sábado, 30 de abril de 2011

Recomeçando...


Revendo toda minha história
Senti uma enorme fome de mudanças,
A coragem presenteou-me
Com um novo despertar,
Rasguei velhas normas
Poli os aranhões das andanças,
Alguns minutos de puro amor
Somando todos os sentimentos
Com muita esperança.

Sei que estou numa
Nova fase da vida.
Nela depositei muito amor
E uma carga de esperança renovada.
Estou respirando uma possível vitória.
Sentimento de euforia me envolve,
Invadindo-me por inteira.
Minha alma é só alegria!

Para os meus inimigos minha admiração.
Para os amigos minha estima
E eterna gratidão,
Para pessoas especiais
Estou doando meu coração,
Estou vivendo e vivendo e vivendo...
Escrevendo e declamando.
Estou numa fase positiva.
De aurora renascida
De energia carregada,

Nesta nova fase início escrevendo...
Estou muito feliz
Até o momento de chorar,
E no dia seguinte
Devo lembrar
Que a hora è de recomeçar,
Estou vivendo cada dia
Como se fosse o último
Dando a essa nova etapa
Mais uma oportunidade de fazer
De viver! De esquecer...

Hoje sinto algo novo
Começou a chover
E a água que caí
Me traz boas lembranças
Fiquei sete minutos na chuva
Pra muita gente é pouco tempo
Mas pra mim
Foi um tempo inesquecível

Entre os desacertos eu renasço
E o desejo avança
Do nada me refaço ,
Mesmo que venha a chorar
O vazio de alegria se preenche
E a alma se lança,

E assim vou buscando
Tudo aquilo que a vida
Ousou a roubar-me
Tenho esperança!
Deixo a porta sempre aberta
Para o recomeçar.

Vitória Moura

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Pra que matuto quer celular? * Autor: Damião Metamorfose.


*

Moro no meio do mato,

Em uma grota da serra.

Como o que colho da terra,

Sou um matuto de fato.

Mas dei uma de gaiato,

E inventei de comprar.

Um invento espetacular,

Que promete o mundo em casa.

Mas o peste só me atrasa...

Escute o que vou contar!

*

Eu comprei um celular,

Que tem câmera digital.

Display tridimensional,

Que chega a encandear.

Na hora de carregar

A bateria arreada.

Passa um dia na tomada

E mesmo assim não carrega.

Sem bateria, não pega,

Com, não faz uma chamada.

*

Mais parece uma piada,

O celular que eu comprei

E que ainda não usei

Da forma mais adequada.

À noite a luz apagada

Ou se a energia acabar.

Ele pode me ajudar,

Porque tem uma luzinha

Clareia a casa todinha...

Só não serve pra falar!

*

Tento encontrar um lugar,

Pra ter sinal na antena.

Senão nem com a gangrena

Vai ter linha pra eu ligar.

Outro dia eu fui filmar,

Com a câmera que ele tem.

Na hora foi tudo bem

E eu pensei, vai ficar bom.

Mas depois ficou sem som

E não mostrava ninguém!

*

O meu celular também

Tem rádio e mp3.

Liga-se um de cada vez,

Difícil é ouvir alguém.

A voz: parece do além

Ou de outra dimensão.

E a sua televisão,

Três polegadas, de plasma.

Só tem chiado e fantasma,

Imagem que bom, tem não!

*

Tem dois chips e um cartão

De memória, com dez mega.

Mas o infeliz não pega

Nem com a reza do cão.

Quando eu faço a ligação,

Ele começa a chiar.

Na hora que eu me enfezar

Eu vou quebrar esse puto.

E saber por que matuto,

Cisma de ter celular.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Uns segundos de prazer * Autor: Damião Metamorfose.

(Foto extraída do Google,)

*

Eu cresci vendo os meus pais

Cheirar rapé e fumar

Cachimbo e também mascar

Fumo, e, os achava normais.

Esses vícios são mortais,

Mas na minha meninice.

Eu fiz tudo que é doidice,

Pra hoje poder dizer:

São segundos de prazer,

Pra sofrer mais na velhice!

*

Se a minha mãe me visse

Fumando, nada dizia.

Meu pai fazia e acendia

Pra mim, veja a maluquice.

Todos achavam tolice,

Ter outro comportamento.

Só que hoje, nesse momento,

Deixei, não quero saber.

De uns segundos de prazer

E uma vida em sofrimento!

*

Não estou mais cem por cento,

Mas vou me recuperar

Foi difícil, pra parar

De jogar fumaça ao vento.

Ter saúde é o meu intento

Isso supera a vontade.

E que se dane a saudade,

Desse maldito lazer.

E os segundos de prazer

Que roubaram a mocidade!

*

Quando eu tiver mais idade

Vou pagar por esse vicio.

Sorte se esse estropício

Não me roubar à metade.

Com muita força e vontade,

Eu encontrei a saída.

Consegui mudar de vida,

Se Deus quiser vou vencer.

Os segundos de prazer

Pra ganhar uma sobrevida!

sábado, 23 de abril de 2011

Damião Metamorfose...


*

Ele foi perseguido pela fome

Que cobiçava suas venturas,

Mas seu sonho prosseguia

Ganhando altura,

Num vôo solo, num vôo único,

Abrindo as asas com tal bravura.

*

Como uma águia voou bem alto...

E nesse vôo inusitado

Desfez barreiras, criou seu mundo,

Driblando dores em céus nublados,

Sem vacilar nem um segundo.

*

Nunca temeu a tempestade,

Seguir os sonhos era seu fim,

Jamais perdeu a majestade,

Feito Rei seguia assim,

Ao não da vida, dizia sim!

*

E quando o tempo se fez presente

Pesando o corpo, marcando a alma,

Baixou o vôo com muita calma,

Jorrou dos olhos gotas de lagrima,

Em fogo ardente, sobre um carvalho,

Jogou seu corpo em arremesso,

Voltou das cinzas, num recomeço.

*

Hoje ele vive pelo

Mundo desbravando almas

A afagando as feridas,

Resgatando a calma,

Construindo pontes

Sobre os abismos

Por onde passa

Como um peregrino,

Ele é Homem e menino,

Sua marca registrada

*

E tua palavra

É bálsamo que alivia,

A fala de quem cala

O que está a sufocar,

Ao revelar o que é belo,

Tudo o que há de sincero...

Que todo tempo é o de amar!

*

È Poeta que canta as dores,

Encanta os amores...

És das cores, o matiz...

És o sábio e o aprendiz!

Tua alma imaculada

Morre e nasce a cada dia

Permanecendo imortalizada

Em tua poesia!

***

Eu Te Amo...

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Adelaide...

(Imagem extraída do Google)


Por tantos lugares ela andou,
Tentando achá-lo e não encontrou.
Só ela sabe o quanto desejou.

Sonhou com o amor verdadeiro.
Com as dúvidas esclarecidas.
Com os sentimentos mais explícitos.
Onde o medo não existe.
E a fantasia é pura magia.
E assim foi a sua trajectória

Tudo que ela queria...
Foi muito além das expectativas.
Foi muito mais que emoção e comoção,
Foi transposto em seu coração.
O amor em sua maior explosão

Por tantos lugares ela procurou
Queria tanto localiza-lo
Apenas com Jossias um pouco estar
O que lhe restava era só solidão,
Tudo parecia ser em vão.

Se não fosse aquele amor
Suas forças teriam acabado,
Nada mais faria sentido.
A esperança teria escapado
E a vida em desatino.

Por fim, ela O encontrou,
E mudou a sua simples vida.
Tudo que era apenas ferida,
Por um passe de mágica cicatrizou.

Ainda me lembro da flor
Que ao lado do seu amor
Adelaide deixou
Eles viveram na eternidade.
E assim foi o seu caminhar
Sem mapa, sem rumo,
Contando com as lembranças
Guiada apenas por mas um encontro.

Vitória Moura

quinta-feira, 21 de abril de 2011

A cura pra solidão * Autor: Damião Metamorfose.


*

Eu não entendo por que

Parte da população.

Deixam de morar no Sitio,

Com medo da solidão.

Sabendo que na cidade

Não tem paz nem qualidade

De vida pra o cidadão.

*

Seja em casebre ou mansão,

Apartamento ou sobrado.

Quem era livre no campo,

Passa a viver enjaulado.

Mora em meio a tanta gente,

Vizinho ao lado e na frente

E continua isolado.

*

Isso me deixa intrigado,

Pois quem procura carinho.

E deixa o Sitio por que

Tem medo de ser sozinho.

Tranca a alma e o coração,

Nega um aperto de mão

Ou um abraço em seu vizinho?

*

Para mim é ser mesquinho,

Pois quem teme a solidão.

Usa as armas da amizade,

Tem Deus como proteção.

E abre as portas do peito

Para o encaixe perfeito

Do amor em seu coração.

*

Mas quem nega a compaixão,

Amor, solidariedade...

O prazer de um: Bom dia!

As delicias da amizade.

Pra viver se escondendo,

Será que está sabendo

O que é solidão de verdade?

*

Porque eu moro na cidade

E zelo cada vizinho.

Sempre abraço ou cumprimento

Quem encontro em meu caminho.

Todo dia eu faço amigo

E nem que eu queira, eu consigo

Ficar um dia sozinho!

*

E sonho com um cantinho

No Sitio, dentro do mato.

Onde exista muito verde

E água limpa no regato.

Longe da poluição,

Violência, e, a “escravidão”

Da gravata e do sapato...

*

Então aceite esse fato

E pare de ser sozinho.

Dê um bom dia! Pro mundo,

Abrace e beije o “vizinho”

Tenha Deus no coração,

Livre-se da solidão,

Dê e receba carinho!

*

Fim.

terça-feira, 19 de abril de 2011

O Amor...

(Imagem extraido do Google)

Ouvir dizer que o amor
Vai além da razão
Que o amor é só pra ser feliz,
Que o amor é angústia
Em dias de paz,
É Prazer e dor ,

É dor que dói sem sentir
É um ganhar...
Sem querer perder,
É querer estar preso Por vontade;
Não dá pra se medir.
Está sempre além do bem e do mal.

É eu quero é morrer
De amor e continuar vivendo
Eu quero amar demais
Amar, e mais amar,
Depois de ter amado.
Quero amar
Sem poupar coração ,
Porque o amor foge
De qualquer explicação ,

Eu quero amor e sua paz .
Porque amar só satisfaz.
O amor é uma fonte inesgotável .
É eterno, e pode ser modificado.
Mas nunca será mudado.
O amor é bem fácil achar..
Difícil.. Mesmo “É saber amar...”

Ele é vasto como o universo
Mas, para os que amam,
Ele é eterno...
Qualquer maneira de amor
Vale a pena,
Qualquer maneira de amor
Vale amar...

Ele pode machucar
Mas é a única forma de se amar,
Pra mim ele se refaz.
Se parece com a paixão
É vai além da explosão.

Eu posso dizer que sei o que é ter
Um amor de verdade
Amor assim como o meu
Eu sei que é pra sempre
É para eternidade.


Vitória Moura

domingo, 17 de abril de 2011

A senha * Autor: Damião Metamorfose.


*

Nosso amor não tem grilhões nem amarras,

Um é preso ao outro por amor.

E o assedio não tem código de barras,

Nosso coito não tem gritos de dor.

*

Eu te agarro e te sugo a fina flor

Rejeição não existe em nossos toques.

E as voltagens dos toques não dão choques,

Dão mais êxtase, no ápice, mais calor...

*

Não se sabe se o fim é o começo

Ou o fim do começo pelo avesso

E em silêncio um diz: vem e o outro... Venha.

*

Nesse vai e vem, nós vamos em frente,

Ontem, hoje, amanhã, eternamente...

Somos feito um pro outro, essa é a senha.

sábado, 16 de abril de 2011

Faceiro...


Adoro quando
Chega sorridente
Cheio de malícia
Me pedindo pra ficar,

Com esse jeito malandro
Tira-me a noção,
Do raciocínio lógico,
Levando-me
À incompreensão,

Eu totalmente perdida
Viro logo uma bandida
Me entrego
Ao teu instinto animal,

tua atitude atrevida
tua sensualidade agressiva
transcende oque é real...

Meu corpo á queimar
De desejo,
Quero logo um beijo,
E entre quatro parede
Lhe peço logo pra ficar,

Você vem todo faceiro
Com esse seu charme
Querendo me provocar,

Faz-me arder no teu fogo
Tira toda minha força
E meu néctar de amar...

Sacia minha sede
Sei que sou tua vítima
Estou Perdida
No vapor deste abismo

Esquecer é a única saída
Esse temor que agora sinto
Tuas marcas estão
Pelo meu corpo,

Incendiando minh’alma
Roubando-me a calma
E agora que estais farto
Tu de maneira fugaz,
Te vais,

Vitória Moura

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Enquanto durar...


( Imagem extraída do Google)
*
Quando encontro com você.
Sinto todo o meu
Ser estremecer,
Se escuto o teu sorriso
Parece que vou flutuar,
É um milagre da vida
Te encontrar,
E nesta eternidade
Quero sempre ficar.

Eu estou em êxtase
A lua ouviu minha canção,
Esse poema de amor
Escrevo com o coração,
Sinto que vou alcançar
As nuvens,
Vejo um céu estrelado
Será estou apaixonado? (a),

Quero ver todo o universo
No teu olhar.
Vejo todo o amor
Que sonhei pra mim,
Os teus olhos me encantam
Com a mais pura magia,
Transportam-me para
Um mundo feito de poesia.

Contigo eu sei que
Posso-me perder
Me encontrar,
Vivo entre o meu medo
E vontade de te amar,
Os teus olhos me enfeitiçam
Ao refletir a tua alma,
Tiram-me à calma, me atiça
O desejo o de te beijar.

E sem palavras vai-me
Revelar todo
O teu sentir,
Mostrando-me todo
O teu querer,
Eu estou vibrando
O meu peito grita...
É o amor á nos dominar,
E se ele não for imortal
Que seja infinito
Enquanto durar.

Vitória Moura

terça-feira, 12 de abril de 2011

Não é o meu país * Autor: Damião Metamorfose.


*

Foto extraída do google, encontrada no blog: Arquivo 68.

*

Inspirado na musica O meu país, Autores: Livardo Alves, Orlando Tejo e Gilvan Chaves.
*
Nosso o povo é feliz com pouca renda,
E o que ganha às vezes o outro toma.
Só que o rico vive numa redoma,
De um blindado que tem por encomenda.
Que os políticos trabalham com uma venda,
E os aumentos só vem para a matriz.
Índio, negro, mendigo e meretriz...
São a escória dessa sociedade.
Um pais com essa desigualdade,
Com certeza não é o meu país.
*
A policia bate nos inocentes,
O poder patrocina bandidagem.
No congresso impera a malandragem,
Não conheço um sem antecedentes.
Jogam lixo, poluindo as nascentes,
Na TV ,um falsário vem e diz:
Nosso povo está bem mais feliz...
Novamente eles saem triunfantes.
Um país com tantos burros falantes,
Com certeza não é o meu país.
*
Roubam a verba que é para educação,
E a saúde continua precária.
Muita gente inda morre de malária,
Por descaso e má administração.
Quando é copa do mundo a seleção,
Bate record de ibope em rede x.
A imprensa se cala e nada diz,
Sobre roubos e mortes a luz do sol.
Se esse é o país do futebol,
Com certeza, não é o meu país.

*

O Brasil bate record em produção,
De corruptos,mentira ,hipocrisia.
Cá embaixo o pão de cada dia,
Tá escasso e dando má digestão.
Se orgulham da globalização,
E nas milícias bazucas e fuzis.
Sendo usados por caras imbecis,
Traficantes de coca,crack e maconha.
Se esse é o pais dos sem vergonha,
Com certeza não é o meu pais.

*

Um pais que promete moradia,
Mais só vejo aumentar os sem tetos.
Com milhões e milhões de analfabetos,
Onde a dengue inda faz epidemia.
Um pais do futuro, quem diria,
As crianças morrem em guerras civis.
Um pais que inocenta um juiz,
Pro safado roubar de ponta a ponta.
Se esse é o pais do faz de conta,
Com certeza não é o meu pais.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

O poeta é uma caixa de surpresas * Autor: Damião Metamorfose.


*

Plantas têm: caule, flor, folha e raiz
E os seus frutos precisam ter sementes.
Para serem fecundadas no solo,
Resistindo estiagens e enchentes.
Meu intento também é fecundar
Boa parte do mundo, com repentes.

*

As estrofes compostas são presentes
Cada verso é um membro do composto.
Cada estilo é um tiro no espaço
Na intenção de atender a qualquer gosto.
E o poeta que desrespeita as regras
Do Cordel, rema no sentido oposto!

*

Tento sempre em meus versos por bom-gosto,
Basta só acrescer um instrumento.
E o refrão pode se criar de um mote
Ou até inventá-lo no momento.
Se o poeta é uma caixa de surpresas,
Mais surpresa é o que vem do pensamento!

*

Se o poeta tem bom conhecimento,
Desse dom que Deus deu, usa pro bem.
E não perde o seu tempo arquitetando,
O ataque pra denegrir alguém.
Se o Orkut só tivesse Poetas,
Não sumia o Orkut de ninguém!

*

O verdadeiro poeta também
Tem seu brilho na hora de expressar
Sentimentos, que afloram da alma
E também todos têm seu linguajar.
No cordel, somos todos parecidos,
Diferentes, na forma de pensar!

*

Tem poeta que basta decorar
Sai mostrando e dizendo: esse é de graça.
Vai ao bar e recita pros pinguços,
Ganha em troca uma dose de cachaça.
Eu não sei ser metido ou convencido,
Vaidade pra mim é uma desgraça!

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Um mini Cordel Sem nexo * Autor: Damião Metamorfose.

Foto extraída do Google
*
Era meia noite e o sol
Raiava no horizonte.
E eu me vesti de branco,
Todo preto, e, fui pro monte.
Na planície da montanha
Rochosa, perto da ponte.
*
Sentei na pedra bionte,
Redonda de quatro quinas.
Lendo um livro sem folhas,
Em uma praia de Minas.
Sob o reflexo das luzes
Apagadas das campinas.
*
Nas escrituras divinas,
Resolvi uma equação.
Vi que os cinco Evangelistas,
Eram quatro, e, a solução
Foi dá o nome dos três
Mais ilustres, Pedro e João!


quarta-feira, 6 de abril de 2011

Eu preciso ...


(Imagem extraída do Google)
*


Eu preciso ...
De uns minutos com você.
A sós...
Quero ouvir a sua voz
Bem pertinho de mim
Quero estremecer
Sentir seu hálito quente
A arrebatar-me o momento
E num devaneio enlouquecer,

Desejo fazer parte de seu ser
Preciso de uns minutos com você
Longe do mundo
Acima de qualquer querer
Quero sua mão em meu peito
Mesmo que sem jeito
Deixá-lo transparecer,

Quero sentir meu coração
Extasiado...
Vibrando de emoção,
Desencadeado...
Amor e paixão!
Eu ficarei assim, calada
Quem sabe até hipnotizada.

Mais meu coração falará por mim
Ele sabe exatamente as palavras
Que não conseguiria dizer
Vai revelar o meu sentir
E se por acaso ouvir nossa canção
É minha alma a sorrir.

Quero apenas uns minutos com você
Será o bastante para que eu possa
Te fazer acreditar
Na imensidão do nosso amor
E depois desse meu ato atrevido
Mesmo que não tenha entendido
Colocarei os meus pés no chão.

Vitória Moura




segunda-feira, 4 de abril de 2011

O que é globalização? * Autor: Damião Metamorfose.

Imagem extraída do google.

*

Fizeram essa pergunta

Que caiu na redação.

Não lembro se em um concurso

Ou uma avaliação.

Ou foi num vestibular?

Não lembro, mas vou falar

Quem fez a dissertação!

*

Foi o menino Tião,

O que melhor respondeu.

E o professor quase morre

Quando abriu a folha e leu.

Porque o jovem Tião

Escreveu na redação,

Globalização sou eu!

*

Será que ele entendeu?

O professor matutou...

Ou será por desaforo?

Mas Tião nunca falhou...

Sempre foi muito educado,

Na classe é o mais aplicado,

Será que ele surtou?

*

Alguma coisa mudou

E eu preciso saber.

Vou perguntar ao Tião

Pra vê se posso entender.

Porque se Ele escreveu,

Globalização sou eu,

Qual nota Ele pensa em ter?

*

Tião tu podes dizer

O que você entendeu.

Sobre a pergunta em questão

E por que foi que escreveu

Que era a globalização?

E o Tião disse: pois não,

Levantou-se e respondeu...

*

O meu pai é um Judeu,

Minha mãe é do Sudão.

Casaram-se na Turquia,

Lua de mel no Japão.

E eu que fui gerado lá,

Nasci lá no Canadá,

Depois vim cá pro Sertão!

*

Esse lápis em minha mão

Um legitimo coreano.

Meu tênis é japonês,

O boné, americano.

Minha camisa é da Espanha,

A calça é da Alemanha

E os óculos: é italiano.

*

O meu sotaque é baiano,

Mas nunca fui à Bahia.

Meu celular brasileiro,

Mas tem tecnologia.

Da Índia e do Japão,

Do Paraguai e do João

Que trouxe pra mim um dia...

*

Enquanto a classe assistia

A aquela explicação.

O professor deu um dez

Para o menino Tião.

Também não tinha outro jeito

Assim até eu aceito,

Que eu sou globalização!

*

Fim.

domingo, 3 de abril de 2011

O amor em seu último ato...

(Imagem extraída do Google)
*
Dizem que o amor é cego
E faz a gente sofrer.
Que sem ele é um tormento
Que mais ele pode ser?
Se o amor traz sofrimento
Vou sofrer até morrer.
*
É brinquedo e quebra fácil,
Sem nenhuma explicação.
Sei também que ele é dor,
Paixão e fascinação
Ele é doença ou Amor?
Inverno ou chuva em verão?
*
Dizem que o amor é lindo
Que é paciente e bondoso
Que amor não é ciumento,
Nem maldoso ou rancoroso.
Que ele não tem orgulho,
Nem também é presunçoso...
*
Dizem que ele eterno
Que sem ele a vida voa
Que ele não é irritante
Não machuca e nem magoa
Dizem até que o amor
Suporta a tudo e perdoa...
*
Dizem que um amor acaba
Quando não é verdadeiro
E que o amor acalma,
Se for cúmplice e companheiro.
Tem trajetória difícil
Sendo amor interesseiro...
*
O amor em seu último ato
Sempre encerra magistral.
Depois das superações,
Derrota etc. & tal...
Nos mostra que é possível
Sermos feliz no final.


Vitória Moura

sábado, 2 de abril de 2011

Homenagem a Zeca Alexandre * Autor: Damião Metamorfose.


*

José Venâncio da Costa,

Homem de vários talentos...

Nasceu no primeiro dia

De Abril de mil novecentos.

O ano foi vinte e cinco,

Isso é verdade, eu não brinco

Nem jogo palavra aos ventos!

*

Passou por vários momentos

Sofridos, na mocidade.

Porém o pior de todos

Que Ele nem guarda saudade.

Foi quando órfão se viu

No dia que o pai partiu

Daqui para a eternidade.

*

Com oito anos de idade,

Sentindo a dor da partida.

Ele teve que enfrentar

A fase pior da vida.

“Ser arrimo de família”,

Sustentar casa e mobília,

Remédio, roupa e comida...

*

Criança frágil e sofrida,

Porém não se intimidou.

Ao ver o mundo sisudo

Que a orfandade deixou.

Botou a enxada nas costas

Saiu atrás das respostas

E uma a uma Ele encontrou!

*

Trabalhou, negociou,

Foi trocador de animais.

Na sua árdua rotina,

Não tinham dias iguais.

Foi “profeta” por dois anos

E depois mudou seus planos,

Profecia não quis mais.

*

Fez votos matrimoniais

E doze filhos nasceram.

Desses se criaram cinco,

Os outros sete morreram.

Aos vinte e seis de idade

Comprou uma propriedade

E ali, seus filhos cresceram.

*

Todos também conheceram

A dor da separação.

Quando viram a mãe querida

Partir no negro caixão.

Mas esse nobre senhor,

Bateu de frente com a dor,

Buscando a superação!

*

Com a segunda união

E com mais maturidade.

Nasceram mais cinco filhos

Selando a felicidade.

E já reinava a fartura,

Em gado e agricultura,

Tempos de prosperidade.

*

Usando a criatividade,

Investiu em vaquejada.

Mesmo com os prejuízos

Que tinha com a boiada.

No alto oeste do Estado,

A sua festa de gado

Todo ano era sagrada.

*

Na cidade fez morada,

Mas tem um pé no roçado.

Jamais consegue esquecer

A sua paixão por gado.

Com oitenta e seis anos,

Feito um menino faz planos,

Apesar de está cansado.

*

Meus parabéns meu prezado

Zeca, por tão linda idade.

Também por ser quem tu és,

Sem luxo e sem vaidade.

Seu amigo Damião...

Deseja amor e união,

Saúde e felicidade...

Deus te ilumine * Autor: Damião Metamorfose.


*

Na primeira vez que nos encontramos,

Casualmente rolou uma atração.

Na segunda nós nos aproximamos

Obedecendo a voz do coração.

*

Na terceira brotou uma paixão,

Simultânea e não deu pra controlar.

Esquecemos o tempo e a razão,

A emoção nos convidou pra ficar.

*

Ignoramos as leis da gravidade,

Ora lentos devido à ansiedade,

Pulsação ofegante e mais calor.

*

Foi à noite mais linda e de prazer

E é por isso que eu venho te dizer,

Deus te ilumine sempre meu amor!


Te amo nega... Deus te ilumine sempre

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Quem sou eu? * Autor: Damião Metamorfose.


*

Baseado em uma crônica de: Luiz Fernando Veríssimo

*

Nesta altura da vida,

Eu já não sei mais quem sou.
Se já era complicado,

Agora é que complicou.

Depois que um analista

Calmamente me explicou...

*

Vejam o que ele falou

De forma bem convincente.

Ele disse: que na loja

Onde eu compro, sou cliente.

No restaurante um freguês,

Nos correio, remetente.

*

No hospital, sou paciente,

Se ouvir rádio, eu sou ouvinte.

Na receita federal

Eu sou um contribuinte.

Viajando eu sou turista,

Mendigando, eu sou pedinte.

*

Se eu for homem de requinte,

Vão me chamar de grã-fino.

Morando em casa alugada,

Não passo de um inquilino.

Se não cumpro sou moleque,

Fazendo o mal, sou malino.

*

Com dez anos, sou menino,

Com cinquenta, sou senhor.

Para o dono do mercado,

Eu sou um consumidor.

Se eu não pagar os impostos,

Eu sou um sonegador.

*

Se eu votar, sou eleitor,

Se eu revendo, muambeiro.

Em um comício, eu sou massa,

Na condução, passageiro.

Se não pago, inadimplente,

Que é o mesmo caloteiro.

*

Se eu nunca tiver dinheiro,

Me chamam de pé rapado.

Na rua eu sou pedestre,

Mas se eu for atropelado,

A imprensa chama: a vitima,

O povão, o acidentado.

*

Se eu vendo algo importado,

Contrabandista, que horror.

Se eu compro ou leio um livro,

Sou chamado de leitor.

Espectador para o ibope,

TV, telespectador.

*

Já encerrando, o doutor

Disse, em tom bem compassado.

Ao morrer, tu és defunto,

Presunto, extinto ou finado.

Caso você seja espírita,

É só um desencarnado!
*

Pesei que tinha encerrado,

Mas ele ainda acresceu.

Para os políticos você

É um imbecil, entendeu?

Ai disse o que eu devia

E eu não sei mais quem sou eu...

*

Fim