segunda-feira, 25 de maio de 2009
O choro, autor, Damião Metamorfose.
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O choro, autor, Damião Metamorfose.
Um rosto banhado em prantos,
Tem um motivo ou razão.
Que pode ser de alegria,
Tristeza ou solidão.
Saudade de alguém ausente,
Irmão, amigo ou parente,
Dor, ódio, amor ou paixão...
Que faz bem ao coração,
A ciência já comprova.
Que chorar é bom pra vista,
Limpas a córnea e se renova.
Sempre depois que alguém chora,
Seu animo se revigora,
Ganhando uma visão nova.
O choro é a maior prova,
Que o corpo pede vazão.
De um sentimento que aflora,
Ou não resiste a pressão.
Chorar não é ter fraqueza,
É demonstrar a beleza,
Intima de um coração.
Quem controla essa emoção,
Perde a chance de mostrar.
Que emoções verdadeiras,
Não é pra se controlar.
É para ser dividida,
Chorar faz parte da vida,
Não se envergonhe em chorar.
Tem varias formas de usar,
O choro pra se dar bem.
Pior é que muitos sabem,
O poder que o choro tem.
E usam do modo errado,
Pra se fazer de coitado,
Ou chantagear alguém.
Quando essa vontade vem,
Não escolhe o momento.
Domina o corpo e a mente,
Inundando o pensamento.
Mas quando ela se extravasa,
Tudo volta a criar asa,
Forma, cor e sentimento.
Ninguém pode cem por cento,
Viver sorrindo ou chorando.
A vida tem muitas fases,
Que vão se intercalando.
Mas se o choro surgir,
Deixe a lagrima fluir,
Obedeça ao seu comando.
Eu fico mais feliz quando,
Tudo está em sintonia.
Mas nem sempre eu consigo,
Essa paz e harmonia.
Quando não dito essas normas,
Choro de todas as formas,
Sem escolha de hora ou dia.
Depois vem a poesia,
Inunda o meu universo.
É nessas horas que vem
Átona, o que estava imerso.
E eu faço essa viagem,
Transformo choro em mensagem,
Pondo alegria em meu verso.
quinta-feira, 21 de maio de 2009
Venham ser feliz comigo.autor, Damião Metamorfose.
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Se muito pouco eu pedi,
Tenho mais do que mereço.
A esse “tenho” agradeço,
Vim pra viver e venci.
As coisas que eu perdi,
Eram joio no meu trigo.
Tenho paz no meu abrigo,
E alguém que zela por mim.
Sou feliz por ser assim,
Venha ser feliz comigo.
O amor da minha vida,
Vitória, minh´alma gêmea.
Mulher guerreira, uma fêmea,
Que não se dar por vencida.
Mesmo quando está ferida,
Quer o meu amor amigo.
Com ela ao meu lado eu sigo,
Tempo médio bom ou ruim.
Sou feliz por ser assim,
Venha ser feliz comigo.
Tenho Bárbara, a minha filha,
Que é bárbara até no nome.
Tem meu sangue e sobrenome,
E um sorriso que brilha.
Linda é outra maravilha,
Sem seu beijo eu não consigo.
Por elas sou amadigo,
Até um não vira um sim.
Sou feliz por ser assim,
Venha ser feliz comigo.
O meu filho Raul Seixas,
Veio para completar.
Luiza Mel pra adoçar,
Sarar feridas e queixas.
São duas ancoras fateixas,
Abraços que eu persigo.
Viro menino rabigo,
Sirvo até de trampolim.
Sou feliz por ser assim,
Venham ser feliz comigo.
terça-feira, 19 de maio de 2009
A divina procela, Win-yang, autor, Damião Metamorfose.
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As suas vestes não escondem nada, apenas revela.
O que meus olhos não conseguem ver, os seus me dão a pista.
A minha mente faz um raio xis e vai alem da vista
Invade a sua, enquanto se insinua meu Deus! Como eis bela.
A cor da pele, o brilho dos seus olhos, que linda aquarela.
Cútis rosada a boca o seu batom e sensuais odores,
Seu colo farto, busto assaz e harto, sedento de amores.
Os sangues fervem e o prato que me servem divina procela.
Igual tambor em ritmo acelerado os nossos corações,
Digladiando um em cada peito, múltiplas paixões.
Um busca o outro querendo equilíbrio em um só compasso.
Na boca um gosto de essências molhadas, palato no cio.
Acaba o frio aquele solo íngreme se torna macio.
Fundem-se os corpos feito win-yang envolto num abraço.
domingo, 17 de maio de 2009
O meu maior presente, autor, Damião Metamorfose.
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Quando estou escrevendo,
Embarco numa viagem.
Onde crio personagens,
Situações e imagem.
Abro a janela da mente
E mostro o que ela sente,
Com movimento e paisagem.
Cada verso é uma mensagem,
Cada estrofe um rebento.
Onde eu tento transmitir,
O que manda o pensamento.
Momentos que eu passei,
Que vi, ou só inventei,
Pra ilustrar o que invento.
Nesse cordel apresento,
Apenas minha visão.
O que penso de um assunto,
Que gera até discussão.
Mas eu sei que no final,
Se fosse a um tribunal,
Eu ganhava essa questão.
Em minha opinião,
O assunto é abrangente.
Porque discute uma tese,
Que envolve muita gente.
Por isso chamo atenção,
Para a minha opinião,
Sobre o meu maior presente.
Não é ser inteligente,
Porque se sou eu nem sei.
Nem é herança, dinheiro,
Porque nem isso eu herdei.
Cultura, beleza, amor,
Ficam quase sem valor,
Comparado ao que ganhei.
É complicado, eu sei,
Subestimar a riqueza.
Não dar valor aos valores,
Sem se sentir na pobreza.
Mas meu presente eu garanto,
Leva-me pra qualquer canto
E tem muito mais nobreza.
Por isso tenho certeza,
Que todos vão concordar.
Que estou cem por cento, certo,
Por insistir em falar.
Que o meu presente é nobre
E não tem rico nem pobre,
Que não vá querer zelar.
Às vezes fico a pensar,
Se não fosse esse presente.
O que será que eu seria,
Forasteiro ou delinqüente.
Um ser quase sem futuro,
Que vivia no escuro,
Feito estrela cadente.
Sem passado e sem presente,
Sem fechar ou abrir porta.
Porque sem esse tesouro,
A minha chave era torta.
Igual um bicho do mato,
Vivendo em anonimato,
Feito natureza morta.
Nenhum humano suporta,
Mesmo que tenha dinheiro.
Viver sem esse presente,
Que alias é o primeiro.
Que se ganha ao nascer
E até depois de morrer,
Indica o seu paradeiro.
Ele é único e verdadeiro,
Herança quase infinita.
A marca do seu caráter,
O seu cartão de visita.
Mas sei que infelizmente,
Tem gente que inconsciente,
Chama de herança maldita.
Em qualquer um ele habita,
Segue-te no dia a dia.
Do nascimento a morte,
Será sua companhia.
E mesmo depois de morte,
No jazigo ele é suporte,
Com cruz e estrela guia.
Em casa na padaria,
Na igreja no mercado,
No trabalho em uma festa,
Cidade, país, estado.
Na alegria e na dor,
Enfim, onde você for,
Esse presente é citado.
Quando ele é bem zelado,
Leva o dono a ascensão.
Agora vou revelar,
O pivô dessa questão.
Pra mim o maior presente,
Que ganha qualquer vivente,
É um nome em certidão.
Muitos não têm a noção,
Do valor que tem um nome.
É o primeiro presente,
Mas nem todo mundo assume.
Muitos negam até os pais,
O meu eu zelo demais,
E não sujo nem por fome.
Pode mudar o costume,
Religião ou lugar.
Até mesmo o seu nome,
Se o outro não te agradar.
Mas aquele que seus pais,
Registraram nos anais,
Sempre vai te acompanhar.
O meu eu não vou mudar,
Eu sou: Damião Batista
de Moura, o metamorfose.
Um aprendiz de artista.
Nem pior do que se pensa,
Nem melhor, sou diferença,
Nordestino e cordelista.
Copos e corpos, autor, Damião Metamorfose.
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Entre copos e corpos me envolvi
Entre corpos e copos mais um trago
Foram copos e corpos, hoje eu pago!
Nesses corpos e copos sucumbi
Noutros copos e corpos eu bebi
O suor do pecado, em copo pleno.
Consumi gota a gota esse veneno
E assim pouco a pouco eu me perdi
Os meus copos se encheram de amargura
O meu corpo tombou na vala escura
Sem os copos e corpos senti frio
Mas seu corpo me trouxe ao apogeu
Ao brindar copo e corpo com o seu
O meu corpo deixou de ser vazio.
segunda-feira, 11 de maio de 2009
Eu sou pãe, posso dizer, autor, Damião Metamorfose.
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Já vi mãe de todo jeito
Mãe que ama intensamente
Mãe que canaliza amor
Mesmo quando está ausente
Mãe que é presente e moderna
Mesmo assim não é presente
Mãe como as de antigamente
Que perdem noites de sono
Mãe que teve vários filhos
Mas de todos é o trono
Mãe que mesmo abandonada
Aos seus não dar abandono
Mãe primavera e outono
Outras inverno e verão
Mãe que foi mãe por amor
Mãe que não teve opção
Mãe sem gestação sem parto
Mais é mãe de coração
Mãe que viveu a ilusão
Que ser mãe é padecer
No paraíso do éden
Mas depois de perceber
Que ser mãe é se doar
Fez do doar, seu viver.
Mãe é fonte de saber
É energia contida
É o amor bem medido
E o amor sem medida
É a primeira morada
É o berço dessa vida
Mãe é ponto de partida
É quem espera acordada
É quem mesmo com razão
Escuta tudo calada
Quem te prepara pra vida
Mas nunca te cobra nada
Mãe é jóia lapidada
A fero e fogo ela é feita
Mãe quando é mãe de verdade
É muito mais que perfeita
É formula que Deus fez
E jogou fora a receita
Mãe acata mãe aceita
É a palavra sem rima
É poço que nunca seca
É única em alta estima
É o que posso chamar
Da mais casta obra prima
Mãe quer te ver lá encima
No mais alto patamar
Mãe chora de alegria
Ao ver seu filho brilhar
É a palavra que une
E conjuga o verbo amar
A mãe é impar, não par,
Por ser impar não é ex.
A qualquer hora do dia
Em qualquer dia do mês
E o primeiro milagre
Através da mãe se fez
É chegada a minha vez
De ousar desse poder
Sou pai e mãe todo dia
Faço isso por prazer
Ser mãe é ser sexo forte
Eu sou pãe, posso dizer.
sexta-feira, 8 de maio de 2009
Utopia , autor, Damião Metamorfose.
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Eu quero ter a liberdade de um passarinho
Voando nas matas em bando ou sozinho
Longe da fumaça dos centros urbanos
Eu quero construir meu ninho no galho mais alto
Onde enchente, lixo, fuligem e assalto.
Não vão atingir e nem mudar meus planos.
Eu quero pedir aos humanos, mais inteligência.
Que pare a ganância e a negligencia.
E não joguem esse veneno na terra,
Eu quero fazer minha parte para ajudar
E nas horas livres eu quero voar
Celebrando a vida sem pensar em guerra.
Refrão
Quero paz na terra
O fim da impunidade
E o erro do passado
Seja compensado com
Solidariedade...
Quero que o vizinho
Seja meu amigo
E se estranho for
Trata-lo com amor
E não seja inimigo.
Eu sonho em ver as barricadas, de trigos e flores.
Com campos sem guerras, repletos de amores,
Com a esperança batendo na porta.
E as bombas e minas terrestres substituídas,
Por vidas que nascem, crescem e geram vidas.
Sarando as feridas e restituindo, a natureza morta.
quinta-feira, 7 de maio de 2009
Sexo musica e dança, autor, Damião Metamorfose.
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Dispa-se do medo de amar
Vista-se de novo em meu abraço
Cole no meu corpo pra dançar
Dance bem suave passo a passo
Deixe no meu peito o seu cansaço
Canse-se no ritmo dessa dança
Vamos se cansar num só compasso
E descansar com ar de quem não cansa
Rodopiar no salão da esperança
Buscando a plenitude do bailar
Dançar sem evitar a contradança
Porvir mesmo se a musica parar
Dançar, dançar, dançar, dançar.
Normalizar o côncavo e o convexo
A lua com o sol vai se alinhar
Em êxtase, a musica tem nexo.
Turbulência e passado desconexo
Perde espaço, se ausenta ou não alcança.
E o futuro pairante tão conexo
No presente de sexo, musica e dança.
O grande vilão, autor, Damião Metamorfose.
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Começa com uma dose
Uma desculpa indecente
Do tipo hoje ta quente
Ou matar a verminose
Depois da metamorfose
Vem a tal transformação
O amigo vira irmão
O irmão vira inimigo
O álcool é um perigo
Beba com moderação.
Ele tem sido o vilão
Causa dependência e morte
Não escolhe fraco ou forte
Sexo, cor, religião.
No principio é diversão
Com uma dose somente
Volta a beber novamente
Em casa ou em uma festa
E no final o que resta
É um corpo decadente.
O viciado é ciente
Do que vai acontecer
Quem bebe pra esquecer
Depois que ta consciente
Lembra passado e presente
Com travo, dor e inhaca.
Mas pra curar a ressaca
Só uma dose é normal
Mas essa “uma” é fatal
Pra quem tem a carne fraca.
A doença quando ataca
Destrói toda a sua vida
O refugio na bebida
Leva qualquer um pra maca
Os dois gumes dessa faca
No inicio é divertido
Só que muitos têm morrido
De acidente e cirrose
Evite a primeira dose
Antes que esteja envolvido.
quarta-feira, 6 de maio de 2009
O canto ao santo sem manto, autor, Damião Metamorfose.
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O poeta se encanta quando canta,
O seu canto é mais canto e tem beleza,
Quando o canto decanta a natureza,
Essa obra divina pura e santa.
Quanto mais ele canta mais se encanta,
Quanto mais se encanta mais tem canto.
A cortina do verde é o seu manto,
O seu teto é o céu azul anil,
Seu festejo trovão no mês de abril,
E a chuva que cai é o seu pranto.
Esse pranto que molha a terra é santo,
Como é santa a terra revirada,
Pelo santo manejo da enxada,
Por um santo na fé, mas sem um manto.
Semeando a semente por enquanto,
Com instinto de luta e sem saber.
Acredita que um dia ah de colher,
O plantio que fez na invernada,
E a semente será multiplicada,
Assim sendo não falta o de comer.
Quando o céu escurece pra chover,
Esse bravo guerreiro comemora,
Por não ser mais preciso ir embora,
Revigora na fé e volta a crer.
Mas os homens que mandam no poder,
Desconhecem o poder dessa cultura,
Desse homem que tem mão com textura,
E o couro das costas calejado,
Sangue quente coragem e pé rachado,
Mas detém o poder da agricultura.
terça-feira, 5 de maio de 2009
O armagedom, autor, Damião Metamorfose.
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Eu vi a vida pedindo
Uma chance pra viver
O sol também implorava
O direito de nascer
E a morte virou as costas
Se ajoelhou de mãos postas
Sem saber o que fazer.
Vi a lua se esconder
Numa nuvem de fumaça
O mar podre agonizando
Com a mortandade em massa
A terra estava deserta
Quase nua e descoberta
Exposta a toda ameaça.
Vi namorados na praça
Mas não eram mais casais
Tinham membros mutilados
Horrendos, descomunais,
E os fetos que se geravam
Daqueles que copulavam
Nasciam sem digitais.
Eu também ouvi uns ais
Vindo de um lugar distante
Cheguei mais perto pra ver
E pasmei por um instante
Era a mãe natureza
Se afogando na represa
De lixo predominante.
Vi o mundo agonizante
Tomado pelo miasma
Com tanta aberração
De cruzamento quiasma
E em uma casa blindada
A morte dava risada
Em frente à tevê de plasma.
Eu vi o vento com asma
Abatido e enfadonho
Vi cachoeiras de sangue
E para o meu testemunho
Vi um ser iluminado
Com um semblante cansado
Decepcionado e tristonho.
Eu perguntei se era sonho
Respondeu-me com pesar
É o maior pesadelo
Se o homem não parar
Com a inveja e cobiça
E essa frieza omissa
Consumindo sem plantar.
Mas quando um acordar
E lembrar dessa mensagem
Quem sabe ainda dar tempo
Mas precisa ter coragem
Porque os outros vão rir
Excomungar e punir
Achando que é bobagem.
Mas o mundo ta a margem
Do armagedom prometido
Os sinais estão em tudo
E o homem nem dar ouvido
Vive só pensando em soma
Depois vem a morte e toma
E assim é subtraído.
Gostaria mais duvido
Que alguém mude esse cenário
Na terra a ganância é tanta
Que nem o inferno é pario
Quem tenta ser diferente
É chamado de demente
Louco, vagabundo, otário.
Relatou esse sumario
Expondo-me a realidade
Em seguida eu acordei
Mesmo esquecendo a metade
Ainda estou tristonho
Eu sei isso foi um sonho,
Mas é a pura verdade.
sábado, 2 de maio de 2009
É passado, autor, Damião Metamorfose.
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Se foi ruim, se foi bom ou razoável.
Não importa o “foi” já é passado
Hoje estou amando e sou amado
Reciclei o que era reciclável
Se alguém acha meu riso execrável
Sinto muito não posso fazer nada
Sofrimento pra mim virou piada
Não consigo odiar, pois sou amável.
Planto o bem no lugar que plantas ódio
Seu agouro não evita o meu pódio
Essa é a minha formula ou receita
Se eu ferir o seu solo é pra plantar
Sigo amando e pode me odiar
E veremos quem tem melhor colheita.
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