quinta-feira, 31 de março de 2011

família Metamorfose...




(Eu sou aquela mulher que formou uma familia através da força do amor,
eu sou aquela mulher que gerou um filho lindo através do milagre da vida.
Eu sou principalmente aquela valente mulher que vive o plano mais lindo que Deus tem para cada ser humano, graças a minha coragem de renuncia...
e os planos de Deus nunca falha!)

quarta-feira, 30 de março de 2011

Sem nada a perdoar


Eu não vou fazer esforço
Pra te conquistar
Tenho varias qualidades
Que insiste em brilhar
Sei que uma delas
Há-de agradar.

Se causei alguma dor
Confesso que
Foi pura inconseqüência
Não foi por querer
Nunca tive a intenção
De lhe magoar .

Não sei se a vida é curta
Ou longa demais pra nós
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido se o amor
Não for permitido.

Se a paixão não for correspondida
E se o coração não bater
No mesmo ritmo
Eu retomo o meu caminho
Sem nada a declarar.

Mas se o sentimento
For verdadeiro
O amor nos reaproximará
Nasceremos de novo,
Um para o outro.

Cada dia de forma diferente.
Viveremos inesquecívelmente
Cada momento.
Sem nada a perdoar.


Vitória Moura

.

terça-feira, 29 de março de 2011

O perdão * Autor Damião Metamorfose.


*

Perdoar é um ato humilde, nobre, humano e cristão...

Porém quando existe a reincidência, é tão difícil o perdão!

*

Perdoar é um ato humano,

Humilde, nobre e cristão...

Porém quando é reincidente

O perdoado em questão.

Eu asseguro e dou fé,

Nesse caso eu sei que é

Difícil dá o perdão.

*

Uma, dez, cem, um milhão...

De vezes se precisar.

Ofereço a outra face,

A pessoa que errar.

Mas se for reincidência,

Eu afirmo sem demência,

Que é difícil perdoar!

*

Eu sei que é humano errar,

Pedir perdão é sublime.

Que dá o perdão é nobre,

E é forte quem se redime.

Mas se for reincidente,

Eu perdôo o repetente,

Mas não jogo mais no time.

*

Pedir perdão não é crime

Nem desonesto, nem feio,

Nem precisa se humilhar,

Se explicando a que veio.

Pra se redimir das culpas,

É igual pedir desculpas,

Não precisa ter rodeio...

*

Pecar é pegar no alheio,

Mentir, matar o “irmão”

Ter preconceito e orgulho,

Inveja, ódio, ambição,

Maldade, rancor, cobiça,

Ser escravo da preguiça,

É cometer traição...

*

Todos merecem o perdão,

Mas tem que ser consciente.

Quem erra e repete o erro,

Tá agindo friamente.

Pois o próprio Jesus, disse:

“Vá, não caia na mesmice

E não peque novamente “...

*

Por isso é que o reincidente,

Já faz tudo planejado.

Será por que acredita

Que é certo agir errado?

Ou é por acreditar,

Que vale a pena brincar

De errar e ser perdoado?

*

Perdoe-me se for pecado,

Essa é minha opinião.

Todo o mal que me causaram,

Há tempos dei o perdão.

Nenhum precisou pedir

E estão livres pra seguir

Com outro, comigo não!

*

Não sou de pegar na mão,

Receber com mesa posta.

Abraçar na despedida,

Depois trair pelas costa...

Não gosto de gente assim,

Se tu és, não venha a mim,

Procure outro que gosta.

*

Sei que o tempo tem resposta,

Pra tudo o que eu perguntar.

Porém nesse assunto eu não

Preciso ao tempo indagar.

Não sou de guardar rancor,

E o ódio, eu pago com amor,

Sem ter que me misturar.

*

Aprendendo a perdoar,

Libertei meu coração

Das algemas do pecado,

Egoísmo e ambição...

Me arrependi do que fiz

E hoje eu sou mais feliz,

Deus me livre da traição!

*

Vou seguir minha missão,

Procurando não errar.

Abrindo novos caminhos,

Pra que eu possa caminhar.

Sempre de cabeça erguida,

Fazendo valer a vida,

Sem precisar ser vulgar.

*

Deus me ensinou a amar,

Amar sem ter exceção.

Mostrou-me o lado bom,

Impondo ao meu coração.

A perdoar sem limites,

Ou implorar o perdão!

*

Fim.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Farmácia de Sertanejo * Autor: Damião Metamorfose.


*

Sou filho de Sertanejo,

Nasci no meio do mato.

No roçado, não fazenda.

Sou um cidadão pacato.

Enfrentei muitos percalços...

Criei-me de pés descalços,

Bebendo água em regato.

*

Sou um Nordestino nato,

Curto, grosso e sem emenda.

E como o meu pai não tinha

Dinheiro pra ir à venda.

Comia só o grosseiro

E o remédio era caseiro,

Espero que me entenda!

*

Tem quem pense que é lenda
Ou que é só invenção.
Mas essa realidade
Inda existe no Sertão.
Se procurar na natura,
Pra quase tudo tem cura
Só a morte é sem solução!

*

Um bom chá de cansanção,
Alivia apendicite.
Pepacunha e cumaru,
Cura defluxo e bronquite.
Cabaçinha é um veneno,
Mas com água e no sereno
Curou minha sinusite!

*

Bamburral cura gastrite

E é bom pra má digestão.

Erva cidreira pra insônia

E também pro coração.

Bardana é pra reumatismo

E pra curar raquitismo,

Arroz, jabá e feijão...

*

Já o dente de leão,

É um bom depurativo.

Catuaba é pra memória,

Mas segue o seu extensivo.

É um Tonico tão forte,

Que a morte não sendo a morte,

Levanta quem não tá vivo.

*

Alfazema é sedativo,

Arnica é pra contusão.

Alecrim cura o cansaço,

Alfavaca infecção.

Aroeira cicatriza,

Arruda regulariza

De vez a menstruação.

*

Rosa é bom pra depressão,

Mas é bom tomar cuidado.

Depressão é coisa séria,

Tenha o cuidado dobrado.

Depois de um bom medico é,

Um exercício de fé,

Deus é o médico indicado!

*

Sucupira é o indicado,
Para curar a ossada...
principalmente a coluna,

O reumatismo e pancada.

Põe com água na panela,
Quando está bem amarela,
bebe-se fria ou gelada.

*

Para a garganta inflamada
Romã é quem vem primeiro.
Água com limão e sal,
Também é um bom caseiro.
Romã: comer ou mascar,

Água e sal... Gargarejar,

Faça que sara ligeiro!

*

Para tirar um argueiro,
Três cuspidas de olho aberto
Sem piscar que ele sai
Do olho, mas fique esperto.
Pois se ele não sair,
É melhor se dirigir
Ao oculista mais perto.

*

O analgésico mais certo
Dipirona, a Novalgina.

Isso pra quem tem dinheiro

E usufrui da medicina.

E eu que morava em casebre,
Curava a minha febre
Com um chá de quina-quina.

*

O angico além da resina,

Que é gostosa pra mascar.

O xarope é eficaz

Na efizema pulmonar.

O óleo é fortificante,

Anestésico e expectorante...

E a pomada é pra sarar.

*

Pra curar falta de ar,

Genipapinho é primeira.

Jucurutu para a próstata,

Pinhão pra impingem e coceira.

Para quem vive estressado,

Mulungu é o indicado,

Na farmacinha caseira.

*

Marmeleiro ou marmeleira,

Cura quase cem por cento.

Diarreia ou câimbra de sangue

Ou um destemperamento.

Masque a casca ou faça um chá,

Remédio melhor não há

Pra isso, até o momento.

*

Pra quem tem prisão de “vento”

O tamarindo é primeira.

Pode-se fazer o suco

Ou comer a fruta inteira.

Pra quem gosta e se deleita,

Não abuse na receita,

Senão vai ter caganeira!

*

Sei que a flora brasileira

Tem muito a ser explorado.

Eu não citei um por cento,

Do que já foi encontrado.

Porém os que eu citei,

Quase todos eu usei

E alcancei bom resultado.

*

Se puder ser medicado

Por um especialista.

Sem ter que enfrentar filas...

Não ouça esse cordelista.

Mas se gosta da natura

E acredita na cura,

Pode seguir essa lista.

*

Fim.

Eu sei que é amor





Eu sei que é Amor
Quando eu sinto o teu toque
Quando me tomas em teus braços
Quando me aninhas
Sei que é Amor
Quando com ternura me acalma
Despindo tua alma.


Eu sei que é amor
Quando não me pede nada em troca
Subtraindo qualquer prova
Eu sei que é amor
Sei que cada palavra importa
Eu sei que é pra sempre
Ou enquanto durar


Eu sei que é Amor
Porque o Amor está aqui comigo
Mesmo que você tenha que partir
O amor não há de ir
É tão simples te amar...
Amar a tua própria simplicidade,
Amar a tua liberdade,
Amar o teu desejo de me dominar

É tão simples te sentir
É tão simples sentir este amor,
Sentir a emoção que ele me traz,
Sentir o prazer de querer mais,
Sentir a falta que ele me faz!
Esse amor está em mim
Mais vivo
E eu sei que é amor.

Vitória Moura

sábado, 26 de março de 2011

Só por Hoje..

Sei que hoje eu acordei mais velha..
O peso da responsabilidade hoje é maior que ontem
No meu caminho já não ando mais sozinha
E às vezes me sinto a deriva...


Já não planto, mas flores no deserto
O meu caminho precisa ser certo
Só por hoje eu não quero sonhar
Só por hoje eu não quero me apaixonar

Quero só chegada.. Sem partida
Quero ver o sorriso dos meus filhos
Quero voltar a ser criança
Quero só ver o mar..

Quero sentir areias sobre meus pés
Só por hoje..
Quero sentir a brisa
Quero ver a vida recomeçar
Quero sentir o sol me abraçar

Quero ficar assim.. Até o dia acabar
Dando lugar para a noite.
Que abre seu manto,
Bordado de estrelas.
Quero dormir...
E acordar...

Vitória Moura

quinta-feira, 24 de março de 2011

Estou de volta ao passado * Autor: Damião Metamorfose.


*

Tem nordestino que encobre,
Seu passado na terrinha.
Eu conto com muito orgulho,
O que eu tinha ou não tinha.
E até sinto saudades,
Daquela humilde vidinha!

*

Futuro? Eu nem sei se eu tinha,
porque eu vivia o presente.
Tomando banho de açude
Bebendo água fria ou quente.
E só me preocupava
Com minha vida somente.

*

Fui visitar minha gente
E o lugar onde eu morava.
Só vi um monte de barro,
No lugar que a casa estava.
Cortaram até as árvores
Que eu subia e brincava...

*

Em minha mente passava,
Como se fosse uma tela.
Um filme da minha infância,

Que foi a fase mais bela.

Morando naquela casa,

Com minha vida singela.

*

Caminhei por cima dela,
Fui ao canto onde eu dormia.
Parei para contemplar
E senti a nostalgia
Dizendo: seja bem vindo
A quem já foi casa um dia!

*

No coração a sangria

Como se fosse uma faca

Enfiada no meu peito,

Deixando a matéria fraca.

As pernas ficando bambas,

A visão ficando opaca.

*

Vi um ninho de casaca
Encima do juazeiro.
Andei onde no meu tempo,
Era o curral e o chiqueiro.
Procurei, mas na achei
O canto que era o poleiro.

*

Ainda senti o cheiro
Da fumaça do fogão.
E das flores que nasciam
Nas biqueiras do oitão.
O tempo destruiu tudo,
Só tinha uns pés de pinhão...

*

Na minha imaginação,
Escutei mamãe falar.
Damião tome o seu banho...
Que é hora de almoçar.
E o dos que foram pra roça,
É você quem vai levar!

*

Fiquei num canto a olhar,
Mastiguei o meu presente.
Olhei para o meu passado
E o futuro em minha frente.
Dizendo: zele as raízes,
Elas que te fazem gente!

*

Também veio em minha mente,

O que mamãe disse um dia.
Que eu podia ter o mundo,
Dinheiro em alta quantia...
que não pagava a saudade
Da casinha que eu vivia!

*

Sentei na parte mais fria
Da sombra da cajarana.
Bem onde era a moenda
De um moedor de cana.
E a cerca que eu pulava
Coberta de getirana...

*

Ali eu vivi sem grana,

Sem inveja e ambição,

Andando quase desnudo,

Correndo de pé no chão.

Sem a maldade em meu peito,

Sem sonho e sem ilusão...

*

O velho pé de pinhão
Que eu vi ao ser plantado.
Resistiu secas e invernos,
Depois de abandonado,
Morreu deixando as sementes
e hoje está multiplicado.

*

Hoje um mourão foi fincado
No canto que era a sala.
No local que era o paiol,
Só tem entulho na vala.
E eu não encontrei o canto
Que eu guardava a minha mala.

*

Eu quase perdi a fala,
Pois também não encontrei

O torno que eu armava

A rede que me deitei.

O tempo destruiu tudo

Ou fui eu que demorei?

*

A casa que me criei
Sucumbiu no abandono.
Telhas quebradas com lodo
Pretas da cor de um carbono.
Esse é o retrato falado
Do lugar que não tem dono.

*

Ali eu fui rei sem trono
E brincava o dia inteiro.
Com meu cavalo de pau
Correndo pelo terreiro.
Ou subindo em arvoredos
inté mesmo em juazeiro!

*

Não vi mais nem o barreiro,
Só barro e cacos de telhas.
Perguntei: qual o motivo?
Já franzindo as sobrancelhas.
Disseram que era por que,
Moravam cobras e abelhas!

*

Pastavam vacas e ovelhas,

Onde foi a minha lida.
Não aceito explicações,
Por ela ser demolida.
Porque ela é uma página
Do livro da minha vida.

*

Fiquei de testa franzida,
Lembrando da criançada.
Que vinham brincar comigo,
Balançando na latada.
Nem a latada escapou...
No seu lugar não tem nada!

*

Essa lembrança malvada

Invadiu a minha mente.

Meu passado foi difícil,

Bem mais que o meu presente.

Mesmo assim sinto saudade

Daquela vida inocente!

*

Tenho que seguir em frente

Com o peito magoado.

E com as imagens que vi

No lugar que fui criado.

Escrevi esse Cordel,

Estou de volta ao passado.

*

Fim.

segunda-feira, 21 de março de 2011

As três chaves mágicas que abrem as portas do mundo * Autor: Damião Metamorfose.


*
Sempre que busco meu estro,
E a presença se faz jus.
Transformo a sua mensagem,
Como um espírito de luz.
E embarco nessa viagem,
Aonde ele me conduz...
*
Então eu peço a Jesus,
Que é o maior menestrel.
Para transpor as idéias,
Da mente para o papel.
Letra a letra, frase a frase,
Transformando-a em um cordel.
*
Hoje em meu leito fiel,
Na intenção de descansar.
Tentei contar carneirinhos,
Até mudei de lugar.
Nem no embalo da rede,
Eu consegui relaxar.
*
Comecei a rabiscar,
Usando da boa crença.
Um Cordel sobre as três chaves,
Que a educação não dispensa.
Elas se chamam: obrigado,
Por favor, e com licença.
*
Em qualquer ordem ou sentença,
Do nosso cotidiano.
Resolvem qualquer problema,
Do simples ao mais profano.
E vencem a burocracia,
Do humilde ao soberano.
*
Servem pra qualquer humano,
Sendo ou não civilizado.
Quem usa sempre essas chaves,

Vai ver que o resultado.

É um mundo sem fronteiras

Pronto pra ser explorado.
*
Usando sempre o obrigado,

Com licença e, por favor.
Pode ser um pé rachado
Ou ter anel de doutor
De fome e sede no mundo
Não morre não, meu senhor!
*
Esteja indo onde for,
Se não tem posse ou dinheiro.
É só ajudar ao próximo,
Provando ser bom parceiro.
E não rejeitar trabalho,
Seja suave ou grosseiro.

*

Não seja um alcoviteiro,
Faça boa vizinhança.
Respeite o ancião,
A senhora e a criança.
Que não tarda a sua casa,
Terá respaldo e bonança...
*
Tenha fé e esperança,
E lute o necessário.
Se você for esquecido,
Use agenda ou calendário.
E aquelas palavras mágicas,
No fim rendem um bom salário.
*
Respeite sempre o horário,
Demonstre ter competência.
Não atire em dois alvos,
Use sempre a inteligência.
Aprenda a esperar,
Procure ter transparência.
*

Tenha sempre consciência,

Que a dor, só causa dores.

Que orgulho e vaidade,

Também trazem dissabores.

E que o sonho a prestação,

Tem seus saldos devedores.

*
Use o banco dos favores,
Procure não abusar.
Mantenha-o sempre no verde,
Porém quando precisar.
Use bem essas três chaves,
Que é melhor do que mandar!
*
Origens, é bom guardar,
Evite ser prepotente.
Se precisar use o braço,
Mas não esqueça que a mente.
E essas três palavras mágicas,
Serão sempre um passo a frente.
*
Quem ama a Deus simplesmente,
Tem a fé que move a serra.
O olhar no horizonte,
Ama a paz, diz: não a guerra.
E sabe que colhe o fruto,
O que semeou a terra.
*
Na vida nada se encerra,
Tudo tem sua função.
Não devemos condenar,
Movidos pela emoção.
E é bem melhor perdoar,
Do que pedir o perdão.
*
Quem planta espinhos no chão,
Jamais colherá um fruto.
Se o céu é para os mansos,
Evite ao máximo ser bruto.
Pois esse branco da paz,
Também se usa no luto.

*

Não faça em absoluto,
Nada, pensando em maldade.
Porque no futuro volta,
Com peso e velocidade.
Lembre-se: quem planta vento,
Só vai colher tempestade.
*
Mentir sem necessidade,
Além de uma emboscada.
Quando a verdade aparece,
Destrói a sua fachada.
Você perde tempo e credito...
E até a pessoa amada.
*
Se não pode fazer nada,
Por favor, não atrapalha.
Evite brincar com fogo,
Se o seu teto for de palha.
Quem faz o fio da lamina,
Não vai brincar com navalha.
*
Se a ambição te empalha,

Descarte-a do coração.
Queira o melhor pra você,
Mas não pise em seu irmão.
Procure sempre sonhar,
Sem tirar os pés no chão.
*
Peça a Deus em contrição,
E agradeça o que já tem.
Não tenha inveja dos outros,
Ame ao próximo faça o bem.
E se não pode ter mil,
Fique contente com cem.
*
Faça a sua casa bem
firme, não sobre a areia.
Não prepare o seu almoço,
Preocupado com a ceia.
Cuidado! Quem diz: que ama...
Não demora e diz que odeia.
*
Mude de casa ou aldeia,
Se precisar, mude a crença.
E nunca traga pro quarto,
Velharias da dispensa.
Quem fala pouco, escuta,
Quem não escuta, não pensa.
*

Quem procura desavença,

Um dia acaba em ruína.

Todos têm o livre arbítrio,

Pra mudar a própria sina.

E o professor da vida

Todo dia nos ensina...

*
O meu espaço termina
Aonde o seu começa.
Mas se eu for educado,
E não abusar da pressa.
Eu posso quebrar grilhões,

Virar o mundo a avessa.

*

Conseguir o que interessa,
Respeitar ser respeitado.
Frequentar as altas rodas,
Sempre como convidado.
Só usando o com licença,
Por favor, e obrigado.
*
Por isso digo obrigado,
Pela falta de carinho,
Frieza e insensatez,
Comportamento mesquinho.
E obrigado pelas pedras
Que existem em meu caminho.
*
Pelo pão e pelo vinho,
Pelas noites ao relento.
Foram só noites difíceis,
Com direito a chuva e o vento.
Que guardo no meu currículo,
Sem nenhum ressentimento.
*
Por todo o meu sofrimento,
No meu mundinho isolado.
A quem passou e não viu,
O meu pranto derramado.
Pela falta de visão,
Eu também digo: obrigado!
*
Pela falta de cuidado,
Quando eu mais precisei.
Pela sua hipocrisia,
Que pra que serve eu nem sei.
Quando sua hora chegar,
Não me culpe,eu te avisei...
*
Hoje ser feliz é lei,
O meu pranto foi cessado.
Mas as vezes que eu tentei

Acertar, fazendo errado.
Impedem que eu cometa,
Velhos erros do passado.

*

Quando eu falei do passado,
Referi-me ao presente.
E ao falar dos espinhos,
Queria dizer semente.
A lagrima é lagrima mesmo,
Meu palato ainda sente.
*
Se eu colher trigo somente,
É porque eu plantei trigos.
Se tenho amigo é porque,

Não sei fazer inimigos.
Se estou limpo eu já paguei

A divida, com os meus castigos.
*
Agora caros amigos
e o meu querido leitor.
Agradeço a atenção!
Por esse humilde escritor.
E sem mudar de assunto,
Falarei do, por favor.
*
Do analfabeto ao doutor,
Usando com precisão.
Para o transito e apazigua
Até uma multidão.
Mas use na hora certa
E sempre com educação.
*

Se conselho fosse pão,
Ninguém te dava, vendia.
É melhor andar sozinho,
Do que em má companhia.
Mas os toques que te dei,
Guarde-os que terão valia!

*

Nem sempre o que mais corria,
É o que chega primeiro.
Aquele que mira um alvo
E dar um tiro certeiro.
Aquilo que quer consegue,
Basta só ser verdadeiro.
*
Usei dito costumeiro,
Pra falar do, por favor.
Espero que eles sirvam
De tijolos pro leitor.
E aplicados um a um,
Facilitem o seu labor.
*
E sem mudar o teor,
Seguindo no mesmo tema...
De outra palavra mágica,
Que faz parte do sistema.
Citarei o com licença,
Outra chave do problema.
*
Com licença, em meu poema,
Somam dez letras somente.
Para qualquer comentário,
Tira obstáculos da frente.
E abre tantos caminhos...
Se duvida, experimente!
*
Faça o teste, ao menos tente,
No meio da multidão.
Vá dizendo com licença,
Sempre com educação.
Que o caminho fica livre,
Sem sequer um empurrão.
*
Mas hoje as pessoas não
Conseguem ser educadas.
Preferem usar a força,
Riquezas acumuladas.
Esquecendo a gentileza,
E as formas mais delicadas...
*
Quem leu as chaves citadas,
Passe a frente essa mensagem.
Ou pratique todo dia,
Não pense que é bobagem.
E mostre que veio ao mundo,
Mas não perdeu a viagem.

*

Se é de outra linhagem,
Vaidoso ou insensato,
Pobre sem eira nem beira,
Ou burguês de fino trato.
Use essas palavras mágicas,
Ganhe tempo e seja exato.
*
Não procure dá maltrato,
Porque tudo é bumerangue.
A água que evapora,
Sempre retorna pro mangue.
E a lágrima cristalina,
Tem sempre um gosto de sangue.
*
Tenha calma, não se zangue,
E ajude ao seu semelhante.
Procure ser sempre humilde,
Deixe essa pose arrogante.
Seja honesto e verdadeiro...
Isso é bem mais importante.
*
A vida é mais triunfante

E bem menos complicada.
Se as pessoas agissem
De forma civilizada.
E quando ajudassem alguém
Em troca pedissem nada.
*
Mas na pratica aplicada,
Não usam de educação.
Seja classe media ou baixa
Ou a de alto escalão.
Em vez de pedir licença,
Abrem alas no empurrão!
*
Com licença meu irmão,
Por favor, fique a vontade.
Obrigado volte sempre,
Que tiver necessidade.
Essas frases abrem portas
Para toda a humanidade.
*
D-esde a antiga idade,
A-té hoje é assim.
M-uitos esquecem as chaves,
I-sso é um sinal ruim.
A-gora amigo leitor,
O cordel chegou ao fim.
*
Fim.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Te vejo nos meus versos...


*
Vejo-te em meus versos
Explorado por minhas emoções
Minha malícia eu não escondo,
Nem guardo em segredo
Essa doce ilusão.

És minha rima perfeita
És poema que canta a paixão
Que aflora em meu peito
Nos verso que chora,
Amor e devoção.

O amor que te trago
Está em mim tatuado
ignorando a solidão,
Mas nas horas incertas,
A saudade aperta
Me deixando na contra-mão

Sabendo que não vens.
Intensifico meus versos,
Desenho teu regresso
Nas linhas de minha expressão,
E reforçando as amarras,
Amarro tuas garras
Sangrando meu coração.

Teus versos estiveram sempre
Em meu destino,
cruzam meu caminho
Brilhando no horizonte
De minha imaginação,

E os frutos do nosso amor
È paixão que alucina,
que buscam a utopia
da ressurreição.

Vitória Sena

quinta-feira, 17 de março de 2011

O homem, o mar e uma lição de vida * Autor: Damião Metamorfose.


*

Em uma praia distante,

Num lugar pouco habitado.

Morava um jovem senhor,

Praticamente isolado.

Que aprendera muito cedo,

A entrar no mar sem medo,

Pra ir pescar seu pescado.

*

Pra mantê-lo preservado,

Pescava um peixe por dia.

Sempre no tamanho exato

Da refeição que fazia.

Nunca se desesperava,

Se demorasse esperava,

Se sobrasse, devolvia.

*

Nas horas vaga saia

Pela costa caminhando.

Lixo ou entulho que o mar

Devolvesse, ia catando,

Jogando-os longe das praias.

Crustáceos, peixes e arraias...

Encalhado, ia salvando.

*

Quem a via conversando,

Cantando ou rindo sozinho.

Pensava que ele era louco,

Chamava-o de coitadinho.

E ele em sã consciência,

Cuidava com paciência

Do mar, com muito carinho.

*

No povoado vizinho

Tinha, um grande empresário,

No ramo da pescaria,

Que ofereceu um salário

Alto, pra ele ir pescar,

Mas ele disse: que o mar

Era um sacro santuário!

*

Pra não chamá-lo de otário,

O chefão da pescaria.

Usou de toda artimanha

E astucia que ele sabia.

Para tentar convencê-lo,

Por último fez um apelo,

Testando a sabedoria.

*

Tu pega um peixe por dia?

E o rapaz respondeu: sim.

Por que não dois três ou mil?

Porque um já dá pra mim.

Por que não vende o pescado

E com o dinheiro apurado,

Fica rico igual a mim?

*

Porque eu não penso assim

E quero o mar preservado.

Nisso o empresário disse:

Você é um caso isolado.

Já pensou como vai ser,

Depois que envelhecer,

Pobre, doente e cansado?

*

Continuou afobado:

Pense mais no seu futuro!

Acha que comer um peixe

E respirar esse ar puro.

Ter uma velha jangada

E essa roupa esfarrapada,

Vai lhe render algum juro?

*

Vem comigo, é mais seguro,

Dobro o que foi ofertado.

E o rapaz interrompeu

Em um tom bem moderado.

Se quiser me convencer

Diga o que é que eu vou fazer,

Com o dinheiro acumulado?

*

Por um instante calado

O empresário ficou.

Coçou a cabeça e disse:

Só isso me perguntou?

Então se eu explicar

Você vai me acompanhar?

-Convença-me que eu vou!

*

O empresário começou

A explicar bem detalhado.

O que devia fazer

Com o dinheiro acumulado.

Se não fosse convencendo,

O rapaz ia dizendo,

Porque não tinha aceitado.

*

Comprar um barco importado,

Ele: eu prefiro a jangada.

Uma rede nova e boa,

Prefiro essa remendada.

Sapatos, camisa e terno,

Um guarda roupa moderno...

Sou mais essa esfarrapada.

*

Casa boa pra morada,

Gosto mais dessa cabana.

Mulheres, muitas mulheres...

Essa minha não me engana.

Festa noticia em jornais,

Com uísque e muito mais...

Não senhor! Só bebo cana.

*

Então você guarda a grana,

No banco e com garantia.

Gasta quando estiver velho,

Vai ser bem feliz, sabia?

E o rapaz sem aceitar

Disse: por que esperar

Se eu sou feliz todo dia?

*

Viver com sabedoria,

Não depende do dinheiro.

Eu sou feliz com um peixe,

Não quero um cardume inteiro.

A minha felicidade

Depende da liberdade

E esse mar como parceiro!

*

Pode ir meu companheiro,

Mas não esqueça o aviso.

Pode guardar seu dinheiro,

Porque dele eu não preciso.

Guardar dinheiro é bobagem,

Quem só quer levar vantagens

Amanhã tem prejuízo.

*

O homem meio indeciso,

Se foi e não entendeu.

Mas espero que você

Entenda tudo o que leu.

Felicidade é viver,

Ser livre, amar e poder

Dizer que a vida valeu!

*

Fim.