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O olho que tudo vê,
Tem nitidez no escuro,
Nas profundezas da terra,
No horizonte, além do muro,
Vê o passado e o presente
E muito além do futuro...
*
Atravessa a porta, o muro,
Vê a nossa intimidade.
Alcança júbilos plenos,
Saúde e enfermidade.
Segredos não revelados
Da temida eternidade...
*
A mentira e a verdade,
Receio, a coragem, o medo.
Rastreia o invisível,
Qualquer tipo de segredo.
Do inocente ao culpado
Vê, mas nunca aponta o dedo...
*
Não precisa acordar cedo,
Porque não dorme, jamais.
Ele é o olho do tempo
Moderno e dos ancestrais.
Farol que ilumina a vida
De todos os seres vitais...
*
Tem visões celestiais,
Com perfeitas dimensões.
E é capaz de distinguir,
O real das ilusões.
Sem estrabismo ou miopias...
Comuns nas outras visões.
*
Isento das tais lesões,
Ele nunca sofre danos.
Além de ver o impossível,
Ao longo de tantos anos.
Não confunde as diferenças,
Entre os justos e os insanos...
*
Ele vê todos os planos,
Dos céticos, crentes, ateus...
Está retido nas retinas,
Dos olhos meus e dos teus.
O olho que tudo vê,
É só o olho de Deus!
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Esse mesmo assunto também foi escrito em estilo Soneto.
*
Fim.
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