
Semente ou mente confusa
Se abre os braços ou se cruza
É criado ou uma cria
Enquanto aqui é noite
Noutro canto se faz dia
É terra, água ou povo.
Pra quem nasce o mundo é novo
Pra quem morre o que seria?
É real ou fantasia
Ou simplesmente ilusão
Enquanto um morre de fome
Outro desperdiça pão
Um nasce para gritar
Outro nem podem falar
Falta voz, vez, e razão.
De um lado a ambição
Mata a sensibilidade
Do outro alguém dita leis
Impondo a sua verdade
Esse é o mundo do forte
Se o pequeno tiver sorte
Ganha o não por piedade
Um pratica a caridade
Nasceu pra fazer o bem
Outro é crueldade pura
Só valoriza o que tem
Nega um aperto de mão
Mas se ajoelha em vão
Dólar, euro, Deus, amém.