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(Foto extraída do Google)
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Extraído de um poema da poetisa: Vitória Moura.
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Tempo que vem tão sublime,
Chega assim tão sutilmente.
Parece que vai ficar,
Mas passa apressadamente.
Jamais pensa em agradar,
Leva quem quiser levar
E de forma alguma, mente!
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Às vezes subitamente
Transforma o ódio em amor...
Tempo que ousa mudar,
Paz, guerra, alegria e dor...
Tempo que parece mágico,
Executor, místico, trágico...
Tempo; é vassalo ou senhor?
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Tempo é esperar a flor,
Perfumes e pigmentos.
É o inventor das horas,
Da saudade e sentimentos.
É a noite que se faz dia,
Tempo trás sabedoria,
É o moinho dos ventos.
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É marcador de momentos,
Quem comanda o coração.
É quem determina o prazo
Certo de cada emoção.
Sem evitar contratempo,
O tempo dá tempo ao tempo,
Tempo é senhor da razão.
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Tempo que muda a estação,
Em tempo tão invisível.
Que pacifica os tormentos
De forma tão flexível.
Pra onde vai me levar...
Não deixe o tempo parar,
Por falta de combustível!
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Tempo pra uns é terrível,
Por ser tão racional.
Pois não para nem retorna
Ao seu ponto inicial.
Quanto mais... Bem maior fica,
Não faz curvas nem se estica,
Tempo transcorre normal!
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Oh! Senhor tempo imortal,
Poupe-me do contratempo.
Realize os meus desejos,
Não me leve em antetempo.
E já que não vai voltar,
Por favor, deixe eu brincar
Com o senhor, Senhor tempo!
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Fim.