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Já fiz Cordel sobre amor,
E pra mudar o estribilho.
Hoje abordo um novo assunto
Pra setilha ter mais brilho.
E o que agora me atrai
É o amor da mãe e o Pai,
Pelo bom e o mau filho!
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Pais enfrentam o empecilho
Por amor aos seus filhinhos.
Passam noites sem dormir...
Mas tem uns que são
mesquinhos
Abandona-os quando crescem
Esquecem e desobedecem
Deixando os velhos e
sozinhos!
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Pais se doam inteirinhos
Pra ver seus filhos felizes.
Se doam e não pedem nada,
Nem demonstram infelizes.
Filhos já na adolescência,
Com os pais não tem paciência
Esnobam e empinam os narizes!
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Imagem e bons matizes
São os filhos para os pais.
Não nos largam se pequenos,
Grandes fogem, não quer mais.
E ainda tem outros filhos
Que nos acham uns empecilhos,
Tratam-nos feito animais!
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Pai ou mãe são essenciais
Fazem de tudo para não
Macular a inocência
Da menina ou do varão.
Quando eles crescem, esquecem
O feito e desobedecem
E aclamam que têm razão!
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O bom filho é gratidão...
O filho ruim é ingrato.
O bom filho é a sequência
Dos pais para ser exato.
O filho ruim é a tinha
É pior do que galinha
Que bota o ovo no mato!
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Não tem dia ou mês ou ato...
Pra o filho que ama o “pai”
Faça chuva ou faça sol
É só mandar que Ele vai.
Já aquele que não ama
Desobedece e reclama,
Renega e de casa sai!
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O bom filho não se esvai
Quer dar orgulho aos pais.
Quem é bom filho é bom pai
Boa mãe e muito mais...
O filho ruim ao contrario
É fardo e é um fadário
Antes e depois dos ais!
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Parece tão incapaz
Tão indefeso e pequeno.
Quando cresce se revela
Se é bom ou obsceno...
O filho bom é o mel
O ruim é pior que fel
Misturado com veneno!
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Filhos nascem do amor pleno
Ou de aventuras ou amor...
Recebem o mesmo trato
De afeto, amor e calor...
Mas quem nasce carga torta
Aos pais sempre abre a porta
Do desgosto, angustia e dor...!
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Bom filho não traz rancor
Ao pai e a mãe também.
Zela e cuida a todo tempo
Pois sabe o valor que tem.
Filho ruim é um torcedor
Que eles moram ou sofram dor
Pois assim a herança vem!
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O bom filho sempre vem
Para casa todo dia.
Só ou com esposa e filhos
Carregado de alegria.
Já o filho que é ingrato,
Dorme na rua ou no mato
E ao voltar traz agonia!
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O pai merecia honraria
A mãe também deve ter...
Se para o filho, os pais
São espelhos, a se ver.
Ambos dever ter cuidado
Para ser equilibrado,
O dar, pedir e o querer!
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O bom filho antever
Quando seu pai está certo.
Não duvida da palavra
Ele estando longe ou perto.
Já o indisciplinado
Longe ou perto faz errado
E o seu futuro é incerto!
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O bom filho é jogo aberto
Vem pra casa na hora certa.
Quando vai deixa saudade,
Que em todo mundo desperta.
O filho ruim por ser torto
Ao vir gera desconforto
Que o “pai” tenta e não
concerta!
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Bom filho não desconcerta
As coisas que os pais
ordenam.
Crescem de todas as formas
Por respeito não os condenam.
Mas quem já é ruim do berço,
Não absorve um terço
Faz os pais penar e penam!
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Os pais ensaiam e encenam
Por amor, carinho e zelo...
Protegem os filhos pra que
Não caia nem um cabelo.
Mas basta chegar o dia
Que andar em má companhia
Que partem pro desmantelo.
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Pais enfrentam o pesadelo
De acabar o casamento.
Mas não abandonam os filhos
Sozinhos um só momento.
Filho ingrato é diferente
E esquece rapidamente
Deixando os pais ao relento!
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E o que resta somente
Para a mãe ou o pai.
Quando o filho perde o rumo
Em casa e pra onde sai...
No mínimo a última saída
É segui-lo na saída
E no percurso aonde vai!
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Sofre quando se distrai
E um filho acaba envolvido
Com malandro ou traficante...
Como aprendiz de bandido.
Só que muitas vezes não
Conseguem nem a atenção
Do filho, ai ta perdido.
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Pai e mãe é o bom sentido
Para o filho a vida inteira.
É morar no hospital,
Pernoitar numa cadeira...
Ser filho é bem diferente,
Muito vêem o pai doente
Troca-se e vai pra zoeira...
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Pais não ensinam besteira
Ao filho quando pequeno.
Exceto alguns dependentes
Em algum vicio obsceno.
Mais depois que ganha o mundo
Basta um amigo vagabundo
Pra destilar o veneno
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Para o sonho sem mais pleno,
É ver o meu filho formado,
Com uma família unida
Feliz e realizado.
Porém não duvido que
Eles se esqueçam de vê
Ele estando em mau estado.
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Pai ou mãe é o indicado
Pra cuidar dos seus rebentos.
Investem tudo nos filhos
E aqueles mais violentos.
Tornam-se feras brutais,
Que espancam e até matam os
pais,
Por causa dos “testamentos”!
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Nesses dias mais sangrentos
Com tudo informatizado.
Tem pais que até a distância
Matem filho rastreado.
Mas para o filho “problema”
Altera e burla o sistema
E troca o certo no errado!
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O pai fica realizado
Com um filho vencedor.
Fica feliz com os netos
Feitos com ou sem amor.
E o filho quando é ingrato,
Chama o pai de brega e chato,
Antiquado e perdedor...
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O pai e a mãe dão amor
Carinho e dedicação.
Fazem de tudo pra que
Tenham boa educação...
Quando crescem e desembestam
Dizem que os pais não prestam
E caem na perdição!
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Deus me deu a inspiração
Agradeço com alegria.
Minha vida sem meus filhos
Impossível ela seria.
Aos pais e mães eu dedico
O amor e a poesia...
*
Fim.
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