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(Inspirado em “O Evangelho Segundo o Espiritismo” – Allan Kardec – Cap. 17, Item 3)
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O homem do bem é aquele
Que cumpre a Lei de Justiça,
De Amor e Caridade,
Com pureza e sem cobiça.
Interroga a consciência,
Dos seus atos tem ciência
E abomina a preguiça.
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Sua fé não é omissa,
Perdoa e pede perdão.
Acolhe, e nunca despreza,
Faz o bem por vocação.
Não visa apenas salário:
Pois, para ser voluntário,
Nunca perde ocasião.
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Deseja, pro seu irmão,
O que, para si, deseja.
Deposita a sua fé
Em Deus, e jamais almeja
Coisas fúteis ou banais,
Pois sabe que, ademais,
Deus quer assim... e assim seja!
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Não entrega de bandeja,
A fé que tem no futuro.
Não murmura contra as dores,
E nem se julga o mais puro.
Em seu Deus tem confiança,
Sacrifica a segurança,
Pra ver seu irmão seguro.
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Não tem sentimento impuro,
Em seu foco de visão.
Nos benefícios que espalha,
Encontra satisfação.
Primeiro impulso é pensar
Nos outros, e ajudar,
É generoso, em ação.
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O homem de bem é bom,
Humano e benevolente.
Sem ter distinção de raça,
Sexo, idade, ateu ou crente.
Respeita as convicções,
Porque, em suas pretensões,
Quer fazer o bem, somente.
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Ele é sempre indulgente,
Tem por guia a Caridade.
Jamais alimenta o ódio,
Nem rancor e nem maldade.
Faz tudo para evitar
O sofrimento ou causar
Qualquer contrariedade.
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É amigo da Verdade,
Não faz o mal e evita
Compactuar com a mentira,
Embora não se permita
Julgar aquele que a tem.
Só faz o bem pelo Bem,
Porque no Bem acredita.
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Quando ele ora, medita
Sua própria imperfeição.
Trabalha incessantemente,
E Deus lhe dá a condição
De lutar e combater
As imperfeições, e ser
Exemplo de bom cristão!
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Não valoriza o quinhão,
Como bens primordiais.
Dá mais valor ao espírito,
Que aos bens materiais.
Riqueza não lhe envaidece,
Pois só busca, em sua prece,
Valores espirituais.
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Se o ouro , o rei dos metais,
A ele for concedido,
Não o vê como um tesouro,
Que têm valor desmedido.
Usa a parte que convém
E aplica a outra no Bem,
Ajudando ao excluído.
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Jamais se sente abatido,
Procura ser radiante.
Se a ordem social,
Fez dele um homem importante,
Usa a sua autoridade,
Sem orgulho e sem vaidade:
Humilde, segue adiante!
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Não esmaga o semelhante,
Que ele tem, por subalterno.
Respeita, escuta e explica,
De um modo doce e fraterno.
Assim, seu subordinado
Nele vê um aliado
Que é justo, bondoso e terno!
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Quem respeita o Pai Eterno,
Ama o próximo também.
Vê, nas Leis da Natureza,
Que o mal não serve a ninguém.
É benevolente e justo
E se esforça, a qualquer custo,
Pra ser um Homem do Bem
*
(Fim)
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