sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Liberdade de escolha> Autor: Damião Metamorfose.

*
Extraído de um poema da poetisa: Vitória Sena.
*
Nos caminhos do Destino,
meu destino vou seguindo.
Seguindo vou conhecendo,
conhecendo e descobrindo.
Descobrindo vou crescendo,
conhecendo e aprendendo,
Aprendendo e emergindo.
*
Emergente eu vou subindo
Subindo o que eu não subia.
Transformando o que era pouco,
Tão pouco que eu nem sabia.
Sabendo vou transformando,
Transformando eu vou mudando,
Vou mudando a cada dia.
*
A cada dia a poesia,
A poesia me inflama.
Inflama e me faz crescer,
Crescer consorte a quem ama.
Quem ama busca o melhor,
O melhor não o pior,
Pior é viver sem chama.
*
A chama de quem declama,
Declama o ultimo ato.
O ato de alguém que busca,
a busca sem desacato.
O desacato a si mesmo,
Mesmo quem não vive a esmo,
Esmo que não seja um fato.
*
Um fato é ser abstrato,
Abstrato ignorante.
Ignorante e vazio,
Vazio vil e arrogante.
Arrogância leva ao nada,
O nada é uma escada,
Escada sem diamante.
*
Diamante é tão brilhante,
Tão brilhante e valioso.
Valioso é o saber...
Saber que é duvidoso.
Duvidoso é um ser mesquinho,
Mesquinho é o único caminho,
Caminho largo e rochoso.
*
Rochoso é tão perigoso,
Perigo é se perder.
Perdido não vai voltar,
Voltar sem ver, nada a ver.
Ver o caminho a seguir,
Seguir no erro é ruir,
Ruir em vida é morrer.
*
Morrer pra que se viver,
Viver na direção certa.
Certo que ousou lutar,
Lutar mesmo em hora incerta.
Incerto é uma utopia,
Utópico é ser maioria,
Maioria não liberta.
*
Liberdade é porta aberta,
Aberta e livre do medo.
Medo que as pessoas sentem,
Sentem e guardam segredo.
Segredos que eram guardados,
Guardados e censurados,
Censura gera degredo.
*
Degredo é um arremedo,
Arremedo é imitação.
Imitação é um erro,
O erro é contravenção.
Contravenção eu não faço,
Não faço o uso do braço,
Com braço, abraço um irmão.
*
Um irmão de coração,
De coração, não um polha.
Polha e censura eu não quero,
Quero que plante e que colha.
Colha o ser livre e amigo,
Amigo eu levo comigo,
A liberdade de escolha.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Poluição visual> Autor: Damião Metamorfose.


*
Cada dia enxerga menos,
Quem é do campo ou cidade.
Uns por problemas na vista,
Outros por necessidade.
Mas a cegueira real,
É o progresso ilegal
E a tal da modernidade.
*
O verde que era a metade,
Já não é nem dez por cento.
O céu que era azul,
Está sombrio e cinzento.
Serras cobertas por véus
E os prédios arranha-céus,
Rasgando os céus com cimento.
*
Mais raro e pesado o vento,
Carregado em poluente.
Agride os olhos do mundo,
Vai cegando lentamente.
E as chaminés das usinas,
Com inseticida e resinas,
Deixa o planeta mais quente.
*
Com o planeta mais doente,
Quase em fase terminal.
Secam nascentes e rios,
O mar aumentando o sal.
E a cada palmo de chão,
Erguem nova construção,
Sem eira, beira ou quintal.
*
O homem é um animal,
Que para se educar.
Precisa de um professor,
Uma família e um lar.
Porém depois de formado,
Esquece e faz tudo errado,
De forma fútil e vulgar.
*
Errar tentando acertar,
É duas vezes errado.
Do que adianta o saber...
Se o futuro é condenado.
Trocar vidas por dinheiro,
Conquistar o mundo inteiro,
Depois morrer sufocado?
*
Tudo que aqui é plantado,
Um dia será colhido.
Quem só sabe ver seu lado,
É cego em mais de um sentido.
Plante o bem e colha o bem,
Quem tira de quem não tem,
É duas vezes falido.
*
O mundo está exaurido,
Pequeno e enxerga mal.
Prédios, torres e antenas,
Cegueira quase total.
Ver pouco assim não é bom,
Limitado ponto com,
Poluição visual.
*
Fim
*
08/02/2010.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Dois em um> Autor: Damião Metamorfose.



Baseado em um poema da poetisa; Vitória Sena.
*
Vivi... Seguindo o seus passos,
Bebendo as suas bebidas.
Chorando com as suas lágrimas,
Ferindo-me em suas feridas.
Sorrindo com o seu sorriso,
morando em seu paraíso,
Buscando as mesmas saídas.
*
Para unir as nossas vidas,
Alcei vôos contra os ventos.
Invadi os seus espaços...
Lamentei os seus lamentos.
Fiz só minha, as suas dores,
Amores e dissabores...
Sofri com seus sofrimentos.
*
Absorvi seus tormentos.
Sonhei seus sonhos de enganos,
Premeditei seu destino,
Planejei todos seus planos.
Solucionei teus problemas,
Inspirei os seus poemas,
restaurei seus desenganos.
*
Instaurei todos os seus danos,
me embriaguei no seu vinho.
fiz da minha a sua sombra,
Do meu o nosso carinho.
Fiz da sua a minha sina,
Te perdi na minha esquina,
Encontrei-te em meu caminho.
*
Hoje falas com jeitinho,
Que acalma o meu coração.
Dormes e sonhas comigo,
Envolve-me em tua emoção...
Aperta-me junto ao peito,
Conforta-me com teu jeito
E embala em sua canção.
*
Mistura amor e paixão,
Suave enlace de dedos.
Leva-me contigo em sonhos,
Liberta-me dos meus medos.
Encosta o seu corpo ao meu,
Que vibra ao tocar no seu,
Desvendando os meus segredos.
*
Sangue em veias faz torpedos,
Sinto minh’alma atrevida.
Buscando a tua... Que é minha
Iremos os dois pela vida.
Plantando nova semente,
Seremos eternamente,
dois em um, sem despedida.