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Foto extraída do Google
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Abandonei a bebida
Antes que ela me matasse.
Também deixei de fumar,
Ante que ele me fumasse.
Vou aproveitar a vida
Antes que a morte me abrace!
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Eu ofereço a outra face,
Quando eu estou errado.
Me humilho e peço perdão,
Pra poder ser perdoado.
E aproveito do momento
Ruim, pra ter bom resultado!
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Já bebi muito queimado
De cachaça com cinzano...
Tirei gosto com limão
Ou com caldo de tutano.
Agora eu não bebo mais
Nem em beber faço plano!
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Deixei faz mais de um ano
E parei lá na prisão.
Onde eu conversei com Deus,
Pra fugir da solidão.
Ele me mostrou caminhos
E eu achei a solução!
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Hoje eu me sinto mais são,
Porém quando eu bebia.
Era soda com cachaça
E gelo, o que eu pedia.
Hoje eu bebo água de coco,
Suco, leite e água fria...
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Nunca bebi todo dia,
Pois tinha que trabalhar.
Entre outras obrigações
Que tem o dono de um lar.
Mas agora que eu deixei,
até o tempo vai sobrar!
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Bêbado só faz zoar,
Mente dizendo que é rico.
Canta briga, mas só sabe
Mijar fora do pinico...
Quem quiser que entre nessa,
Não nasci pra pagar mico!
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Às vezes pensando eu fico,
No tempo em que eu bebia.
Gastava mais que o devido,
Bebia mais que devia.
E toda vez era igual,
Perdia a grana e o dia...
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Eu não faço apologia
De coisa que fazem mal.
Porque sou pai de família,
E eu não acho legal.
Como eu exemplo os meus filhos,
Fazendo coisa banal?
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Não é que eu me ache o tal,
Porque parei de beber.
Nem que eu condene o mundo
Ao tentar me defender.
Mas sem beber sou mais forte...
O que é que eu posso fazer?
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Já vi áreas de lazer,
Aonde o copo não sai
Da mão dos que estão presentes,
Seja o filho, a mãe, o pai...
E aquele que bebe menos
Leva pra casa o que cai!
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Se alguém me diz: como vai?
Respondo: estou muito bem.
estou com muita saúde,
Bom humor como ninguém.
Graças a Deus estou sóbrio
Que os anjos digam amém!
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Não sou de fazer desdém,
Nem no tempo que eu bebia.
Mas pra separar pinguços,
O Meta sempre servia.
Hoje quem quiser que brigue,
Não vou estragar meu dia!
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Quem bebe ela quente ou fria,
Chama osso de filé...
Perde a moral e acaba
Andando de marcha ré.
Graças a Deus estou livre
Desse vicio tão ralé!
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Hoje eu não bebo mais mé
E como bom Nordestino.
A minha casa está cheia
De menina e de menino.
Se fosse bebendo eu era
Inchado e pescoço fino...
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Eu nunca perdi meu tino
Nem deixei meu afazer...
No tempo que eu bebia,
Bebia só por beber.
Infelizmente eu perdi
Muitas horas de lazer!
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Eu bebia por prazer,
Pra ver o mundo girando.
Nunca bebi por problemas
Ou por está comemorando.
Hoje eu não bebo por nada
E todos saem ganhando!
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E assim vou encerrando
Meu Cordel sobre esse vicio.
Que rouba tempo e dinheiro
E nos põe em precipício.
Já bebi não bebo mais,
Vou viver sem desperdício!
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Fim.
Embriagaram-se, de orgulho puro, da quilha à proa, de estandartes retalhados
ResponderExcluirEmbriaguem-se de verbos duros , como se fossem mortalhas de curtumes,
Embriaguem-se lá fora, no beco, na rua, embriaguem-se… “porra”,
Embriaguem-se com a alegria, das crianças, mesmo sem côdea e sem tecto,
Embriaguem-se e, se porventura pensarem perder–se da razão
Embriaguem-se repetidamente até que de novo se encontrem , nos olhos chãos,
Dos inocentes, nos bairros pobres ou dos lunáticos e utópicos.
Embriaguem-se da vergonha vesga e da solidão, dos nossos subúrbios cercos,
Nos Ghettos da gentalha, nas mantas dos sem-abrigo, aos milhões,
Embriaguem-se, em noites de estrelas roxas e ideais barbudos.
Incendiai, segai pavios, dai às mãos dos gentios, a metralha,
Embriagai-vos de liberdade e que as vossas mães derrotadas jamais sejam violadas,
Nos trabalhos mal pagos, nos degraus dos parlamentos e das opressões,
Nas arcadas dos ministérios, das esquadras, dos grilhões
E das algemas, encerrem as masmorras com as pedras arrancadas na calçada.
Embriaguem-se, contra as governações, testas de ferro
Dos saqueadores e da corrupção, da escuridão e do medo,
Contra os ferozes e os algozes de serviço, dos gordos coronéis,
Destes reinos beras de genocidas a soldo, bem mais que os cruéis,
D’outrora, embriaguem-se e cantem, excluídos e esfolados,
D’agora, cantem sem descanso, até caírem pro lado,
Enquanto bebem, o vício de serem livres, em lugar de acossados,
Por crime d’ajuntamento, até caírem os ferrolhos e as paredes dos cruéis,
Dos bancos, com capitéis d’ouro e caixas fortes, dele acumulado,
Quando acordarem, por fim, os perros dos arrecadadores, será tarde
A bebedeira será global e... transmissível,...soará a corneta
Dum tempo novo, fundado plos bêbedos, deste mundo esguelha.
Pois que vertam, sangue e vinho, na sarjeta e no soalho nobre, do rico...
Embriaguem-se Porra…EMBRIAGUEM-SE ...
Jorge Santos (12/2013)
http://joel-matos.blogspot.com