*
O homem mata e desmata,
Com armas e moto serras.
Vai enfraquecendo as terras,
Com o fogo que mata a mata.
Riacho, rio e cascata,
Poluído até a foz.
Meu Deus! Que será de nós?
Com toda essa malvadeza.
É assim que a natureza
Dá o troco ao seu algoz!
*
O mar está poluído,
A água escura de óleo
E o homem atrás de petróleo,
Causando um mal desmedido.
A terra solta um gemido,
Nas profundezas da terra.
A onda enterra e aterra,
Matando gente indefesa.
É assim que a natureza
Dá a resposta a quem erra!
*
Tem nação passando fome
E o poder comprando armas.
Será que isso são carmas?
Essa duvida me consome.
Sei que armas não se come,
Matar não é solução.
E o sangue molhando o chão,
Faz de um predador a presa.
É assim que a natureza
Responde a desunião!
*
No Sertão das estiagens,
Há chuvas matando gente.
Com a força da enchente,
Arranca ponte e barragens.
Os animais sem pastagens,
Morrem de fome e doença.
A culpa não é da crença,
É de um todo e com certeza.
É assim que a natureza
Responde a quem faz ofensa!
*
O Brasil não tem tornado,
Tufão, ciclone e vulcão...
Até quem disse: que não
Tinha, estava enganado.
Se já teve no passado,
Também terá no futuro.
Nós vamos pagar com juro,
A covardia e frieza...
É assim que a natureza
Responde, estando em apuro!
*
O gelo está derretendo
E o mar subindo o nível.
É lento, quase invisível,
Mas as praias estão enchendo.
Casas desaparecendo,
Um dique já não segura.
Com dez metros de altura,
Veio a onda em correnteza.
É assim que a natureza
Responde a que lhe tortura!
*
O homem tem que parar,
Com toda essa ambição.
Quem precisa de água e pão...
Não tem onde trabalhar.
E o que come caviar,
Poluindo o universo.
Eu te peço em prosa e verso,
Faça um gesto de nobreza.
Pois senão a natureza
Dá a resposta ao inverso!
Nenhum comentário:
Postar um comentário