sábado, 28 de janeiro de 2012

A morte: Autor: Damião Metamorfose.

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Extraído do Google
*

*
Eu já falei sobre a morte
Em outro Cordel escrito.
E aproveitando o embalo
O mesmo assunto eu repito.
Mas vou pedir ao Deus vivo
Pra não ser repetitivo,
Fazendo um Cordel bonito!

Não tem milagre, acredito
Que evite essa foiçada.
Quando a morte vem já sabe
Sua rotina e morada...
Não erra de endereço,
Nem adianta adereço
Ser cara limpa ou pintada...
*
A morte é sempre a culpada
Por interromper a vida.
Seja a pessoa abastada
Ou totalmente falida...
Já eu acho a morte justa
E como ela não me assusta
Jamais chamo de bandida...
*
A morte é atribuída
A culpa, a dor e o estrago...
E na garagem de uma vida
Seu lugar é sempre vago.
-Não adianta tomar porre
Nem ficar sóbrio, pois morre,
Poliglota, mudo e gago...
*
Pra quem sofre é um afago
A passagem desta vida.
Por isso devemos ter
Uma vida bem vivida
E também nos preparar
Para quando ela chegar
Ter menos dor na partida!
*
Já que a vida me convida...
A morte não me assusta.
Com a fé que tenho em Deus
Não irei de forma injusta.
Dada pelo criador,
Não acho a morte um horror
Pois sei que a causa é justa!
*
Enquanto o cabra degusta
Uma boa refeição.
A morte fica a espreita
Num canto, de prontidão.
Só para dar o seu bote,
Feito cobra no caçote,
Mata com moderação!
*
Escape da morte então
E depois conte pra mim.
Se a morte é feia ou bonita,
Se ela boa ou ruim.
Se é antiquada ou moderna
Se ela é terna ou eterna,
Se é o inicio ou o fim...
*
O que nasce, cresce enfim
Ou morre na juventude.
O que cresce e morre idoso,
Faz plano e se ilude.
Nosso futuro é incerto,
Mas a morte é algo certo
Ninguém foge do ataúde...
*
A morte vende saúde,
Porque faz a reciclagem.
Trocando o velho em um novo
Aperfeiçoado a imagem.
E ainda tem um, porém
Pois os que vão pro além
Não reclamam da viagem...
*
Sem disfarce ou maquiagem
A morte vira do avesso
A vida de cada um
E cada um paga o preço
Que a morte vem e cobra,
Pagar é o que nos sobra,
Mesmo assim não esmoreço!
*
Eu ainda desconheço
Como evitá-la eu não sei.
E também nem me interessa
Porque sei que morrerei.
Enquanto eu puder viver,
Me preparo pra morrer
Sem desrespeitar a lei!
*
Para a morte não tem rei
Nem rainha e nem vassalo...
Ela é a justa justiça
Pune do sábio ao cavalo.
Por isso  é que sempre digo
Dela eu sou um grande amigo,
Mas não vou cantar de galo!
*
Muitos calam,eu não calo,
Dizendo que traz azar.
Faz sinal da cruz e bate
Na madeira pra isolar.
Para mim é só tolice
Com a morte não tem crendice
Que faça ela se ausentar!
*
Pra quem se suicidar,
Passaporte antecipado.
E quem comete este ato
Não passa de um abestado.
Pois devido a sua pressa
Foi cedo ao encontro dessa...
Quem manda ser apressado!
*
Só tem morte antecipado,
Quem comete o suicídio.
Com excesso em vícios lícitos,
Que também nos leva ao cídio.
Pois quem vive embriagado
Conduz a morte ao seu lado
E é preso ao próprio presídio!
*
Sendo em massa, é genocídio,
O nome que dão a morte.
Muda o nome, mas a dor,
É a mesma, e o mesmo corte.
Morre quem goste ou não gosta,
Com ela não tem aposta,
Nem azarado ou com sorte...
*
A morte é minha consorte
Já disse isto em outro verso.
Pra onde eu vou, ela vai,
Invisível no universo.
Quando eu gozo, ela delira
E quem achar que é mentira,
Pro o que digo ao inverso!
*
A morte é um barco imerso,
Sem leme e sem timão...
Mas o seu destino é certo
Sem erro e com precisão.
Acerta de ponta a ponta
Deixando a matéria tonta
Falida e tombada ao chão!
*
Mesmo assim a morte não
Me assunta ou mete medo...
No dia que ela vier
Vou é acordar mais cedo.
Para sair de mãos das
Andando pelas calçadas
E desvendar o seu segredo!
*
Fim.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Lembranças... Autor: Damião Metamorfose.

Foto extraída do Google
*

*
Eu lembro o café torrado
Num alguidar ou num caco.
Feito com água de pote
Depois coado num saco.
Adoçado com alfenim
Ou rapadura, é o fraco!
*
Um torno com um bisaco
De couro e um gibão...
Um arreio e um cabresto,
Para por no alazão
Ou num jegue e ir buscar
Água lá no cacimbão!
*
Milho pilado em pilão
Por duas moças bonitas.
Cabelos longos ao vento
Ou preso em laços de fitas
Lembro também dos forrós,
Pra balançar as cambitas...
*
Lembro eu tangendo as cabritas,
Com meu cavalo de pau.
Na minha infância inocente
Sem conhecer bem ou mau.
Hoje só resta lembrança
Daquele tempo... Babau!
*
São momentos que afinal
Não tem mais como esquecê-los.
Hoje com o pincel do tempo
Branqueando os meus cabelos.
A saudade a todo instante
Ataca-me sem apelos!
*
Lembro quando eu juntei selos
Quase que pedindo esmola...
Pra trocar num vale brinde
E depois em uma bola.
Foi tempo das vacas magras,
Mas a saudade me assola!
*
Lembro que fui pra escola
Na intenção de comer
A merenda, porém quando
Peguei gosto em aprender.
Fui o primeiro lugar
Três anos, por merecer...
*
Rico é quem podia ter
Lâmpada a bujão de gás.
-E as noites de cantoria,
Que hoje em dia não se faz
Iguais as de antigamente...
Quanta saudade me traz!
*
Há poucos tempos atrás
A gente se reunia.
Para debulhar feijão
Varias noites e fazia
O que hoje é um mutirão,
E esse nome eu nem sabia!
*
Tenho lembrança do dia
Que não vai voltar jamais.
Lembranças da juventude,
Dos meus irmãos e os meus pais...
Lembranças que vão e voltam
E o tempo não volta mais!
*
Mesmo com dias iguais,
A vida era divertida.
Por isso eu ainda lembro
Daquela vida sofrida.
Sem dinheiro e sem problemas,
Sem doença... Isso é que é vida!
*
O tempo passa com a lida
Mais veloz do que o vento...
E a mente registra tudo
Num canto do pensamento.
Dia a dia a gente lembra
Da vida em cada momento...
*
Lembro da escola e comento                                               
Tudo era diversão.
Um apelidava o outro
Pra fazer chateação...
E o meu apelido era:
Tão somente: gavião!
*
Lembro do velho fogão
A lenha todo engendrado.
Que eu subia encima dele
Devido o vento gelado.
Pra tomar café com bolo
De milho, bem caprichado!
*
Lembro o beiju bem salgado,
Feito no velho alguidar.
A vida era muito simples,
Mais simples era o meu lar.
Hoje distante de tudo
Lembro e não posso voltar!
*
Dá vontade de chorar
Só em lembrar a terrinha.
Ainda bem que saudade
Dói, mas é santa meizinha.
Pra lembrança não deixar
Que a gente seja mesquinha...
*
Lembro a humilde casinha
Que nasci e fui criado.
Na frente tinha o terreiro
Atrás tinha um roçado
De um lado tinha um açude
E uma mata do outro lado!
*
Lembro o juazeiro copado
Que tinha lá no oitão
Da casinha onde eu morava
Com pai, mãe e dois “irmão”
Tenho saudade de tudo
Que vivi lá no Sertão!
*
Eu lembro o Gonzagão
Que Asa branca era o hino.
Forró dos três do Nordeste
E do Trio Nordestino.
E o Forró no Varandão
Dancei quando era menino!
*
Lembro que não fui grã fino
Minha bola era de meia.
Com folhas de marmeleiro
E molambo ela era cheia.
Não pulava nem um metro
Do chão e era bem feia!
*
Lembro os dias na cadeia,
Onde eu tive que ficar
Trinta dias enjaulado,
Porque tive que pagar.
Uma conta sem dever...
Paguei sem ter que chorar!
*
Lembro quando eu vi o mar
Lindo em sua imensidão.
Fiquei pensando num canto
Qual fundura é o porão?
Só que o meu peito sangrava
Saudade, e ele não...
*
Na minha mente um telão,
Passa um filme detalhado.
Com roteiro e meking off
Tudo o que foi gravado.
Com fragmentos de vida
De codinome, passado!
*
Chegar da roça, suado,
E tomar banho de açude.
Brincar pulando de árvore,
Jogar bolinha de gude.
Eu lembro essa fase boa,
Pobre... Mas fiz o que pude!
*
Lembro a baladeira rude,
Com a liga toda emendada.
Eu saindo pra caçar,
Só que não matava nada...
Pois não matei nem o tempo
E essa saudade arretada!
*
Lembro eu indo à vaquejada,
Pisando no “lamaçal”
Sem um centavo no bolso
E era feliz, afinal.
Não tem dinheiro que pague
Minha época jovial!
*
Colher perto do curral,
Maxixes e melancia
Da praia para comer...
Quando era inverno eu colhia
Que saudade desse tempo
E das coisas que eu fazia!
*
Lembro bem aquele dia
Que arrumei a minha mala
E disse adeus aos meus pais
E irmãos tremendo a fala.
Posso até calar a boca,
Só que a saudade não cala!
*
Lembro o canto lá na sala
Onde eu armei minha rede.
De um lado ficava o pote,
Aonde eu matava a sede.
 O calor eu refrescava
Metendo o pé na parede!
*
Lembro do cadê e quede
Que usava pra perguntar
Onde estava alguma coisa...
E era Dito popular
Que passou, mas a saudade,
Essa insiste em não passar!
*
Por aqui vou terminar
Meu Cordel de nostalgia.
Pra quem leu pode ser triste,
Mas nem tudo é alegria.
Graças a Deus que os Poetas
Transformam-nas em poesia!
*
E quem sabe em outro dia
Volte a falar de lembrança.
Brincando coma inspiração,
Que em minha mente dança.
E descreva em outros versos,
O meu tempo de criança.
*
Fim.

sábado, 21 de janeiro de 2012

Morro cantando * Autor: Damião Metamorfose.











foto extraída do Google
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Eu espalho o meu canta em cada canto
Das metrópoles, dos sítios ou cidade...
Quanto mais canto mais sinto vontade,
Com o canto que canto eu me encanto.
Se o canto é quem afasta o meu pranto,
Vou cantando e o pranto eu vou afastar.
Não importa o cachê, quero é cantar,
Dia e noite, ao deitar e levantando...
Se for para morrer, morro cantando
Defendendo a cultura popular!

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Exagerando... * Autor: Damião Metamorfose.

Foto extraída do Google.

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Eu contei as estacas de uma cerca,
Viajando de carro a cem por hora.
Depois que fiz à conta, a soma exata 
Foi zero, zero vírgula, nove fora...  
 Sei que o calculo pode ser duvidoso,
Mas se alguém me chamar de mentiroso...
 Vou mandar contar tudo e é agora!

sábado, 14 de janeiro de 2012

Depois dos cinquenta * Autor: Damião Metamorfose.

Foto extraída do Google.
*

Começa caindo os dentes,
Cai e embranquece o cabelo,
Cai o tórax e o abdome,
Cai tudo... É um desmantelo.
o rendimento não flui,
A passada diminui...
-Exceto o que teve zelo!
*
Não adianta mais apelo
Depois de tantos estragos.
De cigarro ou outras drogas,
Da época de muitos tragos.
E a saudade do passado
Deixa o peito angustiado,
Com os pensamentos vagos!
*
Uns ficam cego, outros gagos,
Mais rabugento e cansado...
Olha pra mulher e geme,
Suspira e deita de lado.
E pra não pifar de tudo,
Tem em seu criado mudo
Viagra e algum controlado...
*
Não calculou no passado
As mazelas da velhice.
E abusou na juventude,
Com droga e qualquer burrice.
Adoeceu aos cinquenta
E hoje com mais de sessenta,
Só sobrou a rabugice!
*
Vive falando sandice,
Não faz mais o que quiser.
É cansado no trabalho,
Comedido com a mulher.
E o que diz: não troco a idade
Por dois que tem a metade...
Não mente, pois ninguém quer!
*
Não vai mais com quem vier
Só pega no empurrão.
Acabou a bateria,
Não tem mais freio de mão.
Quem foi fonte de prazer,
Não consegue mais fazer,
Acabou a diversão!
*
A carência e a solidão...
Atacam mais no idoso.
O jovem por ser astuto,
Mais enérgico e caviloso...
Esquece que ele vai ser
Um idoso, e envelhecer,
É saudável e é gostoso!
*
Afirmar é duvidoso,
Mas ao passar dos cinquenta.
Diminui as energias
Deixa a passada mais lenta.
Pra quem tem ou teve vícios,
A escada dos precipícios,
Não aguenta e arrebenta!
*
A espada que era sedenta
E preparada pra a guerra.
Já não é a mesma coisa,
Na bainha sempre emperra.
Não sei por que a infame
Só serve pra dar vexame
E apontar para a terra!
*
Quem não perdia uma perra,
Quem não perdoava nada,
Quem colecionava amores,
Quem vivia na balada...
Agora vive dormindo,
As dores o consumindo,
Não faz rir, é a piada!
*
Quando as falas conversada
Repetem-se a cada dia.
É o primeiro sinal
Que a velhice se inicia.
Pra evitar o prejuízo
Anote se for preciso
Senão só fala arisia...
*
Quem não juntou uma quantia
Tem na mente uma pergunta.
Por que eu não juntei nada
E tem mais jovem que ajunta?
Se o outro ajuntou dinheiro
Por que só juntei unheiro
E dor em tudo que é junta?
*
O velho se desconjunta
Com tanto (ite) e (ose)
Gastrite, otite, artrite...
Trombose, artrose, cirrose...
Quem gozou na mocidade,
Sofre a dor e a saudade
E a dura metamorfose!
*
E se sofrer uma trombose
Quase tudo se complica.
Todas as juntas ficar duras
Quando dobram ou quando estica.
A marcha é lenta e não vai,
O bordão é ui e ai...
Mais idade e pior fica!
*
A ciência não se explica
Por não achar uma cura.
Pra evitar a velhice
Quem pensar isso é loucura...
E se existisse... Eu garanto,
Que nem perguntavam quanto...
E era grande a procura!
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E os sintomas de brochura
Que na velhice é capaz.
Além da pouca saúde,
O cansaço e o pouco gás...
O cabra engata a primeira,
Pula a segunda e a terceira...
Cai na ré e vai pra traz!
*
Mas o cinquentão sagaz,
Quando tem carro importado
Ou nacional último tipo,
Dinheiro em banco e emprestado.
Aonde vai tem esquema...
-Se for pobre tem problema
E dor em tudo que é lado!
*
Velho ranzinza é intrigado
Com a vizinhança inteira.
Briga por causa da bola,
No quintal, na cumeeira...
Para se achar mais esperto
Dorme com um olho aberto
Pra ver tudo que é asneira!
*
Viúvo pensa besteira
De arrumar uma moça nova.
Usa uns perfumes tão fortes
Que nenhuma jovem aprova.
Diz que é bom e que é macho,
Mas logo se apaga o facho
E acaba indo pra cova!
*
Quem já passou pela prova
Dos sessenta em diante.
Sabe muito dessa vida
Do certinho ao mais errante.
Mas também tem o “velhaco”
Que já está só o caco
E é só um ignorante!
*
Tem um fato interessante,
Quando passa dos cinquenta.
O que é pra subir desce
E a pressão sempre aumenta.
A pressão arterial...
Porque o resto em geral
Nem a pau, é marcha lenta!
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Descambando dos sessenta,
Já dorme bem mais da conta.
Quanto mais dorme mais sente
Ressaca e a cabeça tonta.
E logo depois do almoçar,
Corre para desmaiar
Numa rede ou cama pronta!
*   
Coluna que se destronca,
Uma perna dura e manca.
Um braço atrofiado
Do coice de uma chibanca.
Depois dessa idade a gente,
Rói a vida sem ter dente,
Fecha a porta sem ter tranca...
*
Quarta e quinta botou banca
Emendou sexta e domingo...     
Agora não vai a rua
E não bebe nenhum pingo.
Não quer mais saber de farra,
Festa não vai nem na marra,
 Só falta agora ir pro bingo!
Raiva vira choramingo,
Ódio para de reinar.
O orgulho dá espaço
Para fé desabrochar.
A velhice é desse jeito,
Uns a vê como um defeito
Outros tende melhorar!
 * 
Tentar se recuperar,
Às vezes é uma piada...
Uns recorrem aos milagres
Da plástica, e não vale nada.
Pois fica lindo na hora,
E a mente manda pra fora
Uma alma enferrujada!
 *           
Nunca faça essa roubada,
“Tentar negar a existência”
 Ser velho é ter sido jovem,
É ter mais experiência...
Faça a sua diferença,
Velhice não é doença
E envelheça com ciência!
*
Jovens que não tem coerência
E chamam os pais de: quadrados.
Depois que atingem a idade
Do: “quase realizados”
Deitam-se numa poltrona
Levam uma vida cafona,
Moderados e antiquados...
*
Velhos sadios, sarados...
É difícil de encontrar.
Uns sofrem as marcas do tempo,
Outros são marcas de amar.
Essas marcas da idade
 É acumulo da saudade
Parceira em qualquer lugar!
*
Eu procuro aproveitar
Enquanto tiver saúde.
Se a saúde acabar
Lamento; fiz o que pude.
E que venha os sessenta,
Setenta, oitenta, noventa...
A queda e o ataúde!
*
Ganhe enquanto há juventude
Que a velhice é sem empate.
Ou se perde com os pontos
Ou o tempo dá nocaute.
Depois que tombar na lona
Qualquer enfeite é cafona
Sempre acaba em cheque mate...
*
Ao velho não desacate,
Respeite-o e trate-o bem.
Tire dele o de melhor,
Que experiência ele tem...
Ajude-o se for preciso
E escute esse meu aviso:
Breve és idoso também!
*
Fim.


sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Faça igual que eu quero ver! * Autor: Damião Metamorfose.



Foto extraída do Google
*

Eu não gosto de inventar
Muito menos em Cordel.
E por ser muito fiel
A verdade, eu vou contar.
Como não posso falar
O que tenho pra dizer.
Vou apenas escrever...
"Meu pai é o dono do mundo"
E eu não sou mais vagabundo,
Faça igual que eu quero ver!
*
Já comi mel de enxu,
Cupira e jandaira,
Mumbuca e tataíra,
Italiana e capuchu.
Também já comi nambu
E afirmo, é bom de comer.
Se for pra sobreviver
Eu devoro até barata.
Mato a fome e não me mata,
Faça igual que eu quero ver!
*
Fiz japonês africano,
Africano no Japão.
Sou bom nessa profissão
Faço um filho todo ano.
Se você faz só o plano
E não ver acontecer.
Eu faço a pança crescer
E se você duvidar...
Eu nunca vou te ensinar,
Faça igual que eu quero ver!
*
Mote do: Ed Garcia... Glosas de: Damião Metamorfose.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Vitória é a minha vitória, V * Autor: D. Metamorfose.









*
Seria maravilhoso
Realizar os meus planos
E sonhos com a minha amada,
Mas pra isso, sem enganos.
A gente precisaria
Viver uns quinhentos anos!
*
Não vivo mais de enganos
Depois que a encontrei.
Pois Ela é a realidade
E o amor que eu sonhei...
Não troco esse amor por nada
Vitória eu sempre te amei!
*
E o amor dela eu sei
Que é além da medida.
Tento devolver na mesma
Altura, a contra partida.
E assim nosso amor empata,
No tabuleiro da vida!
*
Vitória, a minha querida
Não é mulher de pilheria.
Nem regula o seu amor
Comigo, não tem miséria.
Morro dizendo: eu te amo,
Por tudo e por ser tao séria!
*
Vou gritar a toda artéria
Para falar desse amor.
Quero a cada dia mais
Aumenta em seu teor...
Em seus braços sou abelha
Buscando o necta da flor!
*
Eu não amo a Leonor,
Teresa, Josefa, Estela...
Nem a pobre e nem a rica,
Feia, mais ou menos, bela.
Eu só sei amar Vitória,
O meu amor é por Ela!
*
O que eu sinto por Ela
É amor que não se mede.
Não se implora, não se vende,
Não se rende e nem se pede.
É do tamanho do clima
No momento em que procede!
*
Quando eu não cedo, Ela cede
Se eu recuo Ela avança.
Ela é forte e me faz forte
E cheio de esperança.
Quando estou em seus braços,
Sou feliz igual criança.
*
Sem Ela eu recuso a dança
Mesmo estando acompanhado.
Com Ela eu sou completo,
Completo e bem equipado.
No chão me sinto nas nuvens,
Feliz por tê-la ao meu lado.
*
Sou feliz e realizado,
Não me canso de falar
Ela sabe o quanto a amo
Mesmo assim vou confessar.
Por Ela o meu coração
Bate, e não quer descansar!
*
Vitória sabe encaixar
Quando encosta-se a meu peito.
Transforma-me em um menino
Sonhador e satisfeito.
Dando risadas da vida
E achando o mundo perfeito!
*
Toda causa tem efeito...
Tenho aval para dizer.
Porque eu já paguei caro
E sofri ao te perder.
Hoje eu pago ao contrario
Pra tê-la e jamais sofrer!
*
Pode faltar ao meu ser,
A cama, o bom cobertor.
O riso para a piada,
O anestésico pra dor.
Falte tudo, só não falte,
Seus carinhos, meu amor!
*
Agradeço ao meu Senhor
Deus por ter esse presente.
Que ganhei ainda jovem
Porém fiquei tempo ausente.
E o hoje eu não sei viver
Sem Ela de corpo e mente...
*
Casta, fina, inteligente...
Assim é a minha Diva.
Com Ela eu estou seguro
Jamais me sinto a deriva.
E se eu for contar tudo
Posso ficar sem saliva!
*
O nosso amor não nos priva,
Leva-nos a liberdade.
E entre nós não vai faltar,
Companheirismo e amizade...
Vitória é a minha vitória,
Meu amor, minha verdade!
*
Fim.