quinta-feira, 30 de abril de 2009
São coisas que eu desejo... autor, Damião Metamorfose.
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O canto da passarada,
Em uma manhã de sol.
Sabiá e rouxinol,
Fazendo a sua morada.
Em uma árvore copada,
Longe de qualquer perigo.
Eu contemplo tudo e digo,
Deus ta em tudo que eu vejo.
São coisas que eu desejo,
Até para um inimigo.
Uma criança brincando,
Com seus castelos de areia.
Sem ódio e sem cara feia,
Mesmo o mar não te ajudando.
Quando ela está terminando,
A onda vira do avesso.
Ela volta pro começo,
Sem ser alheia ao manejo.
São coisas que eu desejo,
Até pra quem não conheço.
Uma casa bem limpinha,
Dentro dela uma família.
Mesmo faltando à mobília,
No quarto, sala e cozinha.
Quem a dera fosse minha,
Ou só o meu endereço.
Quem teve ou tem sabe o preço,
Desse sonho que eu almejo.
São coisas que eu desejo,
Até pra quem não conheço.
Ter as cinco da matina,
Café de beijos na cama.
Com alguém que você ama,
E o sol, essa luz divina,
Ver tudo e não incrimina.
Nem acha o ato imundo,
E esse enlace fecundo,
Não sou só eu que almejo.
São coisas que eu desejo,
Pra mim e pra todo o mundo.
Uma mulher perfumada,
Numa roupa com decote.
Pronta para dar o bote,
Com olhar de apaixonada.
Isso é um conto de fada,
Quem já viveu sabe bem
Contar tudo não convém,
Mas começa com um beijo.
São coisas que eu desejo,
Mas não conto pra ninguém.
quarta-feira, 29 de abril de 2009
Onde? Autor, Damião Metamorfose.
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Onde está esse meu amor agora
Onde? Além de aqui dentro de mim
Onde andas o meu amor enfim
Que não ver que a minha alma chora
Sei que ele viria e sem demora
Se soubesse ou pudesse ver meu pranto
Se pudesse ouvir esse meu canto
Sei que ele viria antes da hora
Onde está que não ouve quando eu chamo
Se me ouvisse sabia o quanto amo
Onde eu guardo a saudade incolor
Essa dor de saudade que me invade
A metade do peito é só saudade
Outra parte é saudade com amor
sexta-feira, 24 de abril de 2009
Um símbolo de resistência, autor, Damião Metamorfose.
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O símbolo de resistência,
Jerico, jegue ou jumento.
Depois dos tempos modernos
Ou vive em confinamento
Ou em beiras de estradas
Causando atropelamento
Sua vida é um tormento
Acho isso uma maldade
Quem antes era o transporte
Da classe necessidade
Hoje vive a comer lixo
Nos entulhos da cidade
Acho que ele tem saudade
Do tempo da escravidão
Trabalhando pro seu dono
Sem ter outra opção
Mas ao menos com direito
A capim verde e ração
O jumento é nosso irmão
Quem falou? Luis Gonzaga.
Tocando em sua sanfona
Contou bem a sua saga
Mas hoje com o progresso
Só aumentou sua chaga
Uns chamam de aquela praga,
De lerdo ou de condenado.
Só porque o pobre jegue
No abandono coitado
Vive a margem das estradas
Abatido e humilhado
Com seu direito negado
Sem ter cangalha nem sela
Em abandono e sem dono
Enfrentando essa procela
Assim vive o nosso herói
Comendo lixo em favela
Sua esposa magricela
Cheia de falhas no pelo
O seu filho sem futuro
O pai nesse pesadelo
Sem ter endereço certo
Nem a quem fazer apelo
Sem cabresto e sem rabelo
O nosso herói vive triste
Sendo xingado e punido
No seu caminho persiste
A procura do seu dono
Mas o dono não existe
E assim o jumento insiste
Vivendo essa fase ruim
Sem ter direito a um dono
Trabalho, ração, capim.
Definhando em abandono
Esse seu amargo fim.
O que mudou no sertão, autor, Damião Metamorfose.
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Quem só conhece o nordeste
Em filmes de lampião
Se vier mesmo a passeio
Não vai ter decepção
Porque tudo hoje é moderno
Na cultura do sertão
Aquele velho jibão
Também o nosso jumento
O menino barrigudo
Com o olho remelento
Já não se ver por aqui
Caiu no esquecimento
O sertão vive um momento
De crescimento e fartura
Radio e televisão
Depois da tal ditadura
Valorizam nossa terra
E investem na cultura
O sertão de alma pura
Do matuto analfabeto
Da casa velha de taipa
Que de palhas era o teto
Hoje quase não se vê
Só existe o dialeto
Alvenaria e concreto
Vê-se em todo lugar
Muito já vou investido
Na cultura popular
E com isso até o povo
Mudou o seu linguajar
Muitos podem até pensar
Que aqui é atrasado
Que o futuro esta longe
O progresso mora ao lado
Mas eu lamento informar
Que o senhor ta enganado
Ta tudo informatizado
Moderno e mais colorido
Não tem vestido de chita
Alias nem tem vestido
É só jeans e mini-saia
Com tamanho reduzido
O sertão já foi sofrido
Mal visto e decadente
O preconceito imperava
Maltratando a nossa gente
Mas de noventa pra cá
Ficou mais independente
No sertão de antigamente
Nos anos sem enxurradas
Os sertanejos sofriam
Bem mais que almas penadas
Muitos deixavam à terrinha
E batiam em retiradas
Isso são águas passadas
Hoje é tudo diferente
O que não tem moto ou carro
Também não é emergente
Ou vive de festa em festa
Ou gastou com aguardente.
É por ai...
terça-feira, 21 de abril de 2009
O beijo, autor, Damião Metamorfose.
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Um olhar na multidão
Um flerte e uma vontade
Que toma conta da mente
Querendo a outra metade
E o coração que dispara
Com desejo e ansiedade.
Não importa sexo idade
Ou a classe social
O beijo é um ato nobre
Em todo reino animal
De amor, irmão ou de amigos,
Bom dia etc. e tal.
Beijar é tão natural
Tão saudável e salutar
Além de ser bom pra pele
E o sistema vascular
Amor sem beijo é só sexo
Com beijo é um ato de amar.
Beijar, beijar e beijar.
É uma doce sensação
Onde as almas se fundem
Numa só respiração
É uma troca que junta
Amor, carinho, emoção.
O beijo é uma junção
Do querer com bem estar
A pressão de duas bocas
Quando estão a se beijar
Chega a pesar doze quilos
Sem querer exagerar.
Beijo é sinônimo de amar
De perdão e traição
De chegada e despedida
De reconciliação
Quem beija tem mais saúde
Não existe beijo em vão.
Beijo a boca, beijo o mão,
Beijo o pé e beijo a brisa.
Beijo tudo que eu puder
Beijo o chão que meu pé pisa
Beijo e recomendo o beijo
Beijo é bom e exorciza.
segunda-feira, 20 de abril de 2009
Teto de pano, autor, Damião Metamorfose.
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E o circo pegou fogo
Da arquibancada a arena
E o palhaço não veio
Pra nos divertir, que pena!
Mas onde está o palhaço
Que devia estar em cena?
Uma parte lhe condena
A outra até que entende
As luzes sempre a piscar
Uma apaga outra acende
O circo pegando fogo
E a platéia não se rende
O fogo já se estende
Engolindo a lona inteira
A platéia boquiaberta
Acha que é brincadeira
Grita o nome do palhaço
Pondo lenha na fogueira
Queimou o mastro, a bandeira.
O trapézio veio ao chão
Enquanto isso a platéia
Pensava ser diversão
Mas o palhaço não veio
Por qual motivo ou razão?
O circo da ilusão
Em pouco tempo queimou
A platéia inconformada
Pelo palhaço gritou
Mas o palhaço não veio
E o circo acabou
Se o palhaço não voltou
Que será que aconteceu?
Será que aquele palhaço
Ao ver o fogo correu
Ou foi para o seu trailer
E da platéia esqueceu?
Se aquele circo era seu
Porque ele não chamou
Para apagar o fogo
Quando o fogo começou
Mas o palhaço não veio
E o fogo se alastrou
E sabem o que sobrou?
Um homem cheio de plano
Mais maduro e confiante
Recuperando esse dano
E que não quer no futuro
Nada com teto de pano.
domingo, 19 de abril de 2009
Mãe, autor, Damião Metamorfose.
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Mãe è a maior riqueza
valorise esse tesouro
brilha mais diamante
vale mais que todo ouro
ela esta sempre presente
mesmo o filho estando ausente
ela pode ouvir seu choro.
A mãe è do sexo frágil
essa noticia è suspeita
quando Deus fez a mulher
jogou fora a receita
porque mãe nunca se cansa
e às vezes não descansa
nem mesmo quando se deita.
Filho não pede perdão
mas è sempre perdoado
porque a mãe sempre sabe
por onde ele tem andado
e às vezes quando ele mente
esta traindo a nascente
onde ele foi gerado.
Amor de mãe è tão puro
tão doce tão refinado
seja ele nacional
ou até mesmo importado
è tão belo tão perfeito
Mãe è assim desse jeito
nunca è falsificado.
Você que tem sua mãe
e esta sempre esquecendo
de dar um beijo um abraço
não sabe o que esta perdendo
pare um pouco pra pensar
ela não quer te abraçar
só quando estiver morrendo.
Mãe è o maior tesouro
que a gente tem na terra
esta do lado filho
mesmo quando ele erra
ama a ponto de sofrer
e para te defender
enfrenta até uma guerra.
Se todo filho soubesse
o valor que a mãe tem
te dava o amor do mundo
não a trocava por ninguém
mas ao contrario tem filho
que bota a mãe no asilo
só pensando em se dar bem.
A mãe è do sexo forte
capaz de rir com a dor
è a obra mais perfeita
Do nosso pai criador
sempre tem tempo pra o filho
e os seus olhos tem mais brilho
quando ele a trata com amor.
Sentimos falta da mãe
em todas as fases da vida
no cheiro do seu café
ou no sabor da comida
na água que mata a sede
no embalo de uma rede
naquela roupa cingida.
A mãe não dorme direito
quando o filho esta doente
o amor dela è mais forte
quando um dos seus ta ausente
nunca demonstra cansaços
e parece ter mil braços
quando ela abraça a gente.
Não quero te imitar
muito menos parecer
mais eu vou te confessar
que um dia quando eu crescer
vou pedir ao meu bom Deus
pra ter filhos iguais aos teus
e amar igual você.
Assim seja...
sábado, 18 de abril de 2009
Na pedra da muralha, autor, Damião Metamorfose.
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É dezoito de abril, Inverno pleno,
No nordeste, no sul pode ser frio.
Lá no norte talvez só um sereno
Pantanal sem ter chuva é um vazio
A poesia que invade esse meu rio
Ou riacho quem sabe até vertente
É fugaz feito uma angola no cio
Mas acaba fecunda em minha mente
É urgente é propicia a mente sente
É o fio do fio da navalha
E a navalha que corta não tem falha
Mas sem falhas Deus valha, ao menos tente.
Pra que seja fecunda essa semente
Que eu planto na pedra da muralha
domingo, 12 de abril de 2009
Saudade, autor, Damião Metamorfose.
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A saudade me faz sentir seu cheiro
A distancia me faz sentir presente
Mas viver com saudade a gente sente
Que o amor que se sente é verdadeiro
O amor com saudade é mais ordeiro
Pois mantém sempre vivo na lembrança
Que o passado nos deu essa aliança
De ser ultimo o nosso amor primeiro
Quando lembro os dias que passamos
Quando em êxtase nós dois nos entregamos
Esse bálsamo é quem cura essas feridas
E a saudade ou distancia não assusta
A saudade é quem cobra a conta justa
Mas o tempo é quem une as nossas vidas.
sábado, 11 de abril de 2009
A abelha, autor, Damião Metamorfose.
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A abelha é um inseto
de inigualável valor
Extrai o necta da flor
Constrói sem ser arquiteto
armazenado em seu teto
Tem cera e tem samburá
Muitos filhos pra criar
E uma rainha zangão
Que faz mel com a perfeição
Que ninguém pode igualar
a abelha é responsável
Pela polinização
Uma brilhante função
Pra manter a flora estável
Diga-me, não é notável,
Ver uma abelha na flor
Sem ter radar nem motor
Vai longe o necta buscar
Consegue ir e voltar
Com seu fantástico vigor?
Vivem em comunidade
Na mais perfeita união
São dotadas de um ferrão
Com veneno em quantidade
Não reagem por maldade
Usam pra se defender
Sabendo que vão morrer
Depois de tal reação
Mas muitas nessa ação
Exterminam qualquer ser
quinta-feira, 9 de abril de 2009
Corno virtual, autor, Damião Metamorfose.
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Depois do velho vinil
Do gravador com cassete
Do vídeo de oito cabeças
Do três em um, do disquete.
Cd câmara digital
Hoje é comum, é normal.
Ter acesso à internet
Mas essa nova vedete
De universo tão fecundo
Não diz quem é bom ou ruim
Sério honesto ou vagabundo
Faz qualquer um criar asa
Pondo o mundo em sua casa
Ou abrindo ela pro mundo
Em pouco mais de um segundo
Você reinventa ou cria
Um herói ou personagem
Na sua telinha fria
Faz o mundo acreditar
E o mais cético jurar
Que não é uma fantasia
Pena que a doce magia
Pode causar grande mal
Mesmo um perito no assunto
Sendo ou não racional
Baixa a guarda pro perigo
E deixa seu inimigo
Secar roupa em seu varal
Nas lanhouses é normal
Qualquer hora, noite ou dia.
Ver gente seria ou não
Cabeça boa ou vazia
No msm ou no orkut
Todos se dando ao desfrute
Destilando hipocrisia
Eu que escrevo poesia
Faço da NET um mural
Em cada verso ou estrofe
Denuncio bem ou mal
Algum perigo que ronda
E hoje eu vou falar da onda
Que globalizou geral
É o corno virtual
Que uns chamam de lesado
Bate esteira, boi, chifrudo,
Ou idiota antenado.
É uma dupla navalha
Homem e mulher botam galha
Através de um teclado
Tem sempre um desocupado
Ou uma desocupada
Que a noite perde o sono
Ou ao dia não faz nada
É um bom dia, um oi.
Quando você vê já foi
Pro brejo a sua boiada
Você pode dar risada
Com o que acabou de lê
Também pode ignorar
Desligando o seu PC
Difícil é cortar o mal
Porque o corno virtual
Pode ser eu ou você.
Rsrsrsrsrsrsrsrsrsrs, duvida?
terça-feira, 7 de abril de 2009
Tudo é permitido, autor, Damião Metamorfose.
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Eu quero fazer parte desse jogo
Quero arder nesse teu fogo
Eu sou parte de sua vida
Eu sou o seu passado e seu presente
Sou culpado e inocente
Sou sua noite mal dormida
Eu sou o seu ciclone, a sua brisa,
A terra que você pisa
Sou seu homem e seu menino
E quero ouvir dizer que me ama
E quer sempre em sua cama
O meu amor clandestino
Eu quero ouvir a sua voz
Rouca louca
Sussurrando em meu
Ouvido
Me impedindo de partir
E eu que não quero ir
Vou aceitar o seu pedido
Eu quero que você sinta ciúme
Do suor e do perfume e do cheiro de bebida
Mas quando eu chegar de madrugada
Me espere acordada assanhada e mal vestida
Hoje pra você não falta nada
Vou armar uma cilada
E liberar o proibido
E mesmo me achando um vagabundo
Quer viver nesse meu mundo
Onde tudo é permitido
sábado, 4 de abril de 2009
A cortina da vida, autor, Damião Metamorfose.
A cortina da vida, autor, Damião Metamorfose.
Nas cores azul ou cinza
Veste-se o firmamento
Umas vezes mais pro negro
Noutras mais para o cinzento
Nessa hora o lavrador
Canta em silencio um louvor
E aprecia o momento
Uma rajada de vento
Agitando a natureza
Raios, relâmpagos, trovões.
Ou calmaria e leveza
Em tempestade ou neblina
O céu vira uma cortina
De inenarrável beleza
A orquestra realeza
Ensaia um novo canto
As sementes que germinam
Dão à terra um verde manto
Cicatrizando as feridas
Dando mais vidas as vidas
Num processo sacro santo
Quando a nuvem cessa o pranto
Vem a multiplicação
Toda a natureza em festa
Faz a comemoração
O peixe faz piracema
E a cachoeira suprema
Decanta a sua canção
As gotas que tocam o chão
Forma nova correnteza
Abrindo um novo riacho
Enchendo açude e represa
Evapora ou vai pro mar
Pra depois poder voltar
Trazendo vida e beleza
Dessa forma a natureza
Volta ao ponto de partida
Refazendo ou reciclando
Sempre encontra uma saída
Raios trovão chuva ou vento
As cores do firmamento
É a cortina da vida.
sexta-feira, 3 de abril de 2009
Guerra x fome = a morte, autor, Damião Metamorfose.
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Muitos milhões desviados
Para comprar munições
Alimentando os canhões
E armamentos pesados
Esquecendo os condenados
Que nascem sem ter um nome
Porque o poder consome
Até sua identidade
Se a guerra mata a metade
O resto morre de fome
A calçada vira cama
O céu aberto é o teto
O poder faz o seu veto
Tentando esconder a lama
A tevê exibe o drama
Com o teor maquiado
Traficante e viciado
Tem a lei a seu favor
Que dar casa e cobertor
Cama e ar refrigerado
Pleno século vinte e um
Selvagem capitalismo
O velho coronelismo
Ainda é muito comum
Crianças sem desjejum
E sem direito a escola
Sobre as ordens dum pachola
Faz o trabalho pesado
Os seus pais por outro lado
Viciam-se em bolsa esmola
Quanto mais mundo moderno
Mais matas desaparecem
Mais doenças aparecem
Mais enchentes no inverno
Enquanto isso o inferno
Instala-se aqui na terra
E os senhores da guerra
Pra honrar suas bandeiras
Ampliam suas fronteira
E o mais fraco é quem se ferra
Matam em nome da paz
As raízes e sementes
Com sangue dos inocentes
Fogo poluente e gás
Tanto fez ou tanto faz
Só não aceitam afronta
De vez enquanto desponta
Um herói sem sobrenome
Mas enquanto isso a fome
Assola de ponta a ponta.
quinta-feira, 2 de abril de 2009
A nossa hora, autor; Damião Metamorfose.
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Um segundo pode ser suficiente
Para o meu olhar cruzar seu olhar
Um minuto te olhando fixa em minha mente
E me das às respostas sem te perguntar
A qualquer hora minuto ou segundo
Entro no seu mundo
E no meu vais morar
O pouco que sei sobre o nosso passado
Dar-nos garantias do nosso presente
Se o nosso futuro já esta traçado
Viver em uma vida é insuficiente
Nosso primeiro encontro foi tão memorável
Em menos de um segundo nos apaixonamos
O nosso amor forte puro e placável
Superou a morte e nós continuamos
A terceira fase é inevitável
Pra retornar do ponto de onde paramos
Só um segundo, por favor, me aguarde.
Quero um minuto nós dois frente a frente
Sei que nossa hora virar cedo ou tarde
Sem hora marcada bem naturalmente
E nessa hora iremos provar
O lado bom de amar
E amar eternamente.
Um segundo pode ser suficiente
Para o meu olhar cruzar seu olhar
Um minuto te olhando fixa em minha mente
E me das às respostas sem te perguntar
A qualquer hora minuto ou segundo
Entro no seu mundo
E no meu vais morar
O pouco que sei sobre o nosso passado
Dar-nos garantias do nosso presente
Se o nosso futuro já esta traçado
Viver em uma vida é insuficiente
Nosso primeiro encontro foi tão memorável
Em menos de um segundo nos apaixonamos
O nosso amor forte puro e placável
Superou a morte e nós continuamos
A terceira fase é inevitável
Pra retornar do ponto de onde paramos
Só um segundo, por favor, me aguarde.
Quero um minuto nós dois frente a frente
Sei que nossa hora virar cedo ou tarde
Sem hora marcada bem naturalmente
E nessa hora iremos provar
O lado bom de amar
E amar eternamente.
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