domingo, 29 de novembro de 2009
O preço de um cidadão> Autor: Damião Metamorfose. *
O preço de um cidadão> Autor: Damião Metamorfose.
*
01=I
Hoje eu vou contar um causo,
Mas prestem bem atenção.
Não quero denegrir seitas
Igreja ou religião...
O meu intuito é mostrar,
O quanto pode custar,
O preço de um cidadão.
*
02=II
O meu assunto em questão,
Faz tempo que aconteceu.
E foi na antiga Europa,
Que esse fato ocorreu.
Um homem de muita soma,
Decidiu visitar Roma,
A terra do Coliseu.
*
03=III
Eu não sei o nome seu,
Nem a data nem o ano.
Mas o local eu garanto,
Sem ter duvidas ou engano.
Nem preciso olhar no mapa,
Foi na cidade do papa,
A terra do Vaticano.
*
04=IV
Presidente soberano,
De uma multinacional.
Dessas que vendem produtos,
Em escala mundial.
-E esse mestre da cobiça,
Resolveu ir a uma missa,
Em dia dominical.
*
05=V
Ao chegar à catedral
E ver a praça lotada.
Pensou logo em promover,
Sua marca registrada.
Sendo um marketeiro esperto,
Resolvei chegar mais perto
Do papa e dar uma cartada.
*
06=VI
Depois da hóstia elevada,
Chamou um babão papal.
Subornou bem sorrateiro,
De forma bem cordial.
E o mesmo disse: eu garanto
Que te levo ao homem santo,
Mas aguarde o meu sinal.
*
07=VII
A missa chega ao final
E o beato acenou.
Para um lugar reservado,
O empresário a levou.
Meditabundo e sentado,
O papa estava calado,
Quando o empresário entrou.
*
08=VIII
Sem rodeios perguntou,
O que o senhor deseja?
Seja breve, por favor,
Diga logo o que almeja.
Pois quero me concentrar,
Que já - já vou celebrar,
Outra missa na igreja.
*
09=IX
O homem disse: assim seja,
Eu estive observando...
Que o senhor tem domínio,
Aos que estão te escutando.
Seja em gestos ou prece,
Ordena e o povo obedece,
Estão sob o seu comando.
*
10=X
E tem uma hora quando,
O senhor levanta a mão.
Dizendo: esse é o meu sangue...
E em todos que ali estão.
Manifesta uma hipnose,
Tipo uma metamorfose,
Dominando a multidão.
*
11=XI
O popa disse: pois não,
Onde o senhor quer chegar?
Da forma que se expressou,
Falando em hipnotizar.
Parece ser de outra crença,
Seja breve e me convença
Ou pode se arretirar.
*
12=XII
Pode o senhor me falar,
Qual é a sua proposta?
Que depois eu lhe direi,
Se te dou alguma resposta.
Mas vamos pra sala ao lado,
Que é muito mais reservado
Portanto: menos exposta.
*
13=XIII
Já vi que o senhor não gosta,
De perder tempo atoa.
Homem fino e de negócios,
Educação muito boa.
De boa índole também,
Pra prosa não ir além...
Parece uma ótima pessoa.
*
14=XIV
Nessa hora o sino ecoa,
Num badalar compassado.
Era um aviso que o tempo,
Estava quase esgotado.
Restava só meia hora,
E o papa disse: e agora
Fale o que quer meu prezado?
*
15=XV
Em tom claro e explicado,
E em total privacidade.
Frente a frente com o chefe,
De parte da humanidade.
O homem disse: o que eu quero,
Além de ajudar o clero,
É propor uma sociedade.
*
16=XVI
Eu sou uma santidade
Sou sustentáculo da fé.
Que sociedade é essa!
E porque a minha sé?
Meu tempo está se esgotando
E o povo está esperando,
Diga-me logo o que é...
*
17=XVII
Os dois ficaram de pé,
O babão trouxe uma estola.
O papa disse: adiante-se,
Seja breve, não me enrola.
-E o homem falou baixinho,
Quero que em vez de vinho,
Sirva aos fieis, coca-cola.
*
18=XVIII
Desconfiei da esmola,
Não eu não posso aceitar.
Esse ritual cristão,
É tradição milenar.
Se não é só parolagem,
Diga-me qual a vantagem,
Para o ritual mudar?
*
19=XIX
Um por cento eu vou te dar,
De toda a renda mundial.
Para o senhor levantar,
O cálice celestial.
E dizer para o seu povo,
Bebam do meu sangue novo...
Ou algo mais genial.
*
20=XX
Sabes que o álcool é um mal
E está contido no vinho.
E além desse “um por cento”
Prometo não ser mesquinho.
Onde houver celebração,
Vai ter coca pro povão,
Pense só mais um pouquinho...
*
21=XXI
Não posso pensar sozinho,
Assim eu serei omisso.
Peço ao senhor, por favor,
Por favor, Pare com isso!
Pra te falar a verdade,
Essa tal sociedade,
Atrasou meu compromisso
*
22=XXII
Por favor, chame o noviço,
Bispo, padre e sacristão...
Chame logo todo o clero,
Pra uma reunião.
E avise lá no altar,
Que também vai atrasar,
A próxima santa missão.
*
23=XXIII
Em pouco tempo o babão,
Trouxe todo o episcopado.
E a seção começou,
Ali no salão fechado.
E o ilustre empresário,
Sem ouvir nem comentário,
Ficou na sala ao lado.
*
24=XXIV
O tempo quase parado,
E ele ali na espera.
É nessas horas que o tempo,
Parece uma quimera.
E ele pensando calado,
Se nada for aprovado,
O meu emprego, já era.
*
25=XXV
O papa feito uma fera,
Lá no salão calculava.
Um por cento vezes quanto?
Vezes quanto? E não achava.
Quanto é quanto seria?
Mas ninguém ali sabia,
Quanto à coca faturava.
*
26=XXVI
A todos questionava
E todos sem exceção.
Diziam: o senhor não sabe?
Sinto muito, eu também não.
Mas eu acho santidade,
Que essa sociedade,
Vale bem mais de um milhão.
*
27=XXVII
Chame logo o cidadão,
Que ele tem a resposta.
E eu também quero fazer,
A minha contra proposta.
Se ele causou meu tormento,
Vou pedir é dez por cento,
Pra ver se perto ele encosta.
*
28=XXVIII
Fizeram até aposta,
O papa não, só o clero.
Uns diziam: cinco e seis,
Sete oito ou nove eu quero.
Todos já estavam tensos,
Eretos pensando pensos,
Lapidados, sem esmero.
*
29=XXIX
O papa disse: eu espero,
Que o senhor seja claro.
Sei que é homem de negócios,
Viajado e bom de faro.
Com a nossa reunião,
Chegamos à conclusão
E é dez por cento eu declaro.
*
30=XXX
Assim não! Vai ficar caro,
Dois e o abastecimento.
Tá pouco nove e fechado,
Tá muito, eu dou três por cento.
Oito sete, seis e cinco,
Quatro é só isso eu não brinco
Comece o fornecimento.
*
31=XXXI
Para selar o momento,
Brinde com coca ele fez.
Até que um deles pergunta,
É por dia ou é por mês?
E o papa disse: oh! Seu quiba,
Nem acabamos a briga,
Quer começar outra vez?
*
32=XXXII
E assim mostrei pra vocês,
De forma bem humorada.
Nesse cordel em septilha,
Com deixa e metrificada.
Que seja fim ou começo,
Todo homem tem um preço,
Basta uma boa cantada.
*
33=XXXIII
Pode parecer piada,
De mau gosto e com maldade.
Até porque nenhum papa,
Fazia essa sociedade.
Mas vendo por outro lado,
O teor do meu recado,
Tem um fundo de verdade.
*
34=XXXIV
Que nenhuma santidade,
De seita ou religião.
Condene o meu cordelzinho,
Que fiz só por diversão.
E antes de alguém julgar,
Esse humilde potiguar,
Já vai pedindo perdão.
*
35=XXXV
D*eus me deu a inspiração,
A*pontou todo o caminho.
M*ostrou-me cada detalhe,
I*mportante e em desalinho.
A*gora vamos fazer,
O* brinde com coca ou vinho?
*
Fim
*
29/11/2009
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Quando eu ia, ela voltava> Autor: Damião Metamorfose.
*
Desde pequeno eu já era,
Um menino assanhado.
Mas não era respeitado,
Pela turminha ou galera.
Beijar? Foi longa a espera,
Namorar? Outra agonia.
Quando uma mim queria,
Eu não me interessava.
Quando eu ia... Ela voltava,
Quando eu voltava, ela ia.
*
Eu era bom na escola,
Sempre tirei nota alta.
Frenquentava sem ter falta,
De menino a rapazola.
Mas quando ia jogar bola,
O time não me queria,
Na defesa eu não servia,
No ataque eu não prestava.
Se a bola ia... Eu voltava,
Se eu voltava, a bola ia.
*
Abandonei o estudo,
Mudei-me pra capital.
Praia, sol, areia e sal,
Logo virei cabeludo.
Feliz com aquilo tudo...
Ia há praia todo dia.
A onda me perseguia
Toda vez que eu mergulhava.
Quando eu ia... Ela voltava,
Quando eu voltava, ela ia.
*
Arrumei uma namorada,
Na praia de Iracema.
E eu doido por um esquema,
Já parti pro tudo ou nada.
Ela caiu na cantada,
Fui pra onde ninguém via.
Eu baixava ela subia,
Eu subia, ela abaixava.
Quando eu ia... ela voltava,
Quando eu voltava, ela ia...
*
Fomos para uma represa,
Em outro fim de semana.
Gastei toda a minha grana,
Para agradar minha presa.
Fui nadar na correnteza
E ela nadar não sabia.
No raso ela não queria,
No fundo ela se afogava.
Quando eu ia... ela voltava,
Quando eu voltava, ela ia...
*
Pra resolver a questão,
A pedi em casamento.
Na hora do sacramento,
Foi aquela confusão.
Quando eu peguei sua mão,
A aliança não cabia.
Se eu forçava, ela gemia,
Se eu tirava, ela chorava.
Quando eu ia... ela voltava,
Quando eu voltava, ela ia...
*
Quase tudo consumado,
Encerrando o ritual.
Veio o beijo e afinal,
Ficou foi mais complicado.
O véu ficou enganchado,
Eu puxei, mas não subia.
Eu puxava, ela pedia,
Ela pedia, eu puxava.
Quando eu ia... Ela voltava,
Quando eu voltava, ela ia.
*
Um gritou, rasgue esse véu!
Outro disse: se rasgar.
O casório dar azar,
Vai tudo pro beleléu.
Começou outro escarcéu
E a igreja inteira ria.
Eu rasgava, ela tremia,
Ela tremia, eu rasgava.
Quando eu ia... Ela voltava,
Quando eu voltava, ela ia.
*
A minha noiva zangada,
Porque estavam sorrindo.
Quando eu tava conseguindo,
Nós caímos na risada.
Eu fui dar uma beiçada,
Começou a gritaria.
Eu beijava, ela sorria,
Eu sorria, ela beijava.
Quando eu ia... Ela voltava,
Quando eu voltava, ela ia.
*
Terminou o casamento,
O beijo, a troca de anel.
Fui levá-la ao meu corcel,
Lá no estacionamento.
Eu fui abrir o nojento,
Parece até ironia.
Uma porta não abria,
Outra abria e não fechava.
Quando eu ia... Ela voltava,
Quando eu voltava, ela ia.
*
Entramos por uma porta,
Que ficou escancarada.
Seguimos pela estrada,
Tá andando? é o que importa.
Muito pior se suporta,
Como aquela lataria.
Quando uma lata subia,
A outra lata baixava.
Quando eu ia... Ela voltava,
Quando eu voltava, ela ia.
*
Quando chegamos em casa,
A turma estava esperando.
Já tinha bêbado dançando
E carne assada na brasa.
O pai da noiva gritava...
Desça primeiro, Maria!
Eu tentava, ela descia,
Eu descia, ela tentava.
Quando eu ia... Ela voltava,
Quando eu voltava, ela ia.
*
Quando acabou a festança,
Fomos pra lua de mel.
Escolhemos um motel,
Que tinha na vizinhança.
Peguei com jeito a criança,
Deitei na cama macia.
Um roncava outro dormia,
Um dormia outro roncava.
Quando um ia outro voltava,
Quando um voltava outro ia.
*
Quando foi de madrugada,
Eu lembro que acordamos.
O frigobar, nós limpamos,
Bebida? Não sobrou nada.
Na hora da chuveirada,
Quando bateu água fria.
Um levantava e caia,
O outro? Nem levantava.
Quando eu ia... Ela voltava,
Quando eu voltava, ela ia.
*
Depois que passou o porre,
Já com certa intimidade.
Bateu aquela vontade...
Começou o corre, corre.
De ressaca não se morre,
Mas nós quase que morria.
Um gritava outro gemia,
Um gemia outro gritava.
Quando eu ia... Ela voltava,
Quando eu voltava, ela ia.
*
Mas o tempo foi passando
E a gente se adaptou.
Minha esposa engravidou
E a pança foi aumentando.
O dia se aproximando,
Veio gêmeos, que alegria!
Um chorava, outro sorria,
Um sorria outro chorava.
Quando eu ia... Ela voltava,
Quando eu voltava, ela ia.
*
Hoje estamos velhinhos,
Acabou nossa saúde.
Os bons tempos, juventude...
Deixa pros nossos filhinhos.
Beijos, abraços, selinhos,
Amor, paixão, euforia.
Quem esbanjava energia,
Da mesma necessitava.
Quando eu ia... Ela voltava,
Quando eu voltava, ela ia.
*
Fim
27/11/2009
Desde pequeno eu já era,
Um menino assanhado.
Mas não era respeitado,
Pela turminha ou galera.
Beijar? Foi longa a espera,
Namorar? Outra agonia.
Quando uma mim queria,
Eu não me interessava.
Quando eu ia... Ela voltava,
Quando eu voltava, ela ia.
*
Eu era bom na escola,
Sempre tirei nota alta.
Frenquentava sem ter falta,
De menino a rapazola.
Mas quando ia jogar bola,
O time não me queria,
Na defesa eu não servia,
No ataque eu não prestava.
Se a bola ia... Eu voltava,
Se eu voltava, a bola ia.
*
Abandonei o estudo,
Mudei-me pra capital.
Praia, sol, areia e sal,
Logo virei cabeludo.
Feliz com aquilo tudo...
Ia há praia todo dia.
A onda me perseguia
Toda vez que eu mergulhava.
Quando eu ia... Ela voltava,
Quando eu voltava, ela ia.
*
Arrumei uma namorada,
Na praia de Iracema.
E eu doido por um esquema,
Já parti pro tudo ou nada.
Ela caiu na cantada,
Fui pra onde ninguém via.
Eu baixava ela subia,
Eu subia, ela abaixava.
Quando eu ia... ela voltava,
Quando eu voltava, ela ia...
*
Fomos para uma represa,
Em outro fim de semana.
Gastei toda a minha grana,
Para agradar minha presa.
Fui nadar na correnteza
E ela nadar não sabia.
No raso ela não queria,
No fundo ela se afogava.
Quando eu ia... ela voltava,
Quando eu voltava, ela ia...
*
Pra resolver a questão,
A pedi em casamento.
Na hora do sacramento,
Foi aquela confusão.
Quando eu peguei sua mão,
A aliança não cabia.
Se eu forçava, ela gemia,
Se eu tirava, ela chorava.
Quando eu ia... ela voltava,
Quando eu voltava, ela ia...
*
Quase tudo consumado,
Encerrando o ritual.
Veio o beijo e afinal,
Ficou foi mais complicado.
O véu ficou enganchado,
Eu puxei, mas não subia.
Eu puxava, ela pedia,
Ela pedia, eu puxava.
Quando eu ia... Ela voltava,
Quando eu voltava, ela ia.
*
Um gritou, rasgue esse véu!
Outro disse: se rasgar.
O casório dar azar,
Vai tudo pro beleléu.
Começou outro escarcéu
E a igreja inteira ria.
Eu rasgava, ela tremia,
Ela tremia, eu rasgava.
Quando eu ia... Ela voltava,
Quando eu voltava, ela ia.
*
A minha noiva zangada,
Porque estavam sorrindo.
Quando eu tava conseguindo,
Nós caímos na risada.
Eu fui dar uma beiçada,
Começou a gritaria.
Eu beijava, ela sorria,
Eu sorria, ela beijava.
Quando eu ia... Ela voltava,
Quando eu voltava, ela ia.
*
Terminou o casamento,
O beijo, a troca de anel.
Fui levá-la ao meu corcel,
Lá no estacionamento.
Eu fui abrir o nojento,
Parece até ironia.
Uma porta não abria,
Outra abria e não fechava.
Quando eu ia... Ela voltava,
Quando eu voltava, ela ia.
*
Entramos por uma porta,
Que ficou escancarada.
Seguimos pela estrada,
Tá andando? é o que importa.
Muito pior se suporta,
Como aquela lataria.
Quando uma lata subia,
A outra lata baixava.
Quando eu ia... Ela voltava,
Quando eu voltava, ela ia.
*
Quando chegamos em casa,
A turma estava esperando.
Já tinha bêbado dançando
E carne assada na brasa.
O pai da noiva gritava...
Desça primeiro, Maria!
Eu tentava, ela descia,
Eu descia, ela tentava.
Quando eu ia... Ela voltava,
Quando eu voltava, ela ia.
*
Quando acabou a festança,
Fomos pra lua de mel.
Escolhemos um motel,
Que tinha na vizinhança.
Peguei com jeito a criança,
Deitei na cama macia.
Um roncava outro dormia,
Um dormia outro roncava.
Quando um ia outro voltava,
Quando um voltava outro ia.
*
Quando foi de madrugada,
Eu lembro que acordamos.
O frigobar, nós limpamos,
Bebida? Não sobrou nada.
Na hora da chuveirada,
Quando bateu água fria.
Um levantava e caia,
O outro? Nem levantava.
Quando eu ia... Ela voltava,
Quando eu voltava, ela ia.
*
Depois que passou o porre,
Já com certa intimidade.
Bateu aquela vontade...
Começou o corre, corre.
De ressaca não se morre,
Mas nós quase que morria.
Um gritava outro gemia,
Um gemia outro gritava.
Quando eu ia... Ela voltava,
Quando eu voltava, ela ia.
*
Mas o tempo foi passando
E a gente se adaptou.
Minha esposa engravidou
E a pança foi aumentando.
O dia se aproximando,
Veio gêmeos, que alegria!
Um chorava, outro sorria,
Um sorria outro chorava.
Quando eu ia... Ela voltava,
Quando eu voltava, ela ia.
*
Hoje estamos velhinhos,
Acabou nossa saúde.
Os bons tempos, juventude...
Deixa pros nossos filhinhos.
Beijos, abraços, selinhos,
Amor, paixão, euforia.
Quem esbanjava energia,
Da mesma necessitava.
Quando eu ia... Ela voltava,
Quando eu voltava, ela ia.
*
Fim
27/11/2009
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Piadas sobre Casais> Autor: Damião Metamorfose.
*
Cada * antes da estrofe indica com quantas estrofes a piada foi composta.
*
O marido diz pra esposa,
Temos que economizar...
E ela pergunta como?
E ele, aprenda cozinhar.
E ela diz: tá bom artista,
Demita esse motorista,
E aprenda a me amar.
*
Amor você vai chorar,
No dia em que eu morrer
Diga amor se você chora
E vai ficar a sofrer?
Claro amor, sou choradeira,
Choro por qualquer besteira...
Mas antes morra p´reu ver?
*
Querido eu quero saber,
Diga pra sua querida.
Se eu sou a sua primeira
Mulher, em tudo e na vida?
E ele responde a sorrir,
Eu não posso garantir,
Se não for é parecida.
*
Pelas estradas da vida,
Um casal vinha emburrado.
Ao passar por animais,
Que pastavam num roçado.
Um pergunta irreverente,
Isso ai tudo é parente?
E o outro, é sogra e cunhado.
*
O marido chega empolgado,
Chama a mulher de paixão...
A diz: amor o que acha,
De uma nova posição?
E ela diz: como seria,
Você vem aqui pra pia,
E eu vou ver televisão?
**
Dando uma de machão
O cara tenta esnobar.
E aos gritos diz a mulher,
Que quer um lindo jantar...
Uísque banho e orgia
Toalha e roupa macia,
Que é pra poder relaxar.
*
E quem vai me pentear,
Sabe quem é ordinária?
-E ela respondeu na lata,
Com olhar de sanguinária.
Eu sei... Eu sei meu querido,
Dessa vez eu nem duvido,
É o rapaz da funerária.
*
Manoel pergunta a Rosária,
Seja clara e transparente.
Preferes homem bonito,
Ou um feio inteligente?
-E ela diz: nenhum, Por quê?
O que eu amo é você...
Feio, burro e inadimplente.
***
Em um dia muito quente,
Casal entra num barzinho.
Para tomar umas cervejas,
Conversar, trocar carinho
E lá no pé do balcão,
A ex. do homem em questão,
Tomava o seu uisquinho.
*
E ele disse: meu benzinho,
A mulher que ali estar.
Faz sete anos que eu,
Abandonei-a no altar.
E desde aquele dia,
Que ela bebe em demasia,
Dia e noite sem para.
*
E a parceira a gargalhar,
Amor não é tão ruim.
E ele disse: querida,
Você está rindo de mim?
Não amor, não, é bobagem,
É que eu não tenho coragem,
De comemorar tanto assim.
*
Fim
*
25/11/2009
Cada * antes da estrofe indica com quantas estrofes a piada foi composta.
*
O marido diz pra esposa,
Temos que economizar...
E ela pergunta como?
E ele, aprenda cozinhar.
E ela diz: tá bom artista,
Demita esse motorista,
E aprenda a me amar.
*
Amor você vai chorar,
No dia em que eu morrer
Diga amor se você chora
E vai ficar a sofrer?
Claro amor, sou choradeira,
Choro por qualquer besteira...
Mas antes morra p´reu ver?
*
Querido eu quero saber,
Diga pra sua querida.
Se eu sou a sua primeira
Mulher, em tudo e na vida?
E ele responde a sorrir,
Eu não posso garantir,
Se não for é parecida.
*
Pelas estradas da vida,
Um casal vinha emburrado.
Ao passar por animais,
Que pastavam num roçado.
Um pergunta irreverente,
Isso ai tudo é parente?
E o outro, é sogra e cunhado.
*
O marido chega empolgado,
Chama a mulher de paixão...
A diz: amor o que acha,
De uma nova posição?
E ela diz: como seria,
Você vem aqui pra pia,
E eu vou ver televisão?
**
Dando uma de machão
O cara tenta esnobar.
E aos gritos diz a mulher,
Que quer um lindo jantar...
Uísque banho e orgia
Toalha e roupa macia,
Que é pra poder relaxar.
*
E quem vai me pentear,
Sabe quem é ordinária?
-E ela respondeu na lata,
Com olhar de sanguinária.
Eu sei... Eu sei meu querido,
Dessa vez eu nem duvido,
É o rapaz da funerária.
*
Manoel pergunta a Rosária,
Seja clara e transparente.
Preferes homem bonito,
Ou um feio inteligente?
-E ela diz: nenhum, Por quê?
O que eu amo é você...
Feio, burro e inadimplente.
***
Em um dia muito quente,
Casal entra num barzinho.
Para tomar umas cervejas,
Conversar, trocar carinho
E lá no pé do balcão,
A ex. do homem em questão,
Tomava o seu uisquinho.
*
E ele disse: meu benzinho,
A mulher que ali estar.
Faz sete anos que eu,
Abandonei-a no altar.
E desde aquele dia,
Que ela bebe em demasia,
Dia e noite sem para.
*
E a parceira a gargalhar,
Amor não é tão ruim.
E ele disse: querida,
Você está rindo de mim?
Não amor, não, é bobagem,
É que eu não tenho coragem,
De comemorar tanto assim.
*
Fim
*
25/11/2009
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Tributo a um pé de Acássia> Autor: Damião Metamorfose.
Tributo a um pé de Acássia> Autor: Damião Metamorfose.
*
Acássia, muito obrigado,
Pela sombra que eu descanso.
Pelo barulho das folhas,
No embalo do vento manso.
Pelas flores e os seus odores...
E a aquarela de cores,
Que de olhar eu não me canso.
*
Perdoe-me por esse ranço,
Que hoje me invade a mente.
Eu que te vi tão pequena,
Quando ainda era uma semente.
Depois te plantei na cova
E ganhaste vida nova,
Crescendo rapidamente.
*
Foi útil a muita gente,
Enquanto você viveu.
Doando oxigênio e sombra,
Pra viventes como eu.
-Mas com a idade avançada,
Fostes ficando cansada
E o seu corpo adoeceu.
*
Sei que ainda não morreu,
Mas tomei uma decisão.
E vou ter que te ferir,
Com o fio de um facão.
-mas confesso minha amiga,
Eu sinto tanta fadiga,
Que chega a doer à mão.
*
Breve em outra região,
Com solo fértil e ar puro.
Seus filhos irão nascer
E crescer em lugar seguro.
Prometo que em seu lugar,
Outra arvore vou plantar,
Prometo não, eu te juro.
*
Sei também que no futuro...
Vou provar da mesma taça.
O mal que te faço agora,
Jamais vai ficar de graça.
E os quem eu fiz mais felizes,
Vão cortar minhas raízes
E trocar por outra carcaça.
*
Vou semear-te na praça
E perto de um ribeirão.
Suas folhas e o seu caule,
Vou deixar que adube o chão.
E o seu antigo lugar,
Decidi que vou plantar
Um lindo pé de limão.
*
Não é por ingratidão,
Que eu vou te ferir agora
Eu já tentei te salvar
Com água, adubo e escora.
Mas você está morrendo,
Por isso eu mesmo sofrendo,
Vou ter que te jogar fora.
*
Todos têm á sua hora,
Cumprindo ou não a missão.
Não foi fácil minha amiga,
Tomar essa decisão.
Mas tinha que se cumprir
Por isso foi te ferir,
Mas antes peço perdão.
*
Eu sei que um pé de limão,
Serve pra comunidade.
Seus frutos têm vitamina,
O suco é uma beldade.
Mas minha amiga eu garanto,
Que eu planto ele no seu canto,
E em mim eu planto a saudade.
*
Sei que muitos da cidade,
Não vão ficar do meu lado.
Mas ao ver o limoeiro,
Crescer e ficar florado.
Vão colher fruto maduro
E espero que no futuro,
Alguém me diga... Obrigado.
*
D*eus estava inspirado,
A*o inventar nossa flora.
M*il perdões amiga Acássia,
I*mplorando eu peço agora.
A* o te ferir com o aço
O* nosso laço de outrora.
*
Fim
*
24/11/2009.
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
O temido amargedom> Autor: Damião Metamorfose.
O temido amargedom> Autor: Damião Metamorfose.
*
Eu já fui extraterrestre,
Fui nobre, conde e guerreiro.
Quando eu nasci gaúcho,
Fui menestrel violeiro.
Agora eu sou potiguar...
Sou poeta popular
E humilde cabeleireiro.
*
Já andei o mundo inteiro,
Nas asas do pensamento.
Comi sobejos da fome,
Resisti ao sofrimento.
Já me abracei com a morte,
Se hoje estou vivo é por sorte
E agradeço, não lamento.
*
Esse cordel que apresento,
É um presente de Deus.
E como todos que escrevo,
Os versos são todos meus.
Mas a minha inspiração,
Vem de outra dimensão,
Onde não entram os ateus.
*
Como é presente de Deus,
Precisa ser bem cuidado.
Tanto por mim que escrevo,
Passando a ti, meu recado.
Como por você leitor,
Que pode ou não dar valor,
Mas ler o que foi narrado.
*
Falei do antepassado,
Batalhas, vidas vividas.
O meu eu em outro ser,
Minha essência em outras vidas.
Prometo daqui pra frente...
Que vou falar do presente
E os avanços suicidas.
*
O mundo pede medidas,
Urgentes nesses momentos.
Ou seus habitantes mudam,
As formas de tratamentos.
Ou o planeta se esvai
Fica inabitável e cai,
No pior dos sofrimentos.
*
Devido os esgotamentos
E as extrações abusivas.
Os ácidos que evaporam,
Formam nuvens corrosivas.
Os avanços da ciência,
Salvam mas trás consequencia,
Que às vezes são destrutivas.
*
Lixo espacial de ogivas,
O mar subindo os seus níveis.
As altas temperaturas,
Com as tempestades terríveis.
Os desertos avançando,
-Isso está só começando
E os estragos são visíveis.
*
As guerras por combustíveis,
Já vêm do século passado.
Com o planeta mais quente
E o ar ficando pesado.
A água é o próximo alvo,
-Ai ninguém está salvo
E o mundo é bombardeado.
*
O que não for saqueado,
É porque é liderança.
Ou se uniu ao mais forte,
Pra começar a matança.
E o que for emergente,
Seja em qualquer continente,
Terá morte como herança.
*
A nossa única esperança,
Está ao alcance da mão.
Que é pegar boas sementes
E sepulta-las no chão.
Usando arado e enxada,
-Não é canhão ou espada,
Que vai nos dar salvação.
*
Mostrar que a ambição,
Faz do justo um homicida.
Que aquele que é predador,
Também é um suicida.
Se invertermos a mira,
Nosso planeta respira,
E a morte clama por vida.
*
Pra encontrar nova saída,
Não pode ter omissão.
Cada um vai ser fiscal,
De si e do seu irmão.
E para evitar embate,
Cria-se um livre debate,
Amplia-se a educação.
*
Ainda tem solução,
Não deixe isso acontecer.
Cada vez que você mata,
Ou se cala ao ver morrer.
Vira má em vez de bom
E o temido amargedom,
Antecipa-o sem saber.
*
D*eus nos deu tanto saber,
A*dvertiu, foi amigo.
M*as os seus filhos escolheram,
I*ncerteza como abrigo.
A*inda há tempo pra salvar
O* planeta do perigo.
*
Fim
*
23/11/2009
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Na vida nada é de graça> Autor: Damião Metamorfose.
*
Na vida nada é de graça,
Foi é e será assim.
Divida externa ou interna,
Do começo, meio ou fim.
Paga pra ver e não vê,
É comigo e com você,
Mas aqui falo por mim.
*
Seja coisa boa ou ruim,
Vai ter que pagar um preço.
Eu pago a quem não merece
E pago o que não mereço.
Já paguei para nascer,
Vou pagar para morrer,
Nem que me eu vire do avesso.
*
Pago pra ter endereço
E um ponto de referencia.
Pago pra abrir e fechar
A porta da residência.
Já estou até pagando,
O preço que estão cobrando,
Por não ter inteligência
*
Se eu perder a paciência,
Pago para me acalmar.
Não adianta eu me esconder,
Ou tentar me desculpar.
Mesmo com álibi perfeito,
Vou pagar do mesmo jeito,
Sem ter o que alegar.
*
Pegar na mão, abraçar,
Beijar ou dizer bom dia.
Andar só ou a procura,
De alguma companhia.
Se eu ficar só pensando,
O tempo vai calculando,
O valor dessa quantia.
*
Pago por essa poesia
Sem saber se a venderei.
Se eu desistir de escrevê-la,
Pago porque fraquejei.
O preço eu não sei ao certo,
Mas o cobrador tá perto,
Cobrando o que já paguei.
*
Os caminhos que eu trilhei,
Passo lento ou apressado.
O descanso que eu não tive,
O meu suor derramado.
Palavras que eu falei
E as vezes que eu me calei,
Se não foi, vai ser cobrado.
*
O que vivi no passado,
O que nem pude viver.
Se eu vivi ou não vivi,
Se eu pude ou não pude ser.
Nem adianta reclamar
Vivo ou morto irei pagar,
Até mesmo sem dever.
*
Toda forma de poder,
De amor ou de pecado.
Seja de pai ou de mãe,
Ausente ou aqui do lado.
Por mais que diga é de graça,
A cada dia que passa,
O preço é sempre somado.
*
Tudo que dei ou foi dado,
Tem segunda intenção.
Um olhar pede outro olhar,
Uma mão quer outra mão.
O macho quer uma fêmea,
A alma quer alma gêmea,
Coração quer coração.
*
O sonho quer a ilusão
E o direito de sonhar.
Viver é estar sonhando,
é poder realizar.
Mesmo sendo fantasia,
Cedo ou tarde a qualquer dia,
Alguém vai ter que pagar.
*
Hoje eu ando devagar,
Presto atenção no que passa.
Meu corpo sente a idade,
A vista cansada embaça.
Pago o que tu não mereces,
Mas por favor, não te esqueces,
Na vida nada é de graça.
*
Fim
*
19/11/2009
Na vida nada é de graça,
Foi é e será assim.
Divida externa ou interna,
Do começo, meio ou fim.
Paga pra ver e não vê,
É comigo e com você,
Mas aqui falo por mim.
*
Seja coisa boa ou ruim,
Vai ter que pagar um preço.
Eu pago a quem não merece
E pago o que não mereço.
Já paguei para nascer,
Vou pagar para morrer,
Nem que me eu vire do avesso.
*
Pago pra ter endereço
E um ponto de referencia.
Pago pra abrir e fechar
A porta da residência.
Já estou até pagando,
O preço que estão cobrando,
Por não ter inteligência
*
Se eu perder a paciência,
Pago para me acalmar.
Não adianta eu me esconder,
Ou tentar me desculpar.
Mesmo com álibi perfeito,
Vou pagar do mesmo jeito,
Sem ter o que alegar.
*
Pegar na mão, abraçar,
Beijar ou dizer bom dia.
Andar só ou a procura,
De alguma companhia.
Se eu ficar só pensando,
O tempo vai calculando,
O valor dessa quantia.
*
Pago por essa poesia
Sem saber se a venderei.
Se eu desistir de escrevê-la,
Pago porque fraquejei.
O preço eu não sei ao certo,
Mas o cobrador tá perto,
Cobrando o que já paguei.
*
Os caminhos que eu trilhei,
Passo lento ou apressado.
O descanso que eu não tive,
O meu suor derramado.
Palavras que eu falei
E as vezes que eu me calei,
Se não foi, vai ser cobrado.
*
O que vivi no passado,
O que nem pude viver.
Se eu vivi ou não vivi,
Se eu pude ou não pude ser.
Nem adianta reclamar
Vivo ou morto irei pagar,
Até mesmo sem dever.
*
Toda forma de poder,
De amor ou de pecado.
Seja de pai ou de mãe,
Ausente ou aqui do lado.
Por mais que diga é de graça,
A cada dia que passa,
O preço é sempre somado.
*
Tudo que dei ou foi dado,
Tem segunda intenção.
Um olhar pede outro olhar,
Uma mão quer outra mão.
O macho quer uma fêmea,
A alma quer alma gêmea,
Coração quer coração.
*
O sonho quer a ilusão
E o direito de sonhar.
Viver é estar sonhando,
é poder realizar.
Mesmo sendo fantasia,
Cedo ou tarde a qualquer dia,
Alguém vai ter que pagar.
*
Hoje eu ando devagar,
Presto atenção no que passa.
Meu corpo sente a idade,
A vista cansada embaça.
Pago o que tu não mereces,
Mas por favor, não te esqueces,
Na vida nada é de graça.
*
Fim
*
19/11/2009
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
A guerra dos sexos> Autor: Damião Metamorfose.
A guerra dos sexos> Autor: Damião Metamorfose.
*
01=I
*
Dizem que Deus fez o mundo,
De forma espetacular.
Porque fez tudo em seis dias
E parou pra descansar.
Gênesis conta em detalhes,
Mais ainda têm uns talhes...
Que a bíblia não quis contar.
*
02=II
*
Não quero contrariar,
A bíblia e os seus inscritos,
Longe de mim, Deus me livre,
Pois pode gerar conflitos.
Mas como eu nasci poeta
E tenho a mente inquieta,
Vou criar alguns atritos.
*
03=III
*
Os seus textos são benditos,
Verdade dita aos extremos.
Mas mesmo sendo verdade,
Em tudo aquilo que lemos.
Umas soam como fabulas,
Pois são ditas em parábolas...
Por isso não entendemos.
*
04=IV
*
Da forma que nós sabemos,
Deus criou o universo.
Ar, água, a terra e os seres...
Vivos e ainda disperso.
Citei aqui o que deu,
Também não tem como eu,
Encaixar todos num verso.
*
05=V
*
Nessa versão ou reverso,
Não pretendo contestar.
Como disse: Deus me livre,
A bíblia é um exemplar.
Que pode até ter versões,
Mas quem fizer distorções,
Não vai ter como provar.
*
06=VI
*
Não sou louco em duvidar,
Do livro que é mais vendido.
Por isso caro leitor,
Jamais se sinta ofendido.
Nem me julgue a revelia,
Sem humor o que seria,
Desse povo tão sofrido?
*
07=VII
*
Posso usar duplo sentido,
Na minha composição.
Fazer critica e denuncia,
Deixar uma interrogação.
Mas sempre busco a verdade,
Perfeição não, qualidade,
Conteúdo e diversão.
*
08=VIII
*
Por isso a minha versão,
Pra uns pode não ter nexo.
Falar de um livro sagrado,
É complicado e complexo.
Com a bíblia no conteúdo,
E o titulo um tanto sisudo,
Falando em guerra do sexo.
*
09=IX
*
Com calma eu sei que anexo,
O que pretendo explorar.
E até o mais fervoroso,
Em vez de me criticar.
Depois que ler e reler,
Vai me indicar e dizer,
Esse é doido de varar.
*
10=X
Portanto vou te contar,
Como tudo aconteceu.
Com seis dias de trabalho,
Deus vendo aquele apogeu.
Sentiu uma baita canseira,
Deitou-se em sua algibeira
E ali mesmo adormeceu.
*
11=XI
*
Quando acordou, percebeu,
Que algo tinha esquecido.
Ao abrir a algibeira,
Deu um grito estarrecido.
Ao ver que ali estava,
A peça que procriava,
E unia o elo perdido.
*
12=XII
*
A um servo fez um pedido,
Dizendo corra ligeiro.
Distribuindo esses órgãos,
Ao seres do mundo inteiro.
Vá logo antes que apodreça
E por favor, não esqueça,
Nem erre o seu hospedeiro.
*
13=XIII
*
Os que estão com mau cheiro,
Ponha um pouco de sal.
Mas tenha muito cuidado,
Pra não errar o local.
Porque depois que colar,
Não tem mais como arrancar
E por em ou mortal.
*
14=XIV
*
Todo tipo de animal,
Já estava com fadiga.
Um querendo defecar,
Outro estourando a bexiga.
E tinha uns desmaiando,
Por não está aguentando,
Com tanta dor na barriga.
*
15=XV
*
Tentando evitar uma briga,
Uma fila foi formada.
Macho e fêmea separados,
Pra ficar organizada.
Ordem alfabética e com senha,
Quando o servo gritou venha!
Correram em disparada.
*
16=XVI
*
A fila foi desmanchada
Começou a confusão.
O servo saiu correndo,
Com medo da repressão.
Mas tropeçou e caiu,
A algibeira se abriu
E os órgãos foram pro chão.
*
17=XVII
*
Mordidas, coice e empurrão...
Esturros dizendo: é meu!
Devolva-me pegue outro...
Vire-se e procure o seu...
Melaram tudo com terra
E foi tão grande essa guerra,
Que o dia escureceu.
*
18=XVIII
*
No final ninguém morreu,
Exceto: alguns machucados
Devido o empurra, empurra,
Uns órgãos foram trocados.
Uns com mais outros com menos,
Grandes com órgãos pequenos
E pequenos bem dotados.
*
19=XIX
*
Os que chegaram atrasados,
Ou se deram por vencido.
Ganharam um órgão só,
Que tem um duplo sentido.
Por está quase estragado,
Teve que ser implantado,
Num lugar bem escondido.
*
20=XX
*
Os com cheiro mais ardido,
Que até de longe se sente.
De forma mais estratégica,
Foi posto embaixo e na frente.
Com um aviso dizendo...
Para não ficar fedendo,
Lave-o bem diariamente.
*
21=XXI
*
Quem não tinha o sangue quente,
Como alguns invertebrados.
Receberam os dois órgãos,
Dos dois sexos conjugados.
A minhoca teve sorte,
Se alguém parti-la com um corte,
Cresce em corpos separados.
*
22=XXII
*
Entre os bichos vertebrados,
O cão não estava contente.
Porque quando encontrava,
Outro de raça ascendente.
Além de cumprimentar,
Ciscava e ia cheirar,
Lá atrás e não na frente.
*
23=XXIII
*
O porco era descontente,
Reclamando o dia inteiro.
Porque a mulher era porca
Dentro e fora do chiqueiro.
E por não poder sentar,
Com órgão complementar,
Implantado no traseiro.
*
24=XXIV
*
Já o veado galheiro,
Estava inconformado.
Em todo o lugar que ia,
Mesmo estando acompanhado.
Ouvia sempre um gaiato...
Dizer, ou destino ingrato,
Além de corno é viado.
*
25=XXV
*
O touro estava arretado,
Porque a mulher era vaca.
O boi porque foi castrado,
Queria brigar de faca.
E o guiné ficou pedrês,
Porque a guiné toda vez,
Dizia a ele estou fraca.
*
26=XXVI
*
O macaco e a macaca,
Quase acaba o casamento.
Porque a macaca olhou,
A performance do jumento.
E o veado quando viu,
Gritou... Nossa! Hei psiu,
Menino, quanto talento.
*
27=XXVII
*
O burro estava cinzento,
De raiva inchando a venta.
Dando coice até na sombra,
Virado numa pimenta.
Só porque ouviu o galo,
Chamar seus pais de cavalo,
Égua jumento e jumenta.
*
28=XXVIII
*
A crise mais violenta,
Aconteceu no poleiro.
Porque um peru cantou,
A mulher de um companheiro.
E a pata pegou o pato
E a galinha dando um trato,
Lá no outro galinheiro.
*
29=XXIX
*
O bode pai de chiqueiro,
Não queria tomar banho...
Pra não tirar seu perfume,
Nem se afastar do rebanho.
Acho que desconfiava,
Porque o chifre enrolava
E aumentava o tamanho.
*
30=XXX
*
O lagarto estava estranho,
Contando ao camaleão.
Que a lagartixa estava,
De caso com o furão.
E que o sapo cururu,
Participou de um vodu,
Com a cadela e o cão.
*
31=XXXI
*
Também disse que o pavão,
Tinha um pacto com o diabo.
Por isso era o mais bonito,
Mas não passava de um pabo.
Porque a sua patroa,
A digníssima pavoa,
Só andava abrindo o rabo.
*
32=XXXII
*
O servo já estava brabo,
E falou pros animais.
Tanto trabalho que eu tive,
Com seus órgãos genitais.
E em vez de estarem se amando,
Vocês vivem é brigando,
Por motivos tão banais...
*
33=XXXIII
*
Convocou os principais,
Envolvidos nessa guerra.
E disse: agora eu vos deixo,
A minha parte se encerra.
Mas nesse mundo dos vivos,
O sexo é um dos motivos,
De algumas guerras na terra.
*
34=XXXIV
*
D*eus é perfeito e não erra,
A* gente é que tem errado.
M*atando em nome do amor,
I*nventamos o pecado.
A* guerra é de cada um...
O* sexo é um ato sagrado.
*
Fim
*
18/11/2009
A discussão da mandioca e o milho> Autor: Damião Metamorfose.
A discussão da mandioca e o milho> Autor: Damião Metamorfose.
*
01=I
*
Meu avô sempre dizia
Pra mim, que planta falava.
Sorria e ficava triste,
Ouvia e até chorava.
Eu sempre escutei calado,
Mas por ser desconfiado,
Às vezes eu duvidava.
*
02=II
*
Dia desse eu estava,
Indo lá para o roçado.
De um vizinho que me deu,
Milho para um cozinhado.
E umas vagens de feijão,
Pra fazer um rubacão,
Com couro de porco assado
*
03=III
*
Lá também tinha plantado,
Bem nas laterais da broca.
Muitos pés de macaxeira,
Que uns chamam de mandioca.
-Mas antes de chegar lá,
Eu fui caçando preá,
Com uma espingarda de soca.
*
04=IV
*
Fazendo a mira e de “coca”
Debaixo de um juazeiro.
Eu estava, quando ouvi...
Lá na roça um converseiro.
Desarmei a espingarda,
Resguardei a retaguarda,
E fiquei alcoviteiro.
*
05=V
*
Vento suave e rasteiro,
A mata silenciosa.
Tirando algum passarinho,
Que quando vê gente goza.
A paz era tão serena,
Que se caísse uma pena,
Soava melodiosa.
*
06=VI
*
Mas foi ficando nervosa,
A conversa que eu ouvia.
Fui andando a passos lentos...
Já sem fazer pontaria.
Cheguei mais perto pra ver,
Doidinho para entender,
O que ali acontecia.
*
07=VII
*
Em cruz credo ave Maria,
Santo pai, espírito e filho.
O meu susto foi tão grande,
Que errei no trocadilho.
Ao ver que aquela intriga,
Era o começo da briga,
Da mandioca e o milho.
*
08=VIII
*
O sol tava que era um brilho,
Céu sem nuvem e azulado.
Com o susto eu senti sede,
Fiquei tremendo e suado.
Mas como já fui roceiro,
Mastiguei o marmeleiro
E fiquei aliviado.
*
09=IX
*
Procurei um reservado,
Na sombra de um marmelo.
Acendi um borozinho,
Sentei-me no meu chinelo.
Da espingarda fiz encosto,
Fiquei abanando o rosto
E assistindo o duelo.
*
10=X
*
Bicho do dente amarelo,
Assim disse a mandioca.
Se eu não te protegesse,
Daqui do aceiro da broca.
O gado tinha invadido
O roçado e te comido,
Tu nem tinha tamboroca.
*
11=XI
*
Cale essa boca e se toca,
Macaxeira despeitada.
O patrão não te escolheu,
Porque tu és aguada.
Ele falou para mim,
Que macaxeira é tão ruim,
Que a boa fica enterrada.
*
12=XII
*
Não estou te devendo nada,
Disso eu tenho confiança.
O patrão me pos aqui,
Pra te fazer segurança.
Estou no aceiro da broca,
Mas quando eu for tapioca,
Vou alimentar criança.
*
13=XIII
*
Tu inda tens esperança,
Que alguém queira tapioca?
As crianças de hoje comem,
É salgadinho e pipoca.
Bolo de fubá, sucrilho,
Curau, sorvete de milho,
E o meu suco, belezoca.
*
14=XIV
*
Convencido, a mandioca,
É tão útil quanto o milho.
Com ela se faz farinha,
Fécula, goma e polvilho.
E as crianças do Brasil,
Em mil afirmo que as mil,
Adoram comer sequilho.
*
15=XV
*
Meu patrão disse que o filho,
Gosta de mim cozinhado...
Na canjica, angu, pamonha,
Xerém, cuscuz e assado.
Em tudo eu sou um deleite
E estou até no leite,
Porque sou ração pro gado.
*
16=XVI
*
Eu sou melhor abestado,
Deixo a mesa mais bonita.
Sou dez com carne de sol,
Cozida, ao forno ou frita.
E essas folhas aqui,
Lá no norte é tucupi,
Que é gostoso e excita.
*
17=XVII
*
A milharada é bendita,
Por isso estou no roçado.
Da raiz ao meu pendão,
Tudo é bem aproveitado.
Meu óleo é delicioso
E até uísque fogoso,
Com meus grãos é fabricado.
*
18=XVIII
*
Só se for falsificado,
Bicho pabo e asqueroso.
Eu sou muito mais gostosa,
Tudo em mim é mais gostoso.
Tu tens mais variedade
E eu tenho mais qualidade,
Ganha como mentiroso.
*
19=XIX
*
Pergunte a aquele medroso,
Que está ali deitado.
O que ele veio buscar,
Aqui no nosso roçado.
Resolva esse empecilho,
Se não for feijão ou milho,
Eu me dou por derrotado.
*
20=XX
*
E nisso eu ouvi um brado,
Acordei me espreguiçando.
Procurei o meu chapéu,
Vi o meu boró queimando.
Tirei do olho a remela,
Dei outra espreguiçadela,
E fiquei ali pensando.
*
21=XXI
*
Será que eu tava sonhando...
Ou é amalucaçao?
Levantei-me e fui pra roça,
Catei o milho e o feijão.
Fui ao aceiro da broca,
Só num arranquei mandioca,
Porque não tinha enxadão.
*
22=XXII
*
Toda aquela discussão,
Serviu para eu conhecer.
A importância das plantas
Ou de qualquer outro ser.
Tirei a bala da soca,
Nunca mais eu faço broca,
Nem mato para comer.
*
23=XXXIII
*
D*eu pro leitor perceber,
A* síntese e o estribilho.
M*esmo eu inventando é,
I*mportante pro seu filho.
A*mandioca ficou,
O*feijão foi com o milho.
*
Fim
18/11/2009.
terça-feira, 17 de novembro de 2009
O planeta está em perigo>Autor: Damião Metamorfose.
*
*
Entre a terra e o universo,
Existem muitos mistérios...
Mistérios esse que tiram,
O sono de homens sérios.
Por isso é que a verdade,
Não é contada a metade,
Pra não perder seus impérios.
*
Todos têm normas, critérios,
Ética técnica e sapiência.
Controle e muito sigilo,
No escalão da ciência.
Tudo que é detectado,
Precisa ser bem filtrado,
No filtro da inteligência.
*
Quem cometer negligencia,
Vai pagar pelos seus atos.
É por isso que a mídia...
Tem que omitir uns fatos.
Mas sempre uma vírgula vasa,
Por isso de casa em casa,
A gente escuta os boatos.
*
Não sei os números exatos,
Se é mil ou um milhão.
Das pessoas que já viram,
Naves pousando ou no chão.
Luminosas, cintilantes,
Com estranhos tripulantes,
Coletando informação.
*
Eu vi aqui no sertão,
No espaço sideral.
Uma nave colorida,
Como aurora boreal.
Na hora eu guardei segredo,
Mas no outro dia bem cedo,
Noticiou no jornal.
*
A foto não era igual,
Mas era bem parecida.
É que visto a olho nu,
As cores ganham mais vida.
Tinha a forma de um colar,
Mas pra mudar de lugar,
Piscava em luz escondida.
*
Mas se o leitor duvida,
Por favor, não me hostilize.
Depois que ler o cordel,
Procure um site e pesquise.
Mas creia no que te digo,
A terra está em perigo,
Ajude a salva-la, avise.
*
O planeta está em crise,
Isso todos nós sabemos.
O aquecimento global,
Avança mais do que vemos.
Da forma que a terra esquenta,
Até dois mil e cinquenta,
É o curto tempo que temos.
*
Essa era em que vivemos,
Além da devastação.
Tem outro fato alarmante,
Que é o pivô da questão.
Os sábios extraterrestres,
Fazem testes nos terrestres,
Em tudo que é região.
*
Pra quem viu o apagão,
Ou não viu porque dormia.
O excelentíssimo ministro,
Das minas e energia...
Levou um arrocho da globo,
Mas o cabra não é bobo,
Só falou o que podia.
*
Ontem Jô e companhia,
Em uma linda entrevista.
Com um professor da USP,
Serio e especialista.
-Viraram tudo do avesso,
Falaram até do preço,
Causa do apagão? Nem pista.
*
Citou os cinco da lista,
Que podiam ter causado.
Esse blecaute em cadeia,
Foi firme o entrevistado.
Além dos cinco fatores...
Transmissão, computadores,
Nenhum dos... Foi afetado.
*
Paraná foi o estado,
Onde tudo começou.
Uns Põem a culpa na chuva,
Outros dizem: trovejou.
Mas a verdade, verdade,
Uma vírgula da metade,
Da verdade se ocultou.
*
Se o vento forte soprou,
Nenhuma torre caiu.
Problema em alta tensão?
Ninguém sabe ninguém viu.
Não houve nenhum impacto,
O sistema está intacto,
Nenhum fio se partiu.
*
Mas o apagão surgiu,
E eu tenho a explicação.
Testes estão sendo feitos,
Bem naquela região.
E os que guardam segredo,
Estão morrendo de medo,
Temendo uma rebelião.
*
Se contar para o povão,
Muitos não vão entender.
Podem antecipar a morte,
Só com medo de morrer.
Mas se contar com respeito,
Calma, carinho e com jeito,
Acho melhor que esconder
*
Quem sou eu para dizer,
O que o alto escalão.
Deve contar pra revista,
Radio e televisão...
-Mesmo assim fiz minha parte,
Misturei cultura e arte
Rima métrica e oração.
*
Sou popular, sou povão,
No meu ou no seu estado.
Trato a todos com respeito,
Pra poder ser respeitado.
-Mas não escrevi falseta,
Se envolver gente ou planeta,
Eu deixo o verbo rasgado.
*
Não posso ficar calado,
Sem dizer nada a vocês.
Se eu nasci com estro e verve,
Se um poeta Deus me fez.
Presente, eu sou Damião...
E afirmo que o apagão,
Foram descargas de ets.
*
D*eus me deu talento e vez,
A*s cordas vocais sadia.
M*e ajudou catando letras,
I*nspirou toda a poesia.
A* denuncia já foi feita,
O* mundo me ouve um dia.
*
Fim
*
17/11/2009.
domingo, 15 de novembro de 2009
Vitimas da falta de amor> Autor: Damião Metamorfose.
Vitimas da falta de amor> Autor: Damião Metamorfose.
*
Oh! Meu Jesus se possível,
Ponha em minha duvida um fim.
Só mesmo o senhor tem,
Essas respostas pra mim.
Porque tanto pranto e dor
Responda-me, por favor,
Porque que o mundo é assim?
*
Porque tanta coisa ruim,
Acontece noite e dia.
Porque as pessoas vivem,
Num mundo de fantasia...
Agindo em nome do amor,
Cultivam ódio e rancor,
E espalhando hipocrisia?
*
Oh! Meu Deus como eu queria,
Falar pra toda essa gente.
Que é por falta de amor,
Que o mundo está doente.
Já tentei, mais falei pouco,
Pois me chamaram de louco,
Atarantado e demente.
*
Eu vejo um mundo carente,
Mórbido e sem coração.
Mergulhado no cinismo,
Agindo pela emoção.
Pessoas que se atropelam
E a cada instante revelam,
Que agem sem ter razão.
*
Vejo irmão matando irmão,
Sem nenhum constrangimento.
Pais que abandonam o filho,
Mata ou maltrata o rebento.
Mãe parindo antes da hora,
Que abandona e vai embora,
Sem demonstrar sentimento.
*
Falta de conhecimento?
Não, isso não pode ser.
Por mais inculto que eu seja,
Sei meu direito e dever.
Mesmo quem não tem estudo,
Que é cego ou surdo-mudo,
Ainda pode aprender.
*
Não adianta ter poder
E usa-lo para o mal.
Grande que pisa em pequeno,
Não é grande, é anormal.
Por causa da ambição,
Ló seguiu sua missão
E a esposa virou sal.
*
Qual a razão afinal,
Pra tanta falta de amor.
Será que é o mundo precisa,
De sangue discórdia e dor.
Se pra Deus somos iguais,
Porque não somos leais,
Sem preconceitos de cor?
*
Quem é que tem mais valor,
Na hora do julgamento.
O ateu que pratica o bem,
E é honesto cem por cento.
Ou o que se batizou,
Crismou-se e comungou,
E não respeita o mandamento?
*
Almas de pedra e cimento,
Estão sendo edificadas.
Pautadas em trechos bíblicos,
Julgam-se iluminadas.
Usam o nome de Deus,
Mas pisam nos filhos seus,
Que definham nas calçadas.
*
Luminosos nas fachadas,
Em azul celeste e ouro.
Lobos e ovelhas juntos,
Gritando um amém em couro.
Uns tentando se salvar,
Outros, só querem levar,
Vantagens sobre o calouro.
*
Minha vida e meu tesouro,
A minha parte eu já fiz.
Mas depois que sai na rua
E encontra com um infeliz...
Passa com o queixo erguido,
Ignora o desvalido...
Nem sequer bom dia diz.
*
Transviado ou meretriz,
O pedinte, o andarilho...
Para muitos são estranhos,
Para Deus é mais um filho.
Que se perdeu no caminho
E perambula sozinho,
Feito uma estrela sem brilho.
*
Não é só trilhar meu trilho,
Que vai me levar além.
Quando eu vejo alguém errado,
Sem bilhete, trilho e trem.
Meu dever é ajudar,
Pra não ficar a vagar,
Não faz mal fazer o bem.
*
Quem não doa nada tem,
Esse é meu vote e meu veto.
Não se constrói uma casa,
Começando pelo teto.
Se o sujeito estudou tanto,
Mas é burro o tanto e quanto,
Melhor ser analfabeto.
*
Esse mundo está repleto,
De pirataria e zorro.
A zona norte é favela,
A zona sul virou morro.
Leste oeste nem se fala,
Quem devia falar, cala,
Isso é amor pra “cachorro”
*
O mundo pede socorro,
A paz do mundo agoniza.
Por traz de uma caveira,
Esconde-se a Monaliza.
E os que podem ajudar,
Na sede pra se “salvar”,
Cobra pune e moraliza.
*
O forte no fraco pisa
E abusa da violência.
Não sabe pedir desculpas,
Nem pondera a negligência.
- e como se não bastasse,
Ainda tem o impasse:
Religião e ciência.
*
Famílias indo à falência,
Aqui, ali, onde eu for.
O mundo virou um caos,
Por quê? Por que. Meu senhor.
Essa é minha indagação,
Mas acho que todos são,
Vitimas da falta de amor.
*
D*oar carinho e calor,
A* quem ta necessitando.
M*elhora a alta estima,
I*ndependente de quando.
A* pessoa pede ou não,
O* amor se ganha doando.
*
Fim
*
15/11/2009
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Um homem de muita fé> Autor: Damião Metamorfose.
Um homem de muita fé> Autor: Damião Metamorfose.
*
Tem homens que se ajoelham
Sobem montes pra orar.
Pagam dízimos às igrejas,
Jejuam pra não pecar.
-mas quando sente uma dor,
Blasfema do seu senhor,
Chega até esconjurar.
*
Outros nem sabem rezar,
Quase não vão à igreja.
Não jejua em dia “santo”
Misturam vinho e cerveja.
-mas quando surge um problema,
Não esconjura ou blasfema,
Nem sequer se esbraveja.
*
Sua vida é uma peleja,
Matando um “leão” por dia
Passando necessidades,
Com a dispensa vazia.
-mais ele nem se estressa,
Nem vive a fazer promessa,
Pra esquecer no outro dia.
*
Não usa de hipocrisia,
Para com seu semelhante.
Não desanima da luta,
Nem pousa de arrogante.
-pois sabe que a vida é,
Um exercício da fé,
Cultivada a cada instante.
*
Tachado de ignorante...
Pelos donos da “verdade”
Só sabe o que são deveres,
Não sabe o que é vaidade.
Cala mesmo com a razão
E os seus direitos são,
A metade da metade.
*
Quase não vai a cidade,
Não sabe o que é diversão.
Quando o seu labuto acaba,
Começa o do seu patrão.
-mas ele não se maldiz
E ousa dizer: sou feliz,
Meus filhos sempre têm pão...
*
A palma da sua mão,
Só tem calo e hematoma.
O seu saber natural,
Vale mais que um diploma.
-mas tudo que ele produz,
Em vez de ter valor jus,
O atravessador toma.
*
Pancadas? Nem sabe a soma,
Unhas pretas, pé rachado.
Pele grossa e avermelhada,
O olhar compenetrado.
Esse herói sem defesa,
Colhe o pão pra sua mesa,
Mais não é valorizado.
*
O seu ombro calejado,
Um árduo fardo que carrega.
O semblante envelhecido,
O rosto cheio de prega.
Cidadão simples e ordeiro,
Mas é sempre hospitaleiro,
O que tem a ninguém nega.
*
Muitos o chamam de brega,
Piegas ou sem cultura.
Nem desconfiam que o mundo,
Precisa da agricultura.
Pois sem ela a fome assola,
Para tudo e não decola,
Nem rico, vai ter fartura.
*
Esse símbolo de bravura,
Pode ser ante-moderno.
Mais é impar em sua fé,
No altíssimo pai eterno.
Confiante e paciente,
Fere o chão, planta a semente,
Mesmo que não tenha inverno.
*
Nunca pegou num caderno,
Não sabe o que é estudar.
Trabalha desde criança,
Sem tempo para brincar.
Mas sempre honrou o seu nome
E o mundo perece em fome,
Se ele resolver parar.
*
E em vez de valorizar,
Esse humilde cidadão.
Os políticos do país,
Ou corruptos de plantão.
Só lembram de dar valor,
A esse trabalhador,
Em época de eleição.
*
Beija, abraça, aperta a mão,
Come da sua comida.
Prometem mundos e fundos,
Em melhorias de vida.
Bastam chegar ao poder,
Que todos vão esquecer,
A promessa prometida.
*
Estão deixando essa lida,
A cada dia que passa.
Uns só por não ter valor,
Outros por pura pirraça.
Casas fechadas, sem dono,
Fazendas no abandono,
Comida ficando escassa.
*
Não tarda e essa devassa,
Contamina no mundo inteiro.
Sem o bravo agricultor,
Falta o alimento grosseiro.
Aí é que eu quero ver,
Quem é capaz de viver,
Comendo o próprio dinheiro.
*
No nordeste brasileiro,
Já não se planta algodão.
Sem a lã, não tem tecidos,
Também não tem tecelão.
Se não vier lá de fora,
Brasileiro não demora,
Vai se vestir com a mão.
*
Cansado nu e sem pão
E com essa violência.
Calor de cinquenta graus,
Todo o sistema em falência.
Mistura o chique com brega,
Pega solta, solta a prega,
Vai ser aquela indecência.
*
Quero ver se a ciência,
Arruma uma solução.
Para acabar com a fome,
Transformando pedra em pão.
Ou com essa decadência,
Deixa a chique sapiência,
Vira brega e passa a mão.
*
D*eus me deu a inspiração,
A*guçou a minha fé.
M*as esse assunto é serio,
I*mportante eu sei que é.
A*judem o homem do campo,
O*u chique vira ralé.
*
Fim
13/11/2009.
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
O fim do planeta terra> Autor: Damião Metamorfose.
O fim do planeta terra> Autor: Damião Metamorfose.
*
No universo das letras...
Eu sou mais um kamikaze.
Jogo-me de corpo e alma,
Esquecendo ponto ou crase.
Às vezes um risco ou traço,
Sem usar régua ou compasso,
Com letras? Formo uma frase.
*
Quando estou nessa fase,
Fase de composição...
Escolho um bom assunto,
Que aqui chamo de oração.
Combino palavras primas,
Que são chamadas de rimas,
Com a metrificação.
*
Unidos, a mente e a mão,
Eu começo a escrever.
Vou fecundando palavras,
Na sede de aprender.
E nesse monta e desmonta,
às vezes nem me dou conta,
Do que vai acontecer.
*
Ao ver o cordel nascer,
Eu fico até abismado.
Como se faz com um filho,
Eu o trato com cuidado.
Leio e releio cantando
Aparo e vou costurando,
Pra ficar bem lapidado.
*
Para não ser rotulado,
Tento ser original.
Não é sempre que eu consigo,
Mas tento não ser igual.
Aos cordelistas que eu leio
E às vezes fico no meio
Do real e o virtual.
*
Seja uma História real,
Que eu vivi ou senti...
Algo que vi na tevê,
Ou uma revista que eu li.
Uma denuncia ou protesto,
Eu sempre me manifesto,
E reescrevo o que vi...
*
Ontem quase não dormi,
Pois achei muito abissal.
O estrago que vem causando,
O aquecimento global.
E esses bocas de falua,
Investem trilhões na lua,
E esquecem a terra natal.
*
A um passo do final,
Poluída e a deriva...
O planeta terra está,
Devido à forma agressiva.
Como vem sendo tratado,
Os homens têm devastado,
De forma vil e abusiva.
*
Em contagem regressiva,
Eu vejo essa ampulheta.
Pouco a pouco se esvaindo,
Por causa dessa falseta.
Nosso futuro é incerto,
Pois já está muito perto,
Do final desse planeta.
*
Não demora e a trombeta,
Vai soar lá nas alturas.
Isso não sou eu quem disse,
Tudo está nas escrituras.
Ou param as devastações,
Ou começam as explosões
Destruindo as criaturas.
*
As altas temperaturas,
Já estão em toda parte.
Doenças que não tem cura,
Jovens morrendo de enfarte.
-E os cabeças de cabaça,
Produzindo mais fumaça
Buscam soluções em marte.
*
Tanto estudo e tanta arte,
Sigilo e alto salário.
Mas solução que é bom,
Pra nos livrar do calvário...
Cada dia mais distante...
Dão Nobel pra ignorante,
Condecoram salafrário.
*
Não sou um visionário,
Mestre ou metido a profeta.
Também não sou cientista,
Sou apenas um poeta.
Que pode errar na pronuncia,
Mas ousa em fazer denuncia,
Usando o dom como meta.
*
Soluções que a mídia veta,
Mentiras que a mesma lança.
Muitas vezes me assusta
Ou deixa sem esperança.
Porque sei que a solução,
Está na informação,
Não fazendo essa lambança.
*
Educar uma criança,
A não por lixo na rua,
Zelando o nosso planeta,
Que é a casa minha e sua.
Sei que é bem mais viável,
Que esse vicio miserável,
De investir trilhões na lua.
*
No espaço o lixo flutua,
Mares estão poluídos,
Seus níveis também já sobem,
Porque estão aquecidos.
E os cientistas cabaço,
Buscam soluções no espaço,
Da terra estão esquecidos.
*
Solos estão exauridos,
Devido o desmatamento.
Desertos por toda parte,
Enchentes, seca e tormento.
E os cientistas cacetes,
Gastam trilhões em foguetes,
Poluindo o firmamento.
*
Velho e novo testamento,
Há tempos dão o sinal.
Para que o homem cuide,
Daquilo que é mais vital.
-Mas a medida do ter,
Cega ao ponto de não ver,
O apocalipse final.
*
Deus deu a esse animal,
Sua imagem e semelhança.
Fez a terra tão perfeita
E doou como herança.
Deu nome de paraíso,
Mas os que tinham juízo,
Ficaram sem esperança.
*
Já começou a cobrança,
Em escala mundial.
Tem países que não têm,
Um metro d água sem sal.
Mais da metade é deserto,
Se não mudar fique certo,
Que se aproxima o final.
*
Se o homem soubesse o mal,
Que ele causa a pacha Mama.
Ele seguia a doutrina
De Cristo ou Dalai-lama,
Buda, Kardec e José...
Juntava a ciência e fé
E evitava esse drama.
*
D*eus na hora certa chama,
A*teu, cristão, não ou sim.
M*as se o homem fosse menos,
I*mparcial ou ruim.
A* terra adiava um pouco,
O* seu tenebroso fim
*
Fim
12/11/2009
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
A viúva> Autor: Damião Metamorfose.
*
Com poucos dias de luto,
Ela ainda está reclusa.
Indignada com a perda,
Com a mente turva e confusa.
Lembrando as juras secretas,
Sonhos castrados sem metas,
Que até falar se recusa.
*
Não abre um botão da blusa,
Para não ser desejada.
Carrega as marcas do amor,
Que a morte como enteada.
Ceifou sem explicação,
Por isso o seu coração,
Não acredita em mais nada.
*
Recusa ir à calçada,
Papear com a vizinha.
Trancada em seu próprio mundo,
Deita e levanta sozinha.
Com a ressaca da morte,
Desdenha da sua sorte,
Fala que a vida é mesquinha.
*
Os sonhos de uma casinha,
Com varanda e um quintal.
Os dois juntos bem velhinhos,
Em sintonia total.
Já não faz nenhum sentido,
Pois tudo foi destruído,
De forma vil e brutal.
*
Tudo o que era vital,
Perdeu essência e sentido.
Pois aprendeu a enxergar,
Com os olhos do marido.
Sem ele tudo é vazio,
Só tem dor, tristeza e frio
E um presente interrompido.
*
O pouco tempo vivido,
Ao lado do seu amor.
As noites de puro êxtase,
Desejo ardente e furor.
Ficou somente a saudade...
Insônia e ansiedade
E o cheiro no cobertor.
*
Coração se esvai em dor,
Alma se sentindo morta.
Pesarosa com a tristeza,
Fecha ao mundo a sua porta.
Olhando a cama vazia,
Dia longo e noite fria,
Sem saber como suporta.
*
Mas eis que o tempo conforta,
Todo tipo de mazela.
Passa um ano e vem à missa,
Vai de negro pra capela.
Aí os olhos do mundo,
Flertam-na por um segundo,
E se apaixonam por ela.
*
Meu Deus! Que viúva bela,
Sussurra o mais assanhado.
Muda a fila, fura a fila...
Só pra ficar ao seu lado.
Com essa aproximação,
Ela entra em oração
E faz jura ao seu amado.
*
A presença do finado,
Ainda está muito viva.
Mas por se sentir carente,
Fica um pouco apreensiva.
O coração acelera,
Vaso a vaso dilacera,
Feito uma carga explosiva.
*
Mas o seu luto lhe priva,
De pensar em outro amor.
Oh meu Deus! Só faz um ano...
Diz em prece e com fervor.
O que vão pensar de mim
E por dentro o estopim,
Prestes ao detonador.
*
Mais um pouco de calor
E a bela não resistia.
Mas eis que é chegada à vez,
Da última ave Maria.
Vai pra casa pensativa
E a saudade que era ativa,
Não a faz mais companhia.
*
Ao ver a cama vazia,
Lembra um pouco do passado...
Olha pro criado mudo,
Guarda a foto do finado.
Toma um banho e se insinua,
Veste seda e sai pra rua,
Usando um bom importado.
*
E aquele mais assanhado,
Que ela viu lá na igreja.
Não demora e aparece,
Mais uma vez lhe corteja.
Com um sorriso se apresenta,
Faz um convite ou inventa,
Que é pra tomar uma cerveja.
*
Nisso os dois já se deseja,
Flertam com intimidade.
E o comentário se espalha,
Pelas ruas da cidade.
É a mulher do defunto!
O assanhado chegou junto!
Agora tem novidade...
*
Ficam tecendo maldade,
Ou outro assunto qualquer.
O esposo grita com raiva,
Pare com isso mulher!
Morreu, hoje um ano faz,
Deixe essa viúva em paz,
Que ela faça o que quiser...
*
Para o que der e vier,
Os dois pombinhos festejam.
Fazendo juras de amor,
Eles se abraçam e se beijam.
Quem os viu lá na igreja,
Não sabe o que faz a breja,
Com aqueles que se desejam.
*
Os dois já nem pestanejam,
Pedem a conta e vão embora.
Nem ligam pros comentários,
Nasce um novo mundo e agora.
Vão matar a ansiedade,
E aquela antiga saudade?
-ficou do lado de fora.
*
O desejo quando aflora,
É mais forte que um vulcão.
Desobedece aos critérios,
Assaltando o coração.
Assim foi com o assanhado
E a ex. mulher do finado,
Quando nasceu a paixão.
*
D*epois que vai pro caixão,
A*inda que exista amor.
M*ulher nem homem aguentam,
I*nsônia em seu cobertor.
A* não ser que seja santo(a)
O*u não seja um pecador.
*
Fim
11/10/2009
Com poucos dias de luto,
Ela ainda está reclusa.
Indignada com a perda,
Com a mente turva e confusa.
Lembrando as juras secretas,
Sonhos castrados sem metas,
Que até falar se recusa.
*
Não abre um botão da blusa,
Para não ser desejada.
Carrega as marcas do amor,
Que a morte como enteada.
Ceifou sem explicação,
Por isso o seu coração,
Não acredita em mais nada.
*
Recusa ir à calçada,
Papear com a vizinha.
Trancada em seu próprio mundo,
Deita e levanta sozinha.
Com a ressaca da morte,
Desdenha da sua sorte,
Fala que a vida é mesquinha.
*
Os sonhos de uma casinha,
Com varanda e um quintal.
Os dois juntos bem velhinhos,
Em sintonia total.
Já não faz nenhum sentido,
Pois tudo foi destruído,
De forma vil e brutal.
*
Tudo o que era vital,
Perdeu essência e sentido.
Pois aprendeu a enxergar,
Com os olhos do marido.
Sem ele tudo é vazio,
Só tem dor, tristeza e frio
E um presente interrompido.
*
O pouco tempo vivido,
Ao lado do seu amor.
As noites de puro êxtase,
Desejo ardente e furor.
Ficou somente a saudade...
Insônia e ansiedade
E o cheiro no cobertor.
*
Coração se esvai em dor,
Alma se sentindo morta.
Pesarosa com a tristeza,
Fecha ao mundo a sua porta.
Olhando a cama vazia,
Dia longo e noite fria,
Sem saber como suporta.
*
Mas eis que o tempo conforta,
Todo tipo de mazela.
Passa um ano e vem à missa,
Vai de negro pra capela.
Aí os olhos do mundo,
Flertam-na por um segundo,
E se apaixonam por ela.
*
Meu Deus! Que viúva bela,
Sussurra o mais assanhado.
Muda a fila, fura a fila...
Só pra ficar ao seu lado.
Com essa aproximação,
Ela entra em oração
E faz jura ao seu amado.
*
A presença do finado,
Ainda está muito viva.
Mas por se sentir carente,
Fica um pouco apreensiva.
O coração acelera,
Vaso a vaso dilacera,
Feito uma carga explosiva.
*
Mas o seu luto lhe priva,
De pensar em outro amor.
Oh meu Deus! Só faz um ano...
Diz em prece e com fervor.
O que vão pensar de mim
E por dentro o estopim,
Prestes ao detonador.
*
Mais um pouco de calor
E a bela não resistia.
Mas eis que é chegada à vez,
Da última ave Maria.
Vai pra casa pensativa
E a saudade que era ativa,
Não a faz mais companhia.
*
Ao ver a cama vazia,
Lembra um pouco do passado...
Olha pro criado mudo,
Guarda a foto do finado.
Toma um banho e se insinua,
Veste seda e sai pra rua,
Usando um bom importado.
*
E aquele mais assanhado,
Que ela viu lá na igreja.
Não demora e aparece,
Mais uma vez lhe corteja.
Com um sorriso se apresenta,
Faz um convite ou inventa,
Que é pra tomar uma cerveja.
*
Nisso os dois já se deseja,
Flertam com intimidade.
E o comentário se espalha,
Pelas ruas da cidade.
É a mulher do defunto!
O assanhado chegou junto!
Agora tem novidade...
*
Ficam tecendo maldade,
Ou outro assunto qualquer.
O esposo grita com raiva,
Pare com isso mulher!
Morreu, hoje um ano faz,
Deixe essa viúva em paz,
Que ela faça o que quiser...
*
Para o que der e vier,
Os dois pombinhos festejam.
Fazendo juras de amor,
Eles se abraçam e se beijam.
Quem os viu lá na igreja,
Não sabe o que faz a breja,
Com aqueles que se desejam.
*
Os dois já nem pestanejam,
Pedem a conta e vão embora.
Nem ligam pros comentários,
Nasce um novo mundo e agora.
Vão matar a ansiedade,
E aquela antiga saudade?
-ficou do lado de fora.
*
O desejo quando aflora,
É mais forte que um vulcão.
Desobedece aos critérios,
Assaltando o coração.
Assim foi com o assanhado
E a ex. mulher do finado,
Quando nasceu a paixão.
*
D*epois que vai pro caixão,
A*inda que exista amor.
M*ulher nem homem aguentam,
I*nsônia em seu cobertor.
A* não ser que seja santo(a)
O*u não seja um pecador.
*
Fim
11/10/2009
terça-feira, 10 de novembro de 2009
O pior tipo de gente II> Autor: Damião Metamorfose.
_____________________________________________________________
*
O pior tipo de gente II> Autor: Damião Metamorfose.
*
01=I
O pior tipo de gente,
Que tem nesse mundo inteiro.
Que é ultimo em quase tudo,
Só na ruindade é primeiro.
Vou expor nesse cordel,
Cem por cento verdadeiro.
*
02=II
Não gosto de arruaceiro,
Acho o fofoqueiro um fraco.
desocupado não presta,
não gosto de puxa saco.
Mas de todos que não gosto,
No topo fica o velhaco.
*
03=III
Essa raça num buraco,
Com sete palmos de chão.
Se eu pudesse mandava,
Um a um sem exceção.
De forma que não voltasse,
Nem em outra encarnação.
*
04=IV
Velhaco é obra do cão,
Ou é a sobra da sobra.
Enquanto não dar um golpe,
Fica fazendo manobra.
Se morou no paraíso
Decerto ele era a cobra.
*
05=V
O velhaco se desdobra,
Pra ferrar o seu destino.
Inventa que os pais morreram,
Chora e finge desatino,
Pra justiça é inadimplente...
Mas é caloteiro fino.
*
06=VI
O velhaco é assassino,
Das coisas boas da vida.
Assassina o próprio nome,
Portanto é um suicida.
Para não cruzar com um,
Mudo até de avenida.
*
07=VII
Também é um homicida,
Quando está em ação.
É sempre um ótimo cliente,
Se o assunto é prestação.
Mas na hora de pagar,
Não dar nem explicação.
*
08=VIII
Velhaco é sem coração,
Sem vergonha e sem limite.
Quando prepara um bote,
Faz com que se acredite.
Que é pessoa do bem
Ai não tem quem evite!
*
09=IX
Te elogia e dar palpite,
E é cheio de quasquascá.
Quando não engana aqui,
Sacaneia acolá.
Promete mundos e fundos,
Mas não tem nada pra dá.
*
10=X
Velhaco tem patuá,
Pelo diabo é protegido.
Não tem nada a ver com Deus,
Essa raça de bandido.
Se eu pudesse era olhar...
Já deixava um caído.
*
11=XI
Falso nojento e fingido,
Mas finge ter lealdade.
Leva a vida na esbórnia,
Mas sempre em sobriedade.
Que é melhor pra dar um golpe,
Se houver necessidade.
*
12=XII
O velhaco tem ruindade,
Perspicácia e safadeza.
Passa dias, meses ano,
Estudando a sua presa.
Para poder desarmá-la,
Deixando-a sem defesa.
*
13=XIII
Deixando a presa indefesa,
Tudo que ele quer arruma.
Sua conversa é suave,
Igual a brisa na pluma.
Mas duvido que depois,
Alguma coisa ele assuma.
*
14=XIV
Velhaco é pior que bruma
Embaçando o seu olhar.
Um larápio descarado,
Treinado pra enganar.
Na arte da velhaquice,
Tira o primeiro lugar.
*
15=XV
Quando vem pra aplicar,
Estuda bem o caminho.
Mapeia a sua rotina,
Seja um ausente ou vizinho.
Às vezes age em grupo,
Mas acha melhor sozinho.
*
16=XVI
Velhaco anda no linho
Usa um bom chapéu de massa.
Sapato bom e bonito,
Mas por onde ele passa.
Todos que vêem já sabem...
Que ele ganhou com trapaça.
*
17=XVII
O velhaco é uma desgraça,
Mas tem conversa sadia.
Quando ele escolhe a vitima,
Vai com a voz bem macia.
Bota das nuvens pra cima,
Só pra ter o que queria.
*
18=XVIII
Se eu pudesse não teria
Um velhaco pra semente.
Exterminava um por um,
Mandava passar o pente.
Porque o velhaco é...
O pior tipo de gente.
*
19=XIX
Ele se finge de crente,
Mas um salmo ele não leu.
Quando fica sem nenhum,
Não tem nobre nem plebeu,
Se não honra o próprio nome,
Pense! O que faz com o seu?
*
20=XX
O velhaco é um ateu,
Um descrente da verdade.
Vive no seu mundo sujo,
Não por ter necessidade.
É só porque é dotado
De mau caráter e ruindade.
*
21=XXI
Se fizer uma caridade,
Ou qualquer outra decência.
Em pouco tempo ele volta,
Demonstrando decadência.
Desarma-te de um jeito,
Rouba até a consciência.
*
22=XXII
Não tenho nem paciência,
De conversar com velhaco.
Mando logo ir as favas,
Dar no pé ou ir pro saco.
Caçar ninho de jumento
Ou pentear um macaco.
*
23=XXIII
Eu já morei com velhaco,
Sei bem o que estou dizendo.
Tomara que algum leia,
O que estou escrevendo.
Dê um cano em outro e pague,
O que está me devendo.
*
24=XXIV
Meu sangue fica fervendo,
Só em falar dessa peste.
Essa raça sem futuro,
Que não passa no meu teste.
Quer ter raiva igual a mim?
Pegue o que é seu e empreste.
*
25=XXV
Não conheço um que preste,
Pra mim tudo é sem futuro.
Não arromba sua porta,
Nem teto nem pula o muro.
Mas invade a sua mente,
Sempre com um golpe seguro.
*
26=XXVI
Se eu ver um em apuro,
Eu mudo até de caminho.
Nem que eu tenha que trilhar,
Entre buraco e espinho.
Só para não ter contato,
Com esse ser tão mesquinho.
*
27=XXVII
Prefiro viver sozinho,
Do que mal acompanhado.
Muito mais se for pra ter,
Velhaco como aliado.
Se vier comprar eu dou,
Só pra não vender fiado.
*
28=XXVIII
O que ganhei foi suado,
Sempre com honestidade.
Mas inventei de morar,
Com uma velhaca de verdade,
Deu cano em tudo o que pode,
Depois levou a metade.
*
29=XXIX
Raça sem capacidade,
Sem futuro e sem coragem.
Pobre, podre e desonesta,
E rica em picaretagem.
Se for pra ir pro inferno,
Deixe que eu pago a passagem.
*
30=XXX
Só pensam em vadiagem,
Trabalhar que é bom nem fala.
Nenhuma raça do mundo
Ao velhaco se iguala.
É tão ruim que não paga,
Nem o valor de uma bala.
*
31=XXXI
Da cozinha, quarto ou sala,
Do cigarro ao cinzeiro.
Supermercado e farmácia,
A quitanda e o leiteiro.
Se você vender fiado,
Perde amizade e dinheiro.
*
32=XXXII
O velhaco é presepeiro,
Covarde, vil, sem vergonha.
Descarado e intrometido,
Carregado de peçonha.
Leva a vida no arame,
Mas compra tudo que sonha.
*
34=XXXIV
Quem duvidar que se oponha,
A tudo que estou dizendo.
Abra a porta pro velhaco,
Venda o que ele está querendo.
Que você vai à falência
E ainda fica devendo.
*
35=XXXV
Quem ler vai ficar sabendo,
Que essa raça não presta.
Portanto não baixe a guarda,
Que o velhaco faz a festa.
Leva tudo e deixa um nome...
De trouxa na sua testa.
*
36=XXXVI
Essa raça é indigesta,
Que você não sabe o quanto...
Tem quem não parece e é,
Mesmo com cara de santo.
Ta dentro da sua casa,
Na rua, em tudo que é canto.
*
37=XXXVII
Com cautela eu te garanto,
Que você o identifica.
Velhaco é bom de conversa,
Fala, fala, explica, explica.
Mesmo sendo muito pobre,
Tem um tio ou tia rica.
*
38=XXXVIII
Eu já te dei tanta dica,
Acho que já entendeu.
E se não, eu desconfio,
Que o cordel você nem leu.
Ou tu também és velhaco,
Igual ao que roubou eu.
*
39=XXXIX
Mas isso é problema seu,
Não sou sua palmatória.
Pelo sim ou pelo não,
Preste atenção nessa Historia.
E não tente me enganar,
Que eu tenho boa memória.
*
40=XL
E não fique a contar gloria,
Porque isso eu também fiz.
Pensei que eu era esperto,
Mas como o ditado diz:
-Não existe velho ou novo,
Que não seja um aprendiz.
*
41-XLI
Acho que pra ser feliz,
Não precisamos roubar.
Mentir, trair, dar calote,
Ter prazer em enganar.
Eu sou feliz do meu jeito...
-É pior pedir que dar.
*
42=VLII
Nunca precisei matar
Se eu matei foi sede e fome,
É tão gostoso ganhar
Pagar o que veste ou come.
E ouvir da boca do mundo,
Dizendo esse honrou seu nome.
*
43=XLIII
O velhaco não assume...
Leva uma vida obscena.
Não constrói e só destrói,
Tudo que toca envenena.
Vive na escuridão,
Não é digno nem de pena.
*
44=VLIV
Velhaco é gente pequena,
Podre, pobre e leviana.
É calhorda desprezível,
Até dormindo ele engana.
É o pior tipo de gente,
Em toda a espécie humana.
*
45=XLV
D-essa raça desumana,
A-inda que seja amigo.
M-ulher, pai, mãe ou um filho,
I-rmão ou parente, eu digo.
A hora que eu descobrir.
O-u muda ou não vai comigo.
*
Fim
*
02/11/2009
Eu sempre irei te amar> Autor: Damião metamorfose.
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*
Eu sempre irei te amar> Autor: Damião metamorfose.
*
Extraído de um poema da minha alma gêmea e poetisa... Vitória Sena.
*
O original
*
Eu sempre vou te esperar, não esqueça de mim .
Você é o meu mundo.
Eu soube disso desde o primeiro segundo em que meus olhos se prenderam no seu olhar.
Tanta intensidade em um breve instante, como eu desejei contigo para sempre ficar No momento em que nos seus olhos eu pude me encontrar.
Não sei bem ao certo quando será, pode ainda estar longe, ou quem sabe bem perto.
A minha única certeza, é que meu amor vai te buscar.
Você não está aqui, está tão distante, mas posso te sentir, posso sonhar.
Eu sempre vou te esperar...
Nos meus sonhos vou te encontrar, não importa onde eu tenha que ir, meus sonhos me levam a qualquer lugar,
Te Amo..
Vi
*
A minha versão...
*
Eu sempre irei te esperar,
Jamais se esqueça de mim.
Porque você é o meu mundo,
Meu começo, meio e fim.
Desde quando eu te vi...
A primeira vez, senti,
Que a resposta era um sim.
*
Eu sabia que era assim,
Desde o primeiro segundo.
Você foi a minha busca,
Razão para eu vir ao mundo.
A busca não foi em vão,
Pois te encontrei quase são
Compenetrado e profundo.
*
Como ousa um vagabundo,
Apostei no seu olhar.
A partir daquele instante,
Não consegui mais ficar.
Distante dos olhos teus,
Refletindo-se nos meus,
Pedindo-me pra esperar.
*
Não sei bem quando será,
Pode está bem longe ou perto.
Mas minha única certeza,
É que esse encontro é certo.
Meu amor vai te buscar
E sei que vou te encontrar,
Corpo, alma e peito aberto.
*
O local vai ser incerto,
Mas já posso te sentir.
Hoje estais tão distante,
Mais sabe o que está por vir.
Por enquanto eu vou sonhar
E sempre irei te esperar,
Enquanto vida existir.
*
Vou te encontrar a sorrir,
Feliz por me ver chegando.
Braços abertos dizendo:
Eu sempre estou te esperando...
E eu sem forças pra falar,
Pergunto a balbuciar,
É real... Estou sonhando?
*
Conto os dias desde quando...
Apostei no seu olhar.
Mas o meu sonho me leva,
Onde eu posso te encontrar.
É um sonho tão perfeito,
Mas pra te amar eu aceito
Eu sempre irei te amar.
Até em sonhos eu te amo, se Deus nos uniu... A distancia não vai nos separar.
O puxa saco> Autor: Damião Metamorfose.
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*
Não gosto de fofoqueiro,
Tenho pavor de velhaco.
Esses dois tipos de gente,
Têm diplomas de malaco.
Mas também tem o babão,
Que é outra raça do cão,
Rastejante, fútil e fraco.
*
O babão ou puxa saco,
é a escoria da raça.
Só serve pra babar ovo,
Mentir e comer de graça.
Bater esteira pra rico...
Ser corno e fazer fuxico,
Ter nome sujo na praça.
*
Quando um puxa saco passa,
Todos já ficam em alerta.
Pois sabem que ele é vivo
E ataca a pessoa certa.
Sabe onde é que têm dinheiro
E o seu jeito hospitaleiro,
Desarma uma mente experta.
*
Quando um puxa saco acerta,
Com quem gosta do seu jeito.
Seja ele um empresário,
Seu patrão ou um prefeito.
Ele não desgruda mais,
E o que pedir, ele faz,
O babão nisso é perfeito.
*
Pra ele é um prato feito,
Trazer e levar recado.
Arruma mulher pro chefe
E se lhe der um trocado.
Bebida apoio e cigarro,
Fica pastorando o carro
Ou passa a noite acordado.
*
O babão é descarado,
Mas como eu disse: é esperto.
Nunca erra no assédio,
O seu bote é sempre certo.
Sabe o nome e endereço,
E se a presa tem preço,
Com ele o jogo é aberto.
*
Quem tem um babão por perto,
Gosta de escravizar,
Até porque ele sempre...
Gosta mesmo é de ficar
Fazendo o trabalho escravo,
Por isso nem fica bravo,
Com o que o povo vai falar.
*
E se o chefe não mandar,
Ele diz aqui estou...
As suas ordens patrão,
Tu sabes bem como eu sou.
Pede o que for impossível,
Que eu transformo em possível,
É só mandar que eu vou.
*
O safado que criou,
A classe de puxa saco.
É primo do que afirmou,
Que o homem vem do macaco.
Parente do preguiçoso...
Pai ou mãe do mentiroso,
o fofoqueiro e o velhaco.
*
Puxa saco é um cassaco,
Cabra ruim demais da conta.
Bate esteira pro patrão,
Sabendo que leva ponta.
E é capaz de comprar briga,
Quebrar o chifre na viga,
Pra livrá-lo de uma afronta.
*
Se achar uma brecha monta,
O gaiato é um artista,
Oferece esposa e filhas,
Faz isso nem baixa a crista.
Quem for na sua conversa,
Vacilou ele dispersa,
É extensa a sua lista.
*
Ele é um capitalista,
Mais é de má formação.
Porque nunca sai da lama
E se ganha promoção.
Por ta na boca do povo
mesmo com o cargo novo,
Todos chamam de babão.
*
Não tenho admiração,
Por esse tipo de gente.
Não quero no meu convívio,
Mesmo que seja um parente.
Infelizmente é assim,
O mundo tem bom e ruim,
Competente e incompetente.
*
D*escrevo o que vem na mente,
A*pesar de eu não gostar.
M*uitos adoram essa raça,
I*ncompetente e vulgar.
A*gora cabe a você,
O direito de opinar.
*
Fim
*
10/10/2009.
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Eu prefiro viver> Autor: Damião Metamorfose.
*
Tem uns que pousam de santo,
Morre e nunca se assume.
Tentando mostrar seu brio,
Esconde o seu lado estrume.
Eu sou língua desbocada,
Não gosto de esconder nada,
Ser franco é o meu costume.
*
Já ouvi som sem volume
E fora de rotação.
Por ganhar baixo salário,
Eu já morei em pensão.
Já pastei de fome e sede,
Já dormi em cama e rede,
Em pé sentado e no chão.
*
Já sofri de solidão,
Já esperei quem não veio.
Já atravessei a rua...
Fingindo que era um passeio.
Paguei contas sem dever
E se você quer saber...
Nada me causa receio.
*
Já roubei o que era alheio,
Pensando não ter valor.
Porque não foi objeto,
Foi só um beijo de amor.
Mas só depois descobri,
Que por ele eu me perdi,
Portanto: já sofri dor
*
Já fui e sou pecador,
Isso nem é novidade.
Essa cruz não é só minha,
É de toda da à humanidade.
De tudo que fui e sou,
O que nunca precisou,
Foi faltar com a verdade.
*
Já passei necessidade,
Mas não precisou roubar.
Porque Deus sempre me deu...
Forças para trabalhar.
Já fui sobejo da morte,
Só estou vivo é por sorte,
Não tenho o que reclamar.
*
Já joguei jogos de azar,
Mas nunca me viciei.
Já guardei o que ganhava,
E gastei o que guardei.
Se eu sou pobre desconheço,
Se eu sou rico eu mereço,
Se for os dois, eu não sei.
*
Já fui usado e usei,
Abusei e abusaram.
Já perdi tudo o que eu tinha,
O que sobrou me roubaram.
Mas minha dignidade,
Força, coragem, humildade,
Graças a Deus! Não levaram.
*
O que ganhei me assaltaram,
Dez segundos e se foi tudo.
Cale a boca, não me encare...
Feche os olhos, fique mudo.
E se chamar a policia,
Vem o chefe da milícia,
Ganha coronha e bicudo.
*
Por isso é que não me iludo,
Com a medida do ter...
Porque sei que não sou nada,
Tudo vai apodrecer.
Fique com sua arrogância,
Estupidez e ganância,
Que eu prefiro viver.
Fim
05/10/2009
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
A justiça dos homens> Autor: Damião Metamorfose.
*
A justiça humana é cega,
Surda-muda e desumana.
Cheia de erros e emendas...
Um labirinto que engana.
Basta uma brecha ou uma fresta,
Que os ratos fazem festa,
Usando a desgraça humana.
*
O desprovido de grana,
Paga caro sem dever.
Quanto mais ele se explica...
Complica-se sem saber.
Que a sua verdade dita,
Não tem valor nem evita,
A pena e seu proceder.
*
Para os olhos do poder,
Até que prove ao contrario.
O inocente é um réu,
Honesto é um salafrário.
Sem pistolão ou propina,
O martelo o elimina,
Depois que ler o sumario.
*
Seja ou não réu primário,
Vai enfrentar dissabores.
Ver o sol nascer quadrado,
Na sela negra de horrores.
E na escuridão total,
Do calabouço penal,
Só Deus ouve os seus clamores.
*
Quando se inverte os valores,
O seu direito é negado.
Todo bem que você fez...
Passa a ser interpretado.
Como uma insanidade,
Mesmo sabendo a verdade,
É melhor ficar calado.
*
O homem que é condenado,
Sem um mal nenhum ter feito.
Muda a personalidade,
Revolta-se de tal jeito.
Que se um dia for liberto,
O estado tem por certo,
Uma mente com defeito.
*
Mas o tal do dito e feito,
Eu dou fé e é verdade.
Mesmo com código penal,
Regido na antiguidade.
Têm ratos, mas também tem,
As excelências do bem,
Que agem com dignidade.
*
Talvez passe da metade...
Ou não, ao certo eu não sei.
O certo é que eu tava certo,
Porque sei que não errei.
Mas para não ser taxado,
De hipongo esclerosado,
Da verdade eu me privei.
*
Deus sabe que eu me calei,
Atendendo ao coração.
Mas sei que um dia a verdade,
Implacável e sem bordão.
Aparece triunfante,
Ouvindo a voz da razão.
*
Fim
04/10/2009
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