A paz reine em todos lares
sábado, 31 de dezembro de 2011
Feliz ano velho e novo...
A paz reine em todos lares
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
Eu quero é glosar *IV* Autor: Damião Metamorfose.
*
Vou tomar um uísque de entrada,
domingo, 25 de dezembro de 2011
E por falar em natal * Autor: Damião Metamorfose.
Promessa de todo jeito.
Amigos falsos aos montes
Que abraçam sem preconceito...
Depois que enchem a pança
Começam a botar defeito...
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Meu cavalo de pau... Autor: Damião Metamorfose.
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
Acrostico à meu filho Davi * Autor: Damião Metamorfose.
D-eus em tudo é perfeito
A-ssim foi e é sempre assim
V-iver é sempre um direito
I-nicio tem meio e fim...
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
Pare e pense! * Autor: Damião Metamorfose.
sábado, 17 de dezembro de 2011
Se caísse uma chuva de alimento * Autor: Damião Metamorfose.
Foto extraída do Google
domingo, 11 de dezembro de 2011
Identidade...
Zélimeirando * Autor: Damião Metamorfose.
*
Patativa e Ludujero,
Que eram padre e pastor
De ovelhas desgarradas
Nas serras do roncador.
Formaram uma bela dupla
De cover do frade Supla
Que é filho de agricultor!
*
Quando eu era comprador
Comprei a África e o Saara
E transportei toda a areia
Pra lá, num pau-de-arara.
Isso foi quando eu fui nobre,
Mas agora que estou pobre
Me chamam de babaquara...
*
Criei vergonha na cara
E não sei contar mentira.
Por isso, tudo que eu digo,
Ninguém aumenta nem tira.
Posso até exagerar,
Porém mentir, nem pensar,
Mentira é prima da ira!
*
O sábio professor Lira
Que ensina perguntando.
Acho que sei mais que Ele,
Pois ensino desde quando
A terra foi descoberta.
Mentira ou verdade Terta?
E Ele é que ta ganhando...
*
Genésio entrou galopando
Com um jegue em Jerusalém.
Com noventa e nove, “aposto”
Que faltava um pra cem.
Um diz que onze outros, doze,
Treze e até quatorze...
Hoje nem sei quantos têm!
*
Herodes deu um vintém
Aos soldados que voltaram.
Porque não trouxeram o cabra
A quem eles procuraram.
Por causa dessa besteira,
Um deles deu uma carreira
E os outros se lascaram!
*
Quando os canhões dispararam,
Eu pra tentar impedir
Que o chumbo o acertasse
Corri para interagir.
Mas cometi um engano
E quando tampei o cano
Não deu tempo de fugir!
*
Passei noites sem dormir,
Tocando pra lampião.
Umas festas só de valsa
Nas noites de são João.
Mas no final fiz besteira
Porque saquei a peixeira
E rasguei o seu matolão!
*
Fui num cavalo do cão
Lá dentro de uma grota.
No tempo que eu casei
Com Camilinha Marmota.
Mas foi um deus nos acuda
E foi ali que o Juda,
Perdeu a primeira bota!
*
Reuni minha patota
No carnaval de dezembro.
Que começava em agosto,
Ou junho, eu já nem lembro.
Acho que esse carnaval
Ou foi antes do natal
Ou foi depois de setembro!
*
Dia quinze de Novembro
Debaixo de uma pitanga.
Com crise de caganeira
Dão Pedro arriou a tanga.
Fez encima do fuzil...
E gritou: viva o Brasil!
Nas margens do Ipiranga!
*
Uma carrada de franga
Que eu comprei de um viajante.
Não coube no meu roçado
Guardei todas na estante.
Só por isso a vizinhança
Olha com desconfiança
E me chama ignorante!
*
Lá no capim da vazante
Fui tocaiar um veado.
Armei a rede bem alta
E fiquei bem preparado.
Quando o bicho apareceu,
Dei um tiro, e quem morreu?
Não vi, eu tinha sonhado...
*
No testamento passado
Eu fui um rei, falecido
E foi lá que eu conheci
Um tal cabelão comprido.
Que o chamavam de Sansão,
Mas digo que é Damião,
Outro Sansão travestido!
*
Lá no sitio boi parido,
Na sombra da macambira.
Vi duas cobras corais
Possuídas pela ira.
Uma a outra engolindo,
Foi sumindo, foi sumindo...
Sumiu... parece mentira?
*
Tirei uma tataíra
Lá no sitio Alexandria.
Comecei irar a noite,
Terminei no outro dia.
E só o mel derramado,
Deu dois galões e o coado,
Dez tambores e uma bacia!
*
Eu vi um cego de guia
Correndo de um enxame.
De abelhas, no porão
Do açude do velame.
Por causa da rapadura,
Que era feita in natura,
Adoçada com inhame.
*
Nos carnavais, fui infame,
Antes da semana santa.
E almocei nos restaurantes
Que servem almoço na janta.
Já cantei com Zé limeira,
Na praia, no bar, na feira...
E provo que Ele não canta!
*
A minha força era tanta
Que um trator atolado,
Na lama de uma pedra
Desatolei o danado.
Fiz tudo só por fazer...
Eu só não posso dizer
O país e o Estado!
*
O Coliseu foi tombado
Com um espirro que eu dei.
Fiz uma colcha de rendas
Com um bilro que eu roubei
De uma defunta viva
De uma terra primitiva,
Depois com eu descasei
*
E fui eu que emborquei
O bacião de Brasília.
Ia fazer em silêncio,
Sem precisar de homília.
Só que a minha intenção
Era a da corrupção,
Virei foi a da família!
*
Também assei a Emilia
Do Sitio do pica-pau.
Prendi um juiz ladrão
De apelido: lalau.
Mas a justiça soltou
E o ladrão velho voltou...
Pra roubar nosso mingau!
*
Eu inventei o luau
E o galope a beira mar.
Também criei os demais
Estilos que estão no ar.
Com a minha verve altiva,
Ensinei à Patativa
E os demais a cantar!
*
Eu ajudei a pegar
Quem me aparou no parto.
Mas Ela não sabe disse
Se souber, tem um enfarto.
Agora eu não sei se conto
A Ela, esse assunto e pronto,
Porém dele eu estou farto!
*
Eu corri mais de um quarto
Do deserto do Saara...
Deixei o de Adolf Hitler,
Babando e doido de vara.
Dizendo que no futuro
Só ia ter homem puro
E com vergonha na cara!
*
A minha saga não para,
Mas ganhei aprovação.
Antes de Antonio Silvino,
Jesuino e Lampião...
Dos três fiz o funeral
E depois botei moral
No cangaço do Sertão!
*
Fiz um buraco no chão
Com o martelo da enxada.
Lá no Estado da Bahia
Que hoje é muito visitada.
Com véu de água cristalina,
Uns chamam de Diamantina
E outros, só de chapada!
*
Bebi água congelada,
Já fabriquei água em pó.
Já fui pastor em terreiro
De quizomba e catimbó.
Hoje sou aposentado
Recebo a paga em cruzado,
E gasto todinha só!
*
Nos Sertões do Caicó
Fiz água virar fumaça.
Na política fiz honestos,
Com nome limpo na praça...
Fiz a paz e dei pro Rio...
Fiz Nordeste ficar frio,
O que fiz, não tem quem faça!
*
Encontrei uma carcaça,
Dentro de um cemitério.
Que vale mais que um tesouro,
Mais que dinheiro ou minério...
Foi um crânio de um louco
E com ele eu ganhei pouco,
Mas construí um império!
*
Se eu estou falando serio?
Claro... Eu sou invocado.
Além de invocado, doido,
Além de doido, varado...
Já fui tudo o que não sou
E o pouquinho que sobrou,
É por está acordado!
*
Já Limeirei um bocado,
Por aqui vou encerrando.
Amanhã, quem sabe ontem
Ou nunca se ele for quando.
O sol se casar com a lua,
Talvez eu volte pra rua,
E faça um Zélimeirando!
*
Deus me ajudou, rimando,
Ajudou na oração.
Metrificou cada verso,
Improvisou em ação.
A mim coube descrever
O que manda o coração!
*
Fim.
sábado, 3 de dezembro de 2011
Eu quero é glosar * III* Autor: Damião Metamorfose.
Foi à época de ouro em minha vida,
Vem de lá todo o meu aprendizado.
Convivendo com o meu pai amado
E mamãe que foi digna e tão querida.
Mas a vida pra ser evoluída
Tem que ter os estágios, eu bem sei...
Eles desencarnaram e eu fiquei
Na missão do planeta dos mortais.
As saudades que sinto dos meus pais,
São eternas, jamais esquecerei!
*
Comecei muito cedo a namorar,
Brinquei muito até que me casei.
Mas até me casar eu aprontei
Coisas que nem ao padre eu vou contar.
Meu Deus como era bom com o luar,
No escuro ao voltar lá da cidade...
Quanto tempo meu Deus, quanta saudade!
Da minha juventude e a bonança...
Estou velho, mas guardo na lembrança,
Tudo quanto já fiz na mocidade!
*
Motes de autoria do poeta Carlos Aires e as glosas de são minhas
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
Encontros * Autor: Damião Metamorfose.
*
Poetizando uma mensagem enviada por: Raissa Lima.
*
Nas caminhadas que fiz
Pelas estradas vida.
Encontrei no mar as ondas,
Calmas ou enfurecida.
No céu, a estrela d'Alva,
Piscando pra mim, tão Alva
Intima e desinibida!
*
No sangue, encontrei o veneno,
Na Terra, a maldade, o cio...
Na sarjeta o moleque
Larápio, astuto e vadio.
Aos tropeços fui seguindo
e nas favelas, vi rindo
O pranto e um mundo vazio!
*
Encontrei bons e rebeldes,
Almas puras e marcadas.
Pelo destino e o tempo...
Velhices antecipadas.
Inda no mundo dos fracos,
Vi os justos e os velhacos
Vidas sóbrias e drogadas...!
*
Nas ruas, eu vi o tédio
De muita gente sem lar.
Abrochado e vagabundos
Ao relento e a sonhar.
Vi o ódio e o egoísmo...
E quase cai no abismo,
Mas vieste me salvar!
*
Nas arvores da montanha,
O fruto azedo eu provei.
E das entranhas da mente
Vieste quando eu clamei.
Seu gesto foi tão bonito
Amiga, em ti acredito,
Que bom que eu te encontrei!
*
Fim.