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Mariposas suicidas,
Bailam sobre a luz acesa.
Sabendo que logo mais,
Morrem todas sem defesa.
Mesmo assim bailam felizes...
Como é sabia a natureza.
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O homem faz à represa,
A cisterna, um piscinão.
Caixas e reservatórios,
Prende a água? Prende não.
Pois nem consegue prender,
Uma gota em sua mão.
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A beleza de um pavão,
Não encobre o feio pé.
Cobra tem tanto veneno,
Mas não anda em marcha ré.
E um vagalume acende,
Sem bateria ou relé.
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O homem sabe que a fé,
Pode remover montanhas.
Estuda química e ciências,
Física e tem artimanhas.
Mas não sabe fabricar,
Uma teia de aranhas.
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Um óvulo cai nas entranhas
E fica em lugar seguro.
Esperando que o fecundem,
Quando ele estiver maduro.
É vida gerando vidas...
Mas só Deus sabe o futuro.
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O homem constrói um muro,
Que ninguém pode escalar.
Quem está fora não entra,
Dentro? Não pode escapar.
Prende o outro e a si mesmo,
Mas não prende o próprio ar.
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Felinos sabem caçar,
Mas não matam sem ter fome.
Quando estão saciados,
No meio da mata some.
E o que sobra da presa,
Vem outro animal e come.
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O homem só tem o nome,
De um ser racional.
Mas quase tudo o que faz,
É tendencioso ao mal.
Quando não mata a si mesmo.
Mata a flora ou um animal.
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O sagui é genial
tudo o que aprende ensina.
E passa de pai pra filhos,
Todos os truques da campina.
Como por exemplo: as árvores...
Que da seiva sai resina
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O homem faz carnificina,
Prega a paz e faz a guerra.
Polui a água que bebe,
Ateia fogo na terra.
Erra e não pede desculpas
Nem admite que erra.
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Fim
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07/11/2009
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